beijando seu pescoço
agarrando seu corpo sobre a cama
e eu me assistia
através do espelho da portaela já havia me dominado
por cima
o bom gosto das preliminaresa pele quando se excita
arrepia o braço
o prazer enlouquece
seu hálito quente
a voz que saliva em minha orelha
a madrugada que escurece
as luzes apagadas
apagava todo o mundo
e o mundo era vocêaquele espelho viu coisas
que nunca mais verá
pois a casa não era minha
e também não era dela
e quando a porta se fechar
o espelho perderá sua utilidade
de refletir bundas e costas
cavalgando sobre mim
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Bebendo Coragem, Vomitando Covardia
PoesíaPoesias concebidas entre devaneios alcoólicos e crises existenciais solitárias, onde um jovem tenta se lançar num mundo cheio de armadilhas para o seu fraco e inquieto coração.