Casamento

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Yo quisiera - Reik (Reproduzir)

– BUENOS AIRES, ARGENTINA –

– Senhor German, finalmente! - Olga sorriu e se aproximou do patrão cheio de malas.

– Queria eu poder dizer o mesmo.

Colocou o terno no sofá e folgou a gravata, desabotoando os dois primeiros botões da camisa social branca.

– Por que? – Ela riu e pegou o terno, ajeitando-o no braço.

– Nada. – Passou a mão pelo cabelo. – Cadê a Vilu?

– Deve estar dormindo. Ainda é cedo e ontem ela foi deitar um pouco tarde.

– Quando acordar, peça para ela ir ao meu quarto. – Tirou o celular do bolso e subiu as escadas, quase desesperado por um banho.

– PARIS, FRANÇA –

Jogou-se na cama e sorriu, satisfeito. E também preparado para mais uma.

– Quantas vezes só hoje? – Fez um gesto para a mulher subir em cima dele.

Ela sentou-se sensualmente e mordeu o lábio.

– Com essa, teremos a quarta vez. – Deslizou as unhas pelo abdômen do homem.

– Acho que Angeles está me traindo. – Riu enquanto falava e encaixou seu corpo ao dela, soltando um gemido.

– O que tem? Você está traindo ela desde que noivaram. – A mulher começou a se mover de forma provocativa.

– Você sabe que apesar de tudo, eu gosto dela e é muito bom para a minha carreira que eu seja quase casado, é como se eles levassem mais a sério.

– Seus pacientes? – Gemeu e observou Alejandro fechar os olhos.

– Justamente. – Inverteu as posições, ficando por cima. – Mas tenho certeza de que independente do que ela tenha feito, se arrependeu.

– BUENOS AIRES, ARGENTINA –

Dois dias para o casamento dela. German estava quase destruído, mas já tinha prometido a Violetta que iria, não podendo de forma alguma descumprir sua palavra.

– Vamos, papi? – Ela sorriu contando as malas para ver se já estava tudo pronto.

– Vamos. – Falou quase como um sussurro, pegando as chaves do carro.
Ela parou e o observou um momento, percebendo o humor do pai.

– Você não está bem. – Tocou o braço dele e sorriu fraco.

– É o casamento dela. – Olhou para as malas e respirou fundo. – Eu tenho que estar bem. Preciso estar.

– Aconteceu algo enquanto você estava em Paris? Você a viu?

– Nós nos encontramos em um evento. Foi só. – Pegou as malas e levou para o carro.

Violetta saiu logo atrás, com a mesma cara desconfiada de quando havia descoberto da primeira noite dos dois em Sevilla.

– Porque você não me conta o que realmente aconteceu? Pai, eu não sou mais uma criança.

Ele respirou fundo e virou para olhar a filha nos olhos, nervoso.

– Nós dançamos uma música e eu a beijei do nada. – Desviou o olhar.

– Tem certeza que foi apenas um beijo? – Arqueou as sobrancelhas e riu baixo.

– Fizemos amor. – Soltou de vez e balançou a cabeça, quase vermelho de vergonha.

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