5° Capítulo

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5° lembrança/carta - Aos olhos de Geovana.

1° Maio - Dia do trabalho.

Sabe aqueles dias em que você só quer fica em casa, mas acaba tendo que sair? Então esse, foi um desses dias.

Era sábado. Gu tinha posado em casa e na noite anterior, meu pai já havia combinado com nós, de irmos a uma festinha do dia do trabalho/trabalhador.
Acordamos umas nove da manhã, se arrumamos e ja saímos. Passamos na casa da Miriam, ( uma amiga da família) Até porque a festa era onde ela trabalhava.
Quando nós encontramos com Miriam, conversamos um pouco e já prosseguimos até o local da "festinha".
Chegando lá, tinha mesas do lado de fora, tudo bem organizado. Sentamos, almoçamos e ficamos lá por horas. Estava tedioso, queria ir embora, mas meus pais estavam jogando truco e isso demora um bocado.

- Pai vamos embora. - Disse ao meu pai, com voz de manhosa.

- Pede para o Gu pegar a camionete, ai vocês podem ir. - Ele me respondeu.

Então sem pensar duas vezes, pedi ao Gustavo, nós pegamos a chave, entramos na camionete, tudo pronto para sair.
Mas o Gu, não conseguiu ligar.
Nunca vamos sair daqui.
Voltei à festa e fui pedir ajuda ao meu irmão. Ele nos ajudou, conseguiu ligar, e nós prosseguimos ao processo de volta para a casa.
Só havia um problema, ele nunca tinha dirigido aquela camionete.

- Gu não mata a gente - Fui falando daqui até em casa. E ele só ria e me mandava ficar quieta.

Quando finalmente demos o "ar da graca" em casa, ele foi deitar, e eu um tomei banho, peguei uma coberta e fui deitar também.

Acabamos cochilando por alguns minutos.
Até que acordamos tempo depois.

- Você está bem? - Ele me perguntou meio sonolento.

- Sim. - Respondi.

- Certeza? Você está vermelha, não quer ir na saúde? - Falou rindo.

- Você também! - Ri, porque nós dávamos risada por qualquer coisa.

Ele correu para espelho, e começamos a rir.
Meu pais chegaram algum tempo depois.

Chamei o Gu e Tuti (Amigo nosso) para comer pizza.
Nós fomos. Ficamos conversando bastante tempo e depois fomos embora.
Foi um dia simples, como outro qualquer, mas cada segundo, é valioso ao lado das pessoas que amamos.

Sabe não tinha como não rir com o Gustavo perto, não precisava ser um dia maravilhoso, em lugares maravilhosos, com várias pessoas, o simples era o mais divertido. Até porque o Gu nunca gosto de lugares cheios. As minhas melhores lembranças com ele foi os dias em que ficávamos o dia todo em casa, escutando música, contando histórias, planejando o que iria fazer a noite, até mesmo dormindo. Cada segundo do lago dele valeu a pena. E de que vale a vida sem amigos? Se der vontade de abraçar, abrace! se der vontade de dizer que ama, diga cara! Você pode mudar a vida de uma pessoa com o seu jeito de amá-la, como pode mudar a sua também. A vida é curta de mais, aproveite intensamente.

Cartas para o céuOnde histórias criam vida. Descubra agora