Capítulo 2

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Oliver

— Oliver?– a loira me chama, ainda nua sobre a cama.— Pensei que fosse ficar mais um pouco.– faz bico.

Reviro os olhos, enquanto calço meus sapatos.

— Não posso ficar. Tenho que resolver algumas coisas.– digo e coloco minha jaqueta, logo pegando minhas coisas sobre o criado-mudo.

— A conta já está paga!– digo e ela assente.

Saio dali o mais rápido possível. Entro no carro e dirijo até o meu apartamento.

A única coisa que eu queria no momento era um bom banho e minha cama.

Assim que fecho a porta do apartamento, me jogo no sofá.

Não tinha dormido muito bem e creio que já sabem o motivo. Tomo um banho e coloco uma toalha envolta da minha cintura.

Vejo meu celular tocar e o atendo.

— Alô?– vou até a cozinha.

Oliver?– Austin.— Como vai?

— Bem.– encho um copo com suco.— Só um pouco cansado.– ele ri.

Até imagino a razão, canalha!– rio.— Bom, te liguei por que tenho um novo trabalho para você.

— Diga!

Austin era dono de uma agência de seguranças. Digamos que os melhores eram treinados lá. Eu era seu sócio, mas ainda sim, preferia a adrenalina, do que ficar atrás de uma mesa de escritório, que era o que ele fazia.

O delegado Miller pediu que eu contratasse um dos meus melhores homens para proteger sua filha.reviro os olhos.

— Pensei que já tinha contratado.

Ele tem duas filhas. Débora, se eu não me engano, já tem seguranças. A outra ainda não.

— E?

Você irá ser o novo segurança da mocinha.– ri.

— Fala sério, Austin!– resmungo.— Vou ter que acompanhar mais uma garotinha fútil e mimada?

Miller ofereceu uma boa quantia. Não desperdice! E a garota precisa mesmo de segurança, sabe que o delegado tem inimigos.– respiro fundo.

— Tudo bem, tudo bem!– me rendo.— Quando começo?

Miller virá aqui na agência às três da tarde. Ele irá esclarecer algumas coisas à você e a Theodor.

— Tudo bem! Logo chego aí! Até mais!

Até!desligo.

Jogo o celular de lado e passo as mãos pelos cabelos.

Que ótimo! Agora vou ter que ficar aguentando as futilidades de uma garotinha mimada durante um dia inteiro.

Me levanto e vou me vestir.

(...)

Olho a foto da garota mais uma vez. Vamos dizer que aparentemente Scarlett não tinha nada de garota. Desço do carro e a espero sair da faculdade.

Logo a vejo saindo.

Tento controlar a risada quando a vejo lançar o dedo do meio à uma garota de cabelos loiros.

Ela finalmente atravessa os portões e olha em volta. Parecia perdida. Caminho até ela e aproveito a deixa para admirar suas curvas.

Até que ela era gostosa!

— Senhorita Miller?– ela finalmente se vira para mim.

Ela me encara em silêncio por alguns instantes.

— Sou eu!

Sorrio. Ela parecia estar nervosa.

— Sou seu novo segurança!

— Sou Scarlett Miller!– estende a mão em minha direção.

— Eu sei quem a senhorita é!– digo e ando em direção ao carro.

Ela bufa.

— Meu pai poderia ter escolhido alguém mais educado!– resmunga.

Me viro e a encaro. Arqueio a sombrancelha e rio.

— Estou aqui apenas para te proteger!

— Que seja!– dá de ombros e entra no carro.

Arqueio a sobrancelha. Balanço a cabeça negativamente e entro no carro, dando partida no mesmo.

— Onde a senhorita gostaria de ir?– pergunto irônico.

Ela revira os olhos e aponta para uma biblioteca. Arqueio a sobrancelha.

— O que foi?– pergunta.

— Pensei que nossa primeira parada seria em uma loja repleta de roupas de grife e sapatos caros.– rio e paro o carro.

— Não seja idiota! Você esta aqui apenas para me proteger e não para palpitar onde eu vou ou não.– diz ironicamente e eu sorrio de lado. Tá bom, eu mereci essa!

Essa garota vai me dar trabalho!

Scarlett

Papai poderia ter contrada alguém mais educado e menos bonito.

Pego alguns livros de pesquisas e outros para entretenimento. Listo-os com a bibliotecária e saio da biblioteca com as mãos carregadas.

O meu querido segurança estava encostado no carro, rodando as chaves no dedo indicador, enquanto me olhava fixamente.

— Qual o seu nome mesmo?– pergunto.

— Oliver Turner.– dá de ombros.

— Oliver, poderia me ajudar ou vai ficar olhando?

Ele ri e vem em minha direção. Olha nos meus olhos e tomas os livros da minha mão.

— De nada!– diz irônico e joga meus livros no banco de trás.

— Cuidado, idiota!– resmungo e entro no carro.

Ele apenas ri e entra no carro, dando partida no mesmo.

Irritante! Idiota! Estúpido!

Ele estaciona em frente ao meu prédio e desce. Saio do carro e ando diretamente para o elevador da recepção.

— Iremos te vigiar 24 horas por dia.– diz quando entramos no elevador.

— Não sou uma criminosa.

Ele ri debochado.

— Continuando. Eu vou ficar de vigia à sua porta. Trocarei de posto apenas à noite. Outro ficará no meu lugar. Theodor.

— Ou seja, terei que te aturar o dia inteiro. Entendi!– resmungo e saio do elevador.

— Isso não é ruim, Miller!– me viro para encará-lo.

Vejo um sorriso malicioso nascer em seus lábios e reviro os olhos.

— Idiota!– digo e entro em meu apartamento, o deixando sozinho.

Ouço ainda sua risada e reviro os olhos.

— Boa noite, Miller!– sua voz soa do outro lado da porta.

Tudo bem, ele era lindo, mas um tremendo idiota!

***
Editado e Revisado.

Meu Querido SegurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora