Pequenos avisos iniciais:
- Essa fanfic é a explicação de como surgiu o hibridismo relatado na minha outra fanfic (24-25), ela se passa nos anos 60/70/80 e conta a história da primeira híbrido. Pode parecer confuso por ser camren e ao mesmo tempo se passar na mesma linha de tempo de 24-25, mas digamos que esse camren e o camren do futuro são diferentes.
- Prestem atenção nas datas, elas são importantes para o decorrer da coisa toda.
- A fanfic tem uma playlist no spotify, o nome é LM-27, mas se não encontrarem, me chamem nas mensagens aqui e eu mandarei o link!
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26 de Junho de 1960.
Eu caminhava extremamente apressada pelo corredor vazio e mal iluminado. Eu não deveria estar ali, com certeza eu estaria em uma encrenca se algum dos capangas da CMH me encontrasse naquele andar.
A corporação estava à um piscar de olhos de falir, as pesquisas já não geravam resultados lucrativos e o governo não via mais utilidade nos nossos estudos. Seria questão de dias para que a base fosse fechada e rolasse uma grande queima de arquivos. Dei anos da minha vida por esses estudos, e quando me vejo perto de um resultado, colocam um muro no meu progresso. E por conta disso, deliberadamente decidi que tomaria as redias da pesquisa e a levaria para frente sozinha, antes que eu me tornasse apenas um arquivo a ser queimado pelo governo.
Apertei o passo e parei em frente à grande porta de vidro que me barrava para seguir em frente, busquei no bolso do meu jaleco o cartão de acesso que roubei há alguns dias de um dos brutamontes que a CMH paga para nos controlar. Deslizei o cartão pela tranca digital e automaticamente a porta se abriu. Olhei para trás, certificando-me de estar segura e então continuei rumando para dentro do laboratório principal da base.
Eu nunca realmente gostei daquela parte da base. As luzes eram propositalmente fracas e máquinas apitavam baixo por todos os cantos. A sala principal era redonda e extremamente larga, com computadores e cabos de um metal resistente que atravessavam a sala até o meio, onde se conectavam em uma cápsula cilíndrica alta e resistente. Sua base tinha aclopada uma central de comandos, dentro um líquido espesso verde borbulhava oxigênio e boiando em seu centro estava o tesouro mais precioso de anos de trabalho. A espécie criada in vitro foi apelidada de Animal LM-27, seu pequeno corpo com pouco mais de dois anos era minha obra prima.
Meu trabalho na corporação talvez não seja bem visto, brincar de deus nunca é uma coisa que agrada as pessoas, mas como nunca acreditei em um ser superior ao próprio ser humano, eu considero meu trabalho tão comum quanto o de um médico.
Eu e minha equipe fizemos centenas de mutações genéticas, tentando misturar espécies resistentes ao DNA humano. Foram falhas seguidas de falhas. Até que encontramos um DNA que, com uma forma certa, conseguia aceitar e se mutar com o humano. O Canis Lupus, ou o comum lobo cinzento.
LM-27 é uma obra de arte, é fruto de um trabalho dedicado e que pode ser o futuro do mundo em que vivemos, porém o governo não vê utilidade em algo que ele não pode usar para criar pílulas milagrosas por preços absurdos.
Sorri maravilhada para minha criação, seus cabelos negros boiavam em frente ao seu rosto e seu corpo pequeno parecia querer se transformar em uma bola de tão encolhida que se encontrava.
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Animal LM-27
FanfictionAlfa/Ômega/Beta Nos anos 60 o governo financiou pesquisas com o intuito de mutarem DNA humano com espécies resistentes, para fins médicos. Após dezenas de falhas o projeto é dispensado, mas uma das cientistas acaba se apegando ao animal criado e o l...