Capítulo 8

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Retiro meu vestido deixando-o dobrado sobre a pia, solto meu cabelo e sem demora fico embaixo do jato de água gelada sentindo meus músculos se tencionarem acalmando minha excitação.

Encosto minhas mãos sobre a parede e a água escorre por todo meu corpo, me vejo perdida em pensamentos sobre o passado sentindo o peso da culpa cair sobre os meus ombros, mas o misto de desejo confunde minha mente me deixando atordoada.

Tenho um sobressalto quando a porta do box se abre e sei que Dante está atrás de mim. Ainda de costas evito encará-lo.

— O mínimo que esperava era privacidade — falo ironicamente.

— Meninas más merecem castigos severos. — Sua voz rouca e cheia de promessas faz meu corpo estremecer.

Uma onda de prazer passa pelo meu corpo e aquela famosa ardência insiste em se instalar entre minhas pernas, mas resisto a qualquer mínimo desejo que passe pelo meu corpo.

— Saia! — falo bruscamente. — Conversaremos quando estiver com roupas.

Dante aproveita minhas mãos espalmadas sobre a parede para prendê-las acima da minha cabeça. Nem mesmo tento me soltar apenas permaneço parada sentindo seu corpo se encostar no meu. Ele ainda está de roupa e sua camisa fica encharcada pela água que escorre entre nós fazendo o pano se grudar em minhas costas.

— Nunca esperei isso de você. Sempre achei que respeitava as mulheres, entrar em meu banho e me prender contra a parede já é demais.

— Você me provocou a noite toda e agora será minha. Você nunca mais deixará ninguém lhe tocar além de mim — sussurra em meu ouvido enquanto uma de suas mãos desce massageando e pressionando meu mamilo.

— Você não comanda minha vida, quem decide quem toca ou deixa de tocar em mim sou eu. — Em um movimento rápido solto minhas mãos do seu aperto me virando de frente para ele.

Seus cabelos negros e molhados estão grudados em sua testa, seus intensos olhos azuis não escondem o desejo e a satisfação de observar meu corpo nu. A camisa molhada marca cada pedacinho dos seus músculos bem definidos.

Antes que eu possa reagir Dante segura minhas mãos com força me prendendo contra a parede ao lado, sua coxa se encaixa entre minhas pernas impedindo qualquer ataque meu.

— Eu decido, mando, controlo, faço, eu sou o único que pode aqui Dana. Pare de resistir, eu jamais me aproximaria de você se soubesse que não quer meus toques, seu corpo te entrega, então não resista — sussurra em meu ouvido roçando a barba em meu pescoço.

— Vá te foder. —Tento dar-lhe uma cabeçada, mas ele envolve sua mão livre em meu pescoço contornando minha pele com o polegar.

— Errado. — Sobe sua mão ousada pela parte interna da minha coxa. — Eu vou te foder! — sussurra e antes que eu tenha tempo de reagir as suas investidas, seus lábios se grudam aos meus.

Tento resistir, mas meu corpo traiçoeiro me entrega e por mais que eu lute contra os meus desejos acabo por corresponder seu beijo deixando sua língua invadir minha boca em um beijo intenso.

É tão estranho esse sentimento de ódio e desejo que se mescla em mim. As coisas não deveriam ser assim, mas neste momento não estou me importando com nossas diferenças, apenas com a química dos nossos corpos.

Subo minhas mãos até os seus cabelos puxando-os com força suficiente para ouvi-lo gemer. Seus dedos ousados acariciam entre minhas pernas destruindo todas as minhas defesas.

Seus olhos azuis me admiram com tanta intensidade que me sinto envergonhada. Somente ele me deixa assim, somente ele me leva a loucura. Essa é uma triste verdade que reprimir, mas agora só quero me entregar mesmo que minha mente lute contra a realidade.

Desço minhas mãos dos seus cabelos sem pudor algum e puxo sua camisa arrebentando os botões jogando sua camisa de lado. Dante observa meus movimentos atentamente e quando menos espero ele retira suas mãos da minha intimidade me deixando frustrada.

— Acredito que você deva terminar o que começou, ou suas promessas são vazias? — Resolvo desafiá-lo e acabo o provocando além do que deveria.

Aquelas palavras acendem uma chama diferente em seus olhos que agora eles estão nublados de desejo mostrando toda a sua determinação.

— Muito pelo contrário como havia dito meninas más merecem castigos. O que você acha devo lhe dar? O que deseja ou o que merece? — pergunta Dante.

— Você invade a porcaria do meu banho, me provoca, atiça e agora vem com essa conversa?

Dante aperta minha cintura e antes que ele diga algo envolvo meus dedos em seus cabelos puxando seu contra o meu beijando-o intensamente.

— Você fala demais. — Ele me prende contra a parede suspendendo meu corpo, cruzo as pernas em sua cintura e rio da sua repreensão.

Dante desliga o chuveiro rapidamente e me leva para o quarto entre beijos e mordidas. Sem se importar com nossos corpos molhados ele me coloca deitada sobre a cama aproveitando para deixar suas roupas de lado.

Dante me olha com luxúria e sem pensar duas vezes sobe na cama beijando a lateral da minha coxa até a minha intimidade. Seus lábios se fecham em meu clitóris chupando-o com intensidade.

Solto um gemido me contorcendo ao sentir o prazer vibrar em meu interior. Dante não pega leva, muito pelo contrário ele está sedento e sem piedade. Agarro seus cabelos com força sentindo todo o prazer se acumular em meu ventre, seus dedos ousados brincam em minha entrada e sem esperar qualquer protesto penetra brincando em meu interior e é exatamente isso que eu preciso para me entregar completamente a ele gozando em seus lábios.

Sinto meu corpo pulsar e meu sangue correr rapidamente em minhas veias. Em vez de Dante parar, ele se vê ainda mais instigado em me enlouquecer. Seus lábios sobem por minha barriga deixando pequenas mordidinhas por aquele local até chegar em meus lábios.

— Por que tão parecida com ela? — Dante pega um preservativo e desenrola rapidamente em seu membro rijo.

Estou tão absorta nas sensações que me corpo o recebe que nem mesmo presto atenção em suas palavras.

— Você me enlouquece — murmura me penetrando com uma calma absurda.

Gemo apertando minhas unhas em suas costas sentindo um incomodo que faz meus músculos se contraírem, pois meu primeiro e único homem foi Dante.

Movo meu quadril querendo que ele intensifique seus movimentos e ele grunhe em reposta ao nosso corpo suado e molhado que se mistura um no outro.

Passo minhas mãos pelo seu corpo sentindo todos os seus músculos com as pontas dos dedos explorando cada parte dos seus músculos.

Seus movimentos se tornam cada vez mais intensos e profundos me arranca gemidos de puro prazer.

Dante acaba sendo um pouco bruto, mais do que eu esperava, posso perceber que assim como eu, ele deixa seus sentimentos tomar conta dos seus movimentos e querendo ou não nossos corpos se conhecem e se conectam como eu jamais poderia esperar.

Mesmo com nossas desavenças e a minha sede de vingança nossos corpos pedem e clamam um pelo outro. Isso pode ser estranho eu sei, mas não consigo explicar essa conexão.

Os espasmos retornam e todo o meu corpo estremece explodindo em um intenso orgasmo que me arranca gemidos altos, com mais algumas investidas Dante libera seu prazer.

Ofegante inverte as posições me deixando sobre seu corpo, seus braços fortes me envolvem em um abraço protetor onde me encaixo perfeitamente me deixando confusa. Não queria aproximação, muito menos esperanças de algo que não dará certo, na verdade quero distância, muita distância desse homem que me leva a loucura e ao mesmo tempo me joga no abismo.

Dante me enlouque e coloca em prova tudo aquilo que acredito derrubando aos poucos as barreiras que criei, não posso colocar tudo a perder por mero desejo e satisfação, mas sei que depois dessa noite nós estaremos mais próximos e talvez assim consiga arrancar as informações que preciso.

Entorpecida lutocontra o sono, mas o cheiro de sexo e perfume invade minhas narinas me deixandoinebriada e acabo adormecendo em seus braços com o rosto em seu peito. 

Eva - O Desejo de vingança - Série Voyaller - Livro 1 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora