Capítulo 26

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Pov Normani
   Acordei com a porta do quarto batendo, olhei para o lado e não vi Dinah. Peguei meu celular para ver quantas horas e vi a mensagem de Dinah, achei super fofinha. Fiquei na cama mais alguns minutos quando resolvi ir para a escola, querendo ou não uma hora eu ia ter que encarar isso, tomei meu banho, me arrumei e pegar algo para comer.

   Estava um cheiro forte no banheiro, já até sabia o que era. Dinah tinha comido é colocado tudo para fora, eu aposto.

   Juro que não sei o que fazer com ela, ela fala que tá gorda mas não tá, o corpo dela é maravilhoso.

   Não comentei com seus pais pois sabia que eles iriam brigar novamente com ela, então apenas espirrei um cheiro no banheiro e hoje terei uma conversa séria com Dinah.

   Depois disso desci para pegar ao para comer.

- Bom dia - ouço a mãe de Dinah.

- Bom dia - eu falo dando um abraço.

- A Dinah saiu faz pouco tempo - ela fala - Quer comer algo?

- Sim, estou com fome.

- Queria que a Dinah fosse assim, ela nunca tá com fome - ela logo fala.

   Comi um cereal e lembrei que não tinha mochila, como iria a escola? Então resolvi ir até a minha casa a pé e pegar minhas coisas pois essa hora não tinha ninguém em casa.

- Está indo a escola? - escuto o pai de Dinah falando da escada.

- Sim, porém vou passar em casa antes - eu falo.

- Vem, vou te dar carona - ele fala.

- Não precisa, vou dar trabalho.

- Vem, para de ser teimosa - ele fala abrindo o carro.

   Passei em casa e quando entrei, não tinha ninguém, eu estava me sentido muito desconfortável naquela casa, estava com nojo.
Entrei em meu quarto, peguei duas mala e coloquei o máximo de roupas e tudo que eu precisava para ficar na casa da Dinah por um tempo, eu chorava enquanto colocava as roupas, estava com muita raiva.

   Peguei todo os meus matérias, maquiagens, tudo, queria deixar aquele quarto vazio.
Estava terminando de colocar as coisas quando escuto um barulho de alguém abrindo a porta.

   Olhei para trás e era Paula, a empregada, e respirei aliviada.

- Paula é você , graças a Deus - eu falo.

- Mani, princesa por que você está chorando? - ela fala passando a mão em meu cabelo.

- Meus pais me expulsaram de casa - eu falo.

- Como assim? - ela fala assuntada

- É que eu sou gay - eu falo com vergonha.

- Só por isso?

- Sim - eu falo terminando de fechar a mala.

- Eu não concordo com eles porém não posso me negar na vida deles mas do aqui para o que precisar - ela fala me abraçando.

- Amo você, agora me ajuda a descer com essas coisas - eu falo se referindo as malas.

   Peguei tudo e desci as escadas, chegando lá em baixo olhei para aquela sabendo que seria uma das últimas vezes que passaria lá.

- O que eu vou falar para seus pais? - Paula fala.

- Não precisa falar nada, vou deixar um bilhete.
Peguei um bloco de papel e comecei a escrever.

"Boa tarde, vim aqui em casa hoje e peguei tudo que me pertencia, deixei algumas coisas pois tudo não caberá na cara da minha NAMORADA, eu saio dessa casa de cabeça em pé pois sei que fiz a coisa certa. Vocês não poderiam ter me julgado, só Deus pode me julgar, e mesmo assim eu sei que ele não iria, porque não estou fazendo nada de demais. A família da Dinah e mais religiosa que vocês, e eles me surpreenderam muito, eu descido contar para vocês achando que iria receber apoio e não um tapa na cara. Hoje você acaba de perder uma filha que só queria o bem de vocês a todo momento. Se eu não posso ser feliz do lado da mulher que eu amo aqui, prefiro ser feliz em outro lugar.
Passar bem"

   Escrevi aqui, dei um abraço em Paula e finalmente deixei aquela casa.

   Entrei no carro do pai de Dinah e ele me levou para a escola, no caminho fomos conversando de assuntos aleatório, ele é mais legal do que eu pensava, Dinah puxou muito o jeito dele.

   Cheguei na escola e já ia começar o segundo tempo, eu não poderia entrar porém como a diretora sabia que eu nunca havia atrasado ou algo do tipo, ela liberou a minha entrada quando começasse o segundo tempo.

   Bateu o sinal e eu entrei com o olhar direto para a Dinah que estava surpresa de eu tar aqui.

- Por que você veio? - ela pergunta.

- Bom dia para você também que bateu à porta forte aí eu acordei - eu logo falo rindo e dando um selinho nela.

- Proibido beijo em sala de aula tá casal - Camila fala baixinho.

- Ninguém viu - Dinah fala.

As aulas passaram muito rápido, confesso que só prestava atenção em Dinah e na nossa noite, foi surreal aquilo tudo, foi tudo perfeito.
Acabou a escola e fui para casa de Dinah que estava sendo a minha casa.

E assim se passou o mês, hoje completava um mês que não piscava em casa, que eu não falo com meus pais, isso me doía muito, eles não tinham nação o quanto estava me ferindo, porém Dinah estava me ajudado, ela era um anjo para mim, eu também estava feliz pois depois que comecei a morar com ela, ela só desmaiou 2 vezes, isso é um recorde, pois antes em um mês ela desmaiava mais de 10 vezes.

A gente brigava as vezes, mas somos como um casal normal, e horrível brigar com ela porque ela é muito fofa com sua cara de brava, mas era só eu beijar ela que ela já desmoronava toda.

Fogo Cruzado {Camren}Onde histórias criam vida. Descubra agora