Meu Querido Segurança

Capítulo 20

Scarlett

Sinto o outro lado da cama afundar e me viro para encarar Oliver.

- Tudo bem?- pergunto acariciando sua barba rala.

- Sim, apenas Austin me intimando para um jantar com os investidores da agência amanhã à noite.- diz e dá de ombros.

Sorrio e beijo seus lábios levemente.

- Scarlett... Me desculpe, por não ter confiado em você.- ele acaricia meu queixo.- Eu não gosto muito dele...- faz uma careta.

Rio baixinho e me aproximo do seu pescoço, o mordendo e logo em seguida, o lóbulo de sua orelha.

- Não se preocupe, meu amor!- digo e de imediato sinto minhas bochechas arderem.

Eu e Oliver estávamos juntos, claro, e mesmo o amando, nunca havia dito aquela frase. Por medo, talvez.

Ele sorri de lado e eu desvio meus olhos dos dele. Sinto seus lábios quentes em contato com minha testa e finalmente o encaro, envergonhada.

- Boa noite, meu amor!- ele sussurra e me aconchega em seu peito.

Sorrio e logo adormeço.

(...)

- Tem certeza que vai apenas jantar com esses investidores?- acaricio seu ombro.

- Por quê?- ele ri, enquanto arruma sua gravata.

- Você está lindo!· faço uma careta e ele se vira, beijando meus lábios demoradamente.

- Eu já sou lindo, Miller!- sorri malicioso.

Reviro os olhos e dou um soco fraco em seu braço.

- E muito modesto!- ouço sua gargalhada e sorrio o beijando novamente.

Ouço o som de uma mensagem e noto ser do celular de Oliver.

- Deve ser Austin.- dá de ombros e pega o celular.

Ele tateia o bolso e franze o cenho.

- Já volto!- diz e eu assinto.

Logo ouço o som de outra mensagem e reviro os olhos. Vou até ele, disposta a lê-la.

--
Número desconhecido

"Anda logo! Estou ansiosa! Mal posso esperar para vê-lo."
--

Franzo o cenho e sinto meu estômago revirar. Balanço a cabeça negativamente e tento tirar as palavras da minha cabeça. É, deve ser coisa da minha cabeça.

Será?

Decidida a ler a mensagem novamente, me levanto e caminho até o celular, deixado sobre a cômoda, mas sou impedida pela voz de Oliver.

- Achei!- diz mostrando um cartãozinho de um restaurante.- Não faço ideia de onde seja esse restaurante.- franze o cenho e ri de si mesmo.

- E qual é o restaurante?- pergunto casualmente.

- Spice Symphony!- dá de ombros. - Você está bem?- se aproxima de mim.

Assinto.

- Claro!-!ele me olha desconfiado, mas logo sorri.

- Eu tenho que ir!- beija meus lábios rapidamente.

- Tudo bem!- sorrio fraco.

- Até logo!- diz e sinto meu coração pulsar dolorido.

Respiro fundo e me forço a esquecer.

(...)

Theodor estaciona em frente à cafeteria e pego meu livro da faculdade no banco de trás. Theodor sai do carro e dá a volta no mesmo, para abrir o lado da minha porta.