Capítulo 14

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Scarlett

Oliver apertava minha cintura e tomava meus lábios com voracidade. Rebolo descaradamente sobre seu membro rígido e pulsante.

Ele solta um grunhido do fundo da garganta e suas mãos passam a apertar minha bunda com força.  Nossas línguas estavam entrelaçadas em um ritmo excitante. Ele começa a abrir o zíper do meu vestido.

O que estou fazendo?

O que realmente eu estava fazendo? Afinal, se transássemos agora, provavelmente ele fugiria novamente.

— Para, Oliver!– ele me olha confuso.

— O que...– rio ironicamente.

— Se for para transarmos e você sumir, eu prefiro ir para casa, descansar.– digo gélida e saio de seu colo, voltando ao banco de passageiro.

— Scarlett...– ele chama.

— Vamos, Oliver!– coloco o cinto.— Quero ir para casa!– digo.

Ele apenas suspira e dá partida no carro, fazendo-o entrar em movimento.

Eu o queria, e como queria. Eu não era o tipo de mulher que transava e esperava algo do cara, mas eu não conseguia entender por que eu havia ficado decepcionada com a atitude dele.

Rio internamente.

O que está acontecendo comigo?

Suspiro. Oliver e eu não trocamos uma palavra sequer. Ao chegar no meu apartamento, tranco a porta e me jogo no sofá.

Eu não queria entender o que Oliver tinha feito comigo. Eu sabia do que se tratava, mas era diferente das outras vezes. Era uma coisa intensa.

Tento deixar esses pensamentos de lado e vou tomar um banho. Eu precisava relaxar.

(...)

Sinto alguém tocar meu ombro. Me viro e encaro Meg com uma cara nada boa.

— Ressaca?– pergunto, enquanto ela se senta ao meu lado no refeitório.

— Sim!– massageia as têmporas.— Na verdade, a bebida não é a total culpada e sim aquele seu outro segurança.— bufa.— Theodor!– resmunga e mordo o lábio tentando segurar o riso.

— O que aconteceu?

— Eu estava prestes a transar com um cara muito gato da faculdade e aquele babaca chega, e simplesmente me arrasta para longe.– resmunga.

— E o que achou dele?– ela arqueia a sobrancelha.

— Ah, fala sério! Ele é um idiota!– ela me olha e revira os olhos.— , ele é um gato, mas um idiota!

— Sei!– rio e ela ri socando meu braço.

(...)

Havia acabado de chegar da faculdade. Estava realmente cansada. Depois de um banho longo e relaxante, saio do banheiro secando meus cabelos.

Ouço meu telefone tocar e o atendo.

— Alô?

Filha?sorrio.

— Oi, pai!

Minha querida! Estava com saudades! Acabei de chegar de uma reunião do departamento.– ele suspira.— Bom, você virá ao meu aniversário de casamento hoje?pergunta com expectativa.

— Eu não sei! Sabe que Carmen e a Débora não fazem questão que eu apareça.

Você é minha filha, Scarlett! Não tem que se importar com o que elas dizem. Você é a minha garotinha.– reviro os olhos e sorrio.

— Não sou mais uma garotinha!

Eu sei!resmunga e eu rio.

— Eu vou, papai!

Obrigado, minha filha! Traga Oliver com você!

— Não!– respiro.— Digo, por que não Theodor?

Bom, os dois irão acompanhá-la!bufo.— Vou desligar, filha!

— Tudo bem! Eu te amo, pai!

Eu também, querida!– sorrio e ele encerra a chamada.

Ótimo! Além de comparecer à uma festa de aniversário de casamento,em que a esposa me odeia, eu iria ser acompanhada pelo cara que eu não estava afim de ver nenhum um pouco..

Oliver

Encaro o número de telefone de Scarlett e repenso se devia ligar para ela. Eu realmente queria ligar e explicar a minha falta nessa última semana e esclarecer algumas coisas sobre nós. Mas o medo de ela me ignorar era maior, o que me fez desistir.

Jogo o celular ao meu lado no sofá e passo as mãos pelo rosto.

Eu não estava fugindo de Scarlett e muito menos tinha me arrependido da nossa noite. Eu só estava enlouquecendo com o fato de ela não sair da minha cabeça. Esses desejos eram para ter acabado a partir do momento em que eu a tivesse na cama. Mas nada saiu como o esperado.

Depois de contar tudo a Austin, ele resolveu me dar uma semana para pensar em tudo que acontecera entre mim e Scarlett e eu pedi para ele para que não dissesse nada à Scarlett ou a Theodor sobre o motivo da minha falta.

Eu só não esperava que fosse encontrá-la naquela casa noturna. Ela me tratou com total indiferença, mas eu não tiro a razão dela. Afinal, eu havia ficado sem dar notícia alguma por uma semana.

Depois que a vi com aquele cara, meu sangue ferveu. As mãos do homem apertavam seu corpo e aquilo estava me tirando do sério. Só de pensar naquele maldito beijo que o canalha deu nela.

Argh!

Eu não me contive e a tirei dali. Ela protestou e nós acabamos nos beijando, mas ela parou o que estávamos fazendo e depois disso me ignorou por completo.

Hoje irei trocar de turno com Theodor e não posso negar que estou ansioso para vê-la.

Bufo e ouço meu telefone tocar.

Oliver!– a voz imponente do senhor Miller diz.

— Senhor Miller, aconteceu algo?

Não, não! Quero apenas avisá-lo que pela noite, realizarei o meu aniversário de casamento e quero que acompanhe Scarlett.

— Sim, senhor!

Avise Theodor! Ele irá com você!

Consinto e desligo a chamada.

Que ótimo!

***

Editado e Revisado.

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