Patadas, Romances e o Acidente

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Oi gente, Manô online após um tempo fora. Esse é o meu diário virtual, e este é o capítulo 4.
Lembram do Paulo, o menino da van? Pois bem, falaremos de nosso relacionamento. Não amoroso, mas...nossa amizade, coisas assim. Prontos? Lá vai amorzinhos.
Em abril, começamos a nos conhecer mais. Seus pais eram divorciados, porém nenhum dos dois tinham amantes. Contava sua vida com muita tranquilidade, parecia me conhecer desde o maternal, lá no início de nossas vidas. Dizia também que amava o pôr-do-sol, queria fazer fotografia...e aquilo tudo me deixava definitivamente louquinha por ele.
Em julho, começamos a ter um certo namoro. A gente ficou, isso, ficamos. Ele me dava carinho, e eu dava alegria. Parecia um conto de fadas, exceto o fato de eu bater nele quando ficava com raiva, e, quando isso acontecia, ele dizia que não tinha doído nada, mesmo com a pele bem vermelha.
Foi então, julho.
Não estou dando tantos detalhes porque eu tenho trauma com isso. Fico bem chateada, mas se eu guardar para mim mesma, vou me sufocar de mágoas.
Ele me chamou para um passeio, eu e ele, sozinhos. Concordei numa boa, feliz, animada. Peguei uma carona com ele, e lá fomos nós. Me lembro do que estávamos conversando.
Anitta, sua...sua...ex.
Ele falava bem dela, como se estivesse apaixonado por ela ainda. Eu apenas concordava, o que podia fazer? Bater nele no meio de um carro em movimento? Não! Quando ele terminou, procurei me calar, para mostrar a ele que eu estava com ciúmes dessa Anitta. Já não gosto da cantora, dela muito menos.
Quando percebeu minha chateação, era tarde demais. Ele me olhou e segurou meu braço, tentando me animar. De repente, um jipe veio na nossa direção.
Não me lembro de muita coisa. Lembro do estrondo que o carro fez com a batida e a minha cabeça voando, quase batendo no vidro.
Acordei com ele com uma faixa no nariz e no braço, com marcas de sangue. Parecia muito bem, mas estava desesperado comigo. Quando percebi, estava numa maca hospitalar. Sim, uma maca. Eu tinha quebrado a perna e tinha (desculpa) fodido o punho esquerdo.
Tentou me acalmar de mil formas, mas eu não disse nada. A presença dele já me deixava mais...pacífica.
Passou um mês.
Na escola, decidi terminar com ele. Ele ficou arrasado, mas entendeu a situação. Paramos de nos falar. Entrei em uma bad enorme. Por isso, não namore com o primeiro que encontrar.
   Tinha um novato na área. Mas para mim, ele não era nada que um amigo, um irmão.
    Lucas tinha ido para a minha escola.

S.P.L - Sonhos, Paixões e LoucurasOnde histórias criam vida. Descubra agora