Capítulo 23

58.7K 5.3K 296
                                    

Scarlett

Arcordo mais uma vez com o som do meu celular e bufo impaciente. Ele não parava de tocar. Eu tinha certeza de que não era Oliver, afinal, o mesmo não me procurava à duas semanas.

Deixo o telefone cair na caixa postal e me levanto da cama. Vou até o banheiro e lavo meu rosto.

Ouço batidas na porta e franzo o cenho. Já era tarde para visitas. Respiro fundo e ando até a porta. Provavelmente seria Alan.

Alan, meu novo segurança, me vigiaria à noite, já que Oliver deixou de fazer minha segurança a pedido do próprio. Eu não me opus, afinal, eu não queria vê-lo.

Abro a porta e franzo o cenho ao notar que Alan não se encontrava no seu posto.

— Alan?– arrisco chamar.

Não havia ninguém por ali, tirando a possibilidade de alguém ter batido na minha porta. Ou seja, eu estava ficando louca. Estalo a língua e ando cuidadosamente pelo corredor escuro, tentando encontrar Alan.

Ouço a porta do meu apartamento ser fechada com força e imediatamente corro até ela.

Ela estava trancada. Sinto calafrios correrem pelo meu corpo.

Uma mão repousa sobre meu ombro e suspiro aliviada.

— Alan, que bom que apareceu!– sorrio e me viro, para encará-lo.

— Surpresa!– arregalo os olhos.

— Por favor, não!

Oliver

Eu não conseguia dormir a dias. Eu queria ir atrás de Scarlett e tentar convencê-la de que tudo aquilo não passara de um maldito mal entendido, mas eu não queria invadir seus espaço. Queria dar tempo à ela, pra que esfriasse a cabeça. Respiro fundo.

Por esse e outros motivos, pedi à Austin que colocasse outro segurança  no meu lugar. Ele, sabendo de tudo que acontecera, não se opôs e aceitou meu pedido, colocando um dos nossos melhores seguranças a pedido meu.

Ouço meu celular tocar e o atendo sem ao menos ver quem era.

— Alô?

Oliver, você precisa vir ao apartamento da Scarlett!a voz de Austin me deixa em alerta.

— O que aconteceu?

Só venha, cara!– ele suspira.— Não temos muito tempo!antes que eu protestasse, ele desliga a chamada.

Sinto meu coração acelerar.

Corro até meu quarto e visto uma roupa.

(...)

— Austin!– chamo e ele se vira para mim, com uma expressão preocupada.

— Que bom que chegou, Oliver!– suspira.— Não tenho boas notícias.

— Onde está Scarlett?– pergunto exasperado.

O apartamento estava cheio de policiais e alguns seguranças da agência.

— Austin! Fala! Onde ela está?

— Se acalma!– ele suspira.— Theodor... Quando ele chegou... Ele encontrou...– ele engole em seco.

— Fala, Austin!– grito, sentido meu coração acelerar.

— Ele encontrou Alan morto.

— C-como assim?

— Ele estava em um dos apartamentos vazios do andar. A porta estava aberta e Theodor entrou quando notou o corpo no chão.– passo as mãos pelos cabelos.— Alan levou um tiro na cabeça.

— Scarlett! O que houve com ela?

— Theodor foi até seu apartamento e a porta estava trancada. Ele a chamou diversas vezes, ligou várias vezes no seu celular, mas só caía na caixa postal. Então ele arrombou a porta e não encontrou nenhum sinal dela.

— Espera! Você acha que foi a Scar que...

— Não!– balança a cabeça negativamente.— Encontramos isso.– me mostra um bilhete com uma letra cursiva, parecendo ter sido escrito às pressas.

"Ela é tão linda, Jorge Miller! Estamos quites agora!

S. Z."

— Onde está a minha filha?– a voz de Jorge soa atrás de nos.— Seus desgraçados! Era pra protegê-la!– Jorge tenta acertar Austin, mas eu o seguro à tempo.

— Se acalme, Jorge!– Austin pede.— Iremos encontrá-la.

— Minha filha...– murmura, passando as mãos pelos cabelos.

— Olhe isso!– entrego o bilhete a ele.

— Tem um S e um Z no final. Sabe de alguém em específico?– ele balança a cabeça negativamente.

— Precisamos encontrá-la.– diz com a voz embargada.

— Vamos encontrá-la, Jorge! Eu farei de tudo pra que isso aconteça.– digo convicto.

(...)

— Olha o que encontrei!– um dos policiais diz, trazendo consigo um pacote amarelado.— Há diversas fotos de Scarlett no dia-a-dia. Como se ela estivesse sendo...

— Observada!– completo a frase, sentindo meu coração pulsar dolorido.

— Aqui!– ele rasga a parte interna do pacote e nos mostra.

S e Z!– fecho os olhos com força.

— Calma, Oliver!– Austin bate em meu ombro.— Vamos achá-la e quem fez isso à ele irá pagar!

— Pode ter certeza!– rosno.

(...)

As investigações iam a todo vapor, mas para mim. Eu queria minha Scarlett. Eu me sinto o culpado por isso. Eu devia ter ficado com ela.

Juro, que se fizerem algum mal à ela, eu irei buscar o culpado até no inferno.

Fecho os olhos com força. Era um pesadelo. Eu pedia os céus para que ela estivesse bem.

— Oliver!– Arthur, um dos investigadores chama.

Hum?

— Encontramos uma coisa!– assinto e me levanto imediatamente, o seguindo.

Eu vou te encontrar, Scarlett!

***

Editado e Revisado.

Meu Querido SegurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora