Fogo Cruzado {Camren}

Capítulo 07

   Cheguei em casa e cumprimentei meu pai que me deu um beijo na minha testa, minha mãe tava na cozinha resolvendo uns negócios e também a cumprimentei.
Subi correndo para o quarto de Sofi, entrei ela tava lendo e nem percebeu que eu havia entrado.

- Buuh - gretei a apertando na barriga. Ela logo pulou de susto.

- Aí camz, que susto, tava com saudades- ela disse beijando no meu rosto.

Coloquei minha mochila na cama, tomei um banho e logo desci para comer banana, minha paixão.

- Camila, lembrou que hoje faz cinco anos que o pai da Lauren morreu- meu pai dizia.

- Deve ser por isso que Lauren tava chorando e chegou atrasada em sala de aula - eu falei baixinho.

- O que que você falou filha? - meu pai dizia.

- Nada, pensei alto - logo afirmei.

   Pov Lauren
   Cheguei em casa e o clima tava tenso para todos, havia cinco anos que a saudade do meu pai se reinava no meu corpo, todo dia 18 de março é a mesma coisa.

   Subi, tomei um banho gelado, coloquei uma calça preta, uma blusa com o nome da banda que eu pai mais gostava, um tênis preto é um óculos também preto. Acho que já deu para perceber que eu gosto de preto neh?
    Eu estava indo para o cemitério com minha família.

- Chegou a dona de preto- dizia Taylor me abraçando.

- Vamos mama? Aqui, temos que passar na floricultura para levar flores para o papa - eu dizia se referindo a minha mãe que estava na cozinha.

   Entramos no caro, eu fui na frente com minha mãe e Taylor e Chris atrás. Passamos na floricultura e compramos a flor, meu pai era apaixonado por rosas, compramos cada uma de uma cor, porque desde pequeno ele sempre amava arco íris, ele gostava de cores, acho que não uso muita coisa colorida.

   Chegamos no cemitério, nem precisava me mostrar o caminho, já sabia ele de cor, o cemitério era meu ponto de refúgio quando estava mal, sempre ia para lá ficar do lado do meu pai, lá eu me sentia confortável.
Sentei no mesmo lugar de sempre, senti uma primeira lágrima cair, logo sequei, mas depois dessa desceram várias outras sem eu conseguir controlar.

- Calma floquinho, lembra quando nós éramos pequenos e a vovó falou, ele está lá no céu, é uma estrelinha vigiando a gente- dizia Chris.

   Chris tinha entre dez ou onze anos quando meu pai morreu, era novo assim como eu, e também lembra do sufoco que passamos. Depois que meu pai morreu tivemos que vender a casa, tudo para tentar nos sustentar porque minha mãe entrou em depressão, começou a beber muito e até hoje é assim. Acabou que por isso eu e ele nos unimos muito, tivemos que mudar de escola porque não tínhamos mais condições de pagar a antiga, nossa vida mudou muito.

   Ficamos mais ou menos umas 2 horas no cemitério. Quando eu estava saindo vi o pai de Camila chegando e não me aguentei.

- O que esse vagabundo está fazendo aqui? Não cansou de acabar com meu pai, agora quer acabar com a minha família. O que tu quer Alejandro Cabello? Vai a merda, não cansa de ver meu pai aqui no caixão não, morto por sua causa, eu ainda vou me vingar de você, a se vou- eu falava gritando e com raiva.

- Lauren calma, só vim aqui trazer umas flores para seu pai, sabes que ele era um grande amigo e sócio - Alejandro tenta explicar.

- Amigo você? Faça-me o favor neh Alejandro? - eu falava com uma risada sarcástica.

- Alejandro, acho melhor você ir, mais tarde se falamos - minha mãe dizia.

- Mais tarde nada, sai logo daqui - eu falava gritando.

- Isso mesmo que minha irmã falou Alejandro - Chris dizia.

   Alejandro colocou as flores que levou para meu pai no chão perto do túmulo. Logo quando o próprio saiu eu peguei aquelas flores e joguei no lixo, flores podem até ser bonitas, mas não as dele.

   Finalmente aquele sla o que tinha indo embora, não tenho palavras para caracterizar Alejandro Cabello, eu tinha ódio dele, da família dele, de tudo que pertencia ele. Ele tirou meu dinheiro, meu pai, minha felicidade

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Um beijo no coração de nada um...