Machucada?

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Like a Fool - Robin Gibb (Reproduzir)

Angeles e German tentavam aproveitar o tempo que tinham juntos em Paris ao máximo. Ele deveria voltar para Buenos Aires e sempre tocava nesse mesmo assunto com ela, para convencê-la a ir também, missão impossível. Até mesmo Jorge conversou com Angie para explicar que isso não diminuiria o trabalho dela e nem impossibilitaria a realização do mesmo. A resposta era sempre a mesma: não.

– Eu vou te esperar aqui no corredor, mas arrume-se logo. – Ele falou enquanto soltava a mão dela.

– Você fala isso como se não demorasse também. É mais afeminado que eu mesma. – Angeles riu e entrou no quarto, fechando a porta.

Não via a hora de voltar para seu apartamento, mas para isso, esperaria German voltar para Buenos Aires. Queria deixar ele ir e depois fazer uma surpresa, mas sem terminar com o que tinham.

Angeles tomou um banho rápido e saiu da ducha com uma toalha enrolada no corpo. Olhou ao redor, sentindo como se estivesse escutando algo.

– German? – A voz saiu baixa.

Imaginava que seria ele, pronto para abraçá-la por trás e sussurrar palavras lindas em seu ouvido, como era de costume.

Sentiu duas mãos geladas descansar sobre seu ombro e quase de imediato, um perfume francês masculino e muito forte tomou conta de todo o cômodo. Percebeu quem era e virou o corpo bruscamente, afastando-se e olhando nos olhos dele.

– Ale.. Alejandro? – A voz dela falhou.

Ele sorriu com um olhar irônico e assentiu várias vezes com a cabeça.

– Vejo que você já conseguiu me esquecer! Foi rápido, querida.

Ele olhou ao redor e voltou para ela, cravando a atenção em seu corpo. Angeles, assustada, tentou abraçar-se com os braços. Estava quase prestes a gritar por German.

– Eu nunca te amei, Alejandro. Eu gostava de você, sempre deixei isso muito claro.

– Sabe, Angie? Nós poderíamos ter formado um casal lindo. Um casal muito lindo, de verdade. – Suspirou e aproximou-se dela. – Mas é uma pena que você preferiu ele.

– VOCÊ É UM DESGRAÇADO! – Ela gritou, deixando a raiva tomar conta.

O momento seguinte foi muito rápido. O tapa forte, os olhos cheios de lágrimas, o rosto ardendo como se fosse explodir e a porta abrindo rapidamente.

Angeles segurou-se no braço do sofá. O tapa que Alejandro dera em seu rosto a pouco foi tão forte que ela sentiu o corpo desmoronar, tentando processar a informação e a dor.

Olhou para a porta e viu German entrando. Com certeza escutou o grito dela antes do tapa. Ele observou a cena rápido e processou tudo para saber o que realmente fazer, mas a partir do momento em que viu a mulher que amava quase caída no chão e tremendo, com uma das mãos segurando a toalha, tentando cobrir o corpo, avançou para o homem ao lado, acertando um soco no meio do rosto, fazendo o nariz sangrar e o corpo cair no chão, atordoado.

German correu até Angeles no chão e ajeitou a toalha em seu corpo, sem deixar de observar a marca em sua bochecha dos dedos de Alejandro. Levantou-a e segurou a mão dela com força, o que fez os olhos de ambos se cruzarem. Ele queria dizer que ia ficar tudo bem, mas percebeu que seu olhar já dizia isso. Já não precisavam mais de palavras. Eles tinham uma ligação tão intensa que era quase inacreditável.

– Pai? O que aconteceu aqui? – Violetta entrou no quarto, observando a cena que era no mínimo estranha.

– Chama os seguranças do Hotel, por favor! – A voz dele era baixa.

Em poucos minutos, o quarto já estava cheio de homens fortes carregando Alejandro, que estava caído do chão.

German levou Angie até a suíte dele, deixando-a sentada na cama.

– Como alguém pode acertar uma mulher bem no meio do rosto? Caramba, isso está doendo muito. – Ela reclamava enquanto segurava no local do tapa uma bolsa de gelo.

– Somos acostumados. – Ele riu e se aproximou dela, sentando-se no sofá. – Me deixa ver como isso está.

Angeles tirou a bolsa devagar do rosto e German observou com cuidado, evitando tocar, mas tentando ver se estava muito inchado.

– Daqui a pouco você não vai mais sentir dor. – Ele falou baixo. – Eu odeio esse cara.

– Eu sei que odeia. Possivelmente quebrou o nariz dele. – Ela riu baixo e fez um gesto de dor.

– Espero que tenha sido isso mesmo. Ele merecia que alguém o quebrasse.

– Eu adoro essa sua postura de super protetor. – Ela sorriu. – Mas eu preciso vestir alguma coisa, German.

Ele levantou e foi até o quarto, voltando com uma camisa social branca que era três vezes maior que ela.

– Sempre quis te ver em uma das minhas camisas, então, por favor. –  Ele estendeu a peça de roupa pra ela. – Pode vestir no meu quarto.

Ela sorriu e balançou a cabeça, mordendo o lábio e levantando, para pegar a camisa.

– Acho que não é necessário.

Angeles tomou a camisa das mãos de German e soltou a toalha puxando a barra devagar, ficando apenas com uma lingerie branca e extremamente sexy. Ele a observava petrificado, mas com certa adoração. Aquela mulher o deixava louco. Tudo nela era definitivamente perfeito. Cada centímetro do seu corpo o encantava, mas ele tinha certa paixão pelo pescoço e pela cintura, ambas partes bem feitas e invejáveis. Ele a olhou colocar a camisa e se aproximou para abotoá-la.

– Gosta de abotoar camisas, Senhor Castillo? – Ela perguntou quase em um sussurro.

– Eu prefiro desabotoá-las. – Sorriu e a olhou nos olhos.

– Que pena, porque a partir de agora quem vai fazer esse trabalho em você sou eu. – Ela apoiou as mãos nos ombros dele e sorriu.

German a puxou para mais perto pela cintura. Sentiu que suas respirações estavam se misturando e a beijou. Um beijo calmo e apaixonado, cheio de amor.

A segurança que ele passava para ela estava mais existente agora, naquele quarto, naquele país.

– Angie... – German sussurrou e parou o beijo aos poucos.

– O que foi? – A expressão dela agora era de preocupação. Ele nunca tinha parado no meio de um beijo.

– Eu achei que isso iria ser em momento romântico, com você e seus longos vestidos, eu com um terno e em um restaurante famoso de Paris. – Ele riu baixo e olhou para o chão. – Mas, aqui com você, eu percebi que é este o momento e o lugar.

German segurou as mãos de Angeles e a levou até a sacada da suíte, que tinha uma vista maravilhosa da Torre Eiffel. As luzes da cidade deram um contraste ao casal, iluminando-os enquanto se olhavam apaixonados.

– Eu descobri que não consigo mais ficar momento algum sem pensar em você. Não consigo ver algo e não relacionar a gente. Não consigo parar de sentir seus abraços, beijos, suas carícias... Eu sou absurdamente louco por você, Angeles. Eu te amo de uma forma inaceitável. E eu realmente não quero mais estar sozinho, quero te proteger e te amar, sempre. Mas, por enquanto... – Ele agachou e tirou uma pequena caixa vermelha do bolso, abrindo-a e mostrando para ela um anel extraordinário. – Quero que seja minha namorada.

AAAAAH EU TO DE VOLTA SIM, amorzinhos! Desculpa mesmo a demora pra postar. Aliás, vou ver se posto mais essa semana, mas enfim. Depois tenho novidades e vou tentar deixar a fanfic mais curta. Tenho novas ideias para Germangie.

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