Capítulo 3 (XÁPRALÁ)

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"Andar de cima, venha.

beba.

MH."

Era as palavras contidas no papel que Sherlock segurava, seguidos de uma marca de batom no formato de uma boca. Era dela. E ela estava bêbada. Não seria o ideal deixa-la ali sozinha.

- Olá, Sherlock Holmes.

- Molly. - ele se virou na direção da voz E pasmo a viu deitada sobre um sofá de dois lugares. O que na verdade era o único móvel no quadrado de 5 metros quadrados, além de uma mesa do lado inverso com um espelho retangular pendurado mais acima, na parede escura.

- Você está bem? - ele se ajoelhou no chão a fitando, talvez preocupado.

- Melhor impossível. - Disse sentando-se, dando espaço que ele fizesse o mesmo. O chamou batendo no assento - Que bom que veio - Ela sorriu, sentando agora de frente para ele sobre suas coxas. - Sabe, eu sempre tive vontade de praticar Dry humping, já experimentou? - ele absurdamente surpreso, tentou tirá-la dali mas com afinco ela voltou a sentar-se sobre ele. Rebolando, fazendo-o suspirar.

- Eu não sei o que é isso, Molly. - com a voz fraca respondeu.

- Fale mais alto querido, Sherlock. - deu-lhe um beijo no lado esquerdo do pescoço - Não posso escutar com todo esse barulho.

- Você está bêbada e precisa ir para casa para não passar por mais vergonha.

- Que palavras maravilhosas. - Ela sorriu como se ele realmente não estivesse a depreciando. Segurando nos ombros dele, subindo ligeiramente e rebolando novamente, chocando as intimidades e remexendo mais uma vez, aumentando o contato. Sentindo esquentar-se mais do que era humanamente possível. Suas mãos formigavam por mais, sua boca também.

- Calminha, querido, a noite só começou.

- Sherlock, acorda temos novidade sobre o caso do eletrocutado!

John Watson histérico, na opinião de Sherlock, entrava no quarto, as seis da manhã de uma segunda-feira, gritando sobre ter novidades. Deveria ser algo bom, melhor que ficar lembrando mais uma vez sobre a noite de sexta, dois dias atrás quando topou com Molly Hooper em uma boate, enquanto finalizava um caso.

Ainda podia lembrar da sensação da pele formigando, de como se surpreendeu com as respostas do próprio corpo à Molly Hooper. Mas para seu alívio, o tormento teve fim. Provavelmente ela planejava beijar-lhe o pescoço, mas adormeceu ao fazer o trabalho. Agarrou-se a ele, que quando percebeu seu estado de dormência, suspirou aliviado. Permaneceu ali mais alguns instantes, antes de levá-la carregada dali.

Seu serviço noturno não havia acabado, ele teria mais algumas coisas a fazer, no entanto, antes que voltasse ao trabalho depois do tempo disperso no pub, a deixou no lugar mais perto e confortável dali, seguro também. Molly precisava de um tempo depois na noite anterior. Seu irmão poderia fazer aquilo por ele. Não iria abandoná-la. Se o mais novo pedisse com cuidado.

Naquela mesma manhã de segunda-feira...

- Me larga! -

Molly Hooper se debatia enquanto estava sendo retirada de dentro do porta mala de um carro cinza. Havia sido raptada enquanto saia do hospital, ia tirar férias, mas precisava pegar alguns documentos. Há poucas horas, naquela segunda, havia pego com Greg Lestrade uma liberação do caso na delegacia, precisava agora apenas da assinatura do chefe para sair em viagem no final da semana. Depois de obter, saiu, não vendo ninguém se aproximar, só lembrava de ter acordado dentro do pequeno espaço, em algo em movimento.

Com os olhos vendados e mãos amarradas ela se mexia enquanto um homem a carregava para fora do automóvel. Pelos gritos que ela dava, ele enfiou algum tipo de pano na sua boca, mas não tinha como retirar, ela já estava sufocando, nervosa, tinha medo do que fariam a ela.

Agent HooperOnde histórias criam vida. Descubra agora