eu digo que não a amo,
e quando ela cruza a porta,
o ataque cardíaco dispara
meu olhar não se esconde
eu não consigo controlarnoutro dia
eu digo que não a amo,
mas ela tem um sorriso
que traz meu pranto
toda vez que me recordo
que não a amo
penso - não pode existir amor.mais uma manhã
eu digo que não a amo!
mas brincar de negação
acelera toda estupidez;
emoção vs razãoeu continuo dizendo,
eu não a amo.
ela cruza a porta
eu a vejo muito bem:o único girassol do jardim;
a única tempestade que molha;
o nascer de todos às manhãs;
a luz que acende meu rosto,
e revela todo o caminho;
o batimento irregular;
o único animal que me devora.
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Bebendo Coragem, Vomitando Covardia
PoetryPoesias concebidas entre devaneios alcoólicos e crises existenciais solitárias, onde um jovem tenta se lançar num mundo cheio de armadilhas para o seu fraco e inquieto coração.