DOIS MESES DEPOIS
Madrugada, música a todo volume, drinks e muitas, muitas pessoas.
A beira da piscina haviam grandes duas caixas de som vibrando no ritmo de Britney Spears.
De maiô verde esmeralda decotado em V profundo e cabelos num tom mais avermelhado que antigamente, soltos, Molly dançava na borda segurando uma taça com liquido amarelo. Um homem sem camisa, consideravelmente forte e de cabelos negros a abraçou por trás, trazendo ela para um beijo breve.— Devia aparecer mais vezes assim, Lorenzo.
Ela sorriu deixando o copo agora vazio sobre uma mesa próxima. Segurou o moreno e bonito Lorenzo pela mão direita, o levando para longe das pessoas, quase a beira mar parou de andar, sentando-o na areia. Ainda podia ouvir o volume alto vindo de longe. Se jogou de lado sobre o homem o beijando ardentemente, passando suas mãos pelos ombros e peito, sentiu o outro firmar a mão sobre cada lado do bumbum, apertando e a fazendo gemer, mas tudo isso passou muito rapidamente, tão rápido quanto uma bala. Literalmente.
Aparentemente da piscina, veio um barulho muito forte, um tiro. Lorenzo e Molly olharam-se assustados, com a mulher levantando sobressaltada. Viu pessoas correndo desornadamente ao longe, mais um barulho de tiro, mais gritos, e outro tiro.
A música abafava o som dos gritos e choro."You better work, bitch
Now get to work, bitch"
É melhor você trabalhar, vadia
Agora, vá trabalhar, vadia.— Vamos sair daqui. - Lorenzo se levantou já puxando a ruiva pela areia para longe.
"You can hear my sound
Tell somebody in your town
Spread the word
Go call the police"
Você pode ouvir meu som
Conte a alguém da sua cidade
Espalhe o boato
Vá chamar a polícia— Vá você, eu não posso.
— Faça o que quiser, mas eu não fico aqui. - ele soltou a mão dela e saiu correndo.
— Covarde. - ela de pé se virou para a área da piscina com poucas pessoas, umas jogadas no chão, outras em volta dessas primeiras, e as caixas de som ainda tocando:
"Don't mean to trouble ya
I make it bubble up
Call me The Bubbler
I am the Bad Bitch"
Não quer dizer que quero te encrencar
Eu faço a coisa estourar
Me chamem de A Borbulhadora
Eu sou a Vadia MáVendo que o pior já tinha passado, percebeu como seu coração estava acelerado, tremula se aproximou da piscina e ao ver um homem no chão, ao redor olhou e viu que apenas ele foi baleado. Alvo detectado, mas quem faria aquilo? Sem querer pensar demais, se abaixou e levantou a cabeça da vítima, checando os batimentos, afastou com outra mão uma mulher que chorava sobre ele. O homem estava morto, apalpou seu bolso da camisa retirando uma carteira, leu o nome.
"You better work, bitch."
É melhor você trabalhar, vadia=======
— Senhor Holmes?
— Sim. Algum problema?
— Sim, senhor, um dos agentes a serviço da UNIT acabou de ser baleado durante uma festa onde fazia um trabalho de escolta.
— Quem ele protegia?
— Caso John Smith. - Do outro lado da linha, Mycroft Holmes parou de andar pela casa, surpreso.
— Me passe as coordenadas por email, providencie transporte até a cidade onde ele estava, chego antes das seis e trinta no escritório.
Certo.Mycroft desligou o telefone, terminando de ajustar a gravata ao pescoço, pegando novamente o celular, discando Sherlock.
— Se vista, prepare uma pequena bagagem com pelo menos 5 mudas de roupas, te vejo em dez minutos. Sugiro chamar John Watson.
— Porque eu deveria fazer isso?
— Agente em serviço assassinado no meio de uma multidão, sem testemunhas do momento. - Erguendo as sobrancelhas Sherlock desligou o telefone, rapidamente deixando o sofá onde se encontrava, indo até o quarto separar algumas peças de roupa.
Em poucos minutos o carro escuro e extremamente seguro do trabalho do irmão mais velho chegou, buzinando sem parar, Sherlock desceu as escadas ligando para Watson, afirmando que deveria ir com urgência até a sede do emprego do irmão, havia um caso especial para eles.
Por ter enviado o carro para a casa do irmão, Mycroft já segurava as pastas do caso John Smith no Heliponto, esperava ansioso a chegada do detetive e irmão Sherlock.— Chegamos! - Sherlock apareceu com o amigo, que por morar próximo, chegou quase ao mesmo tempo que o primeiro.
— Entrem. - Mycroft ordenou, vendo o loiro de cabelos lisos e cheio de sono, Watson, sentar em uma poltrona com uma mochila em mãos. Sherlock com seu sobretudo nem parecia ter dormido, mas estava ali, apenas esperando uma explicação do irmão sobre o caso. Seus fortes olhos azuis chamavam atenção, sem dizer uma palavra, pegou a pasta marrom e passou a ler os relatórios.
— Quem é John Smith? - Watson perguntou sem ter pego os relatórios. Vendo o Holmes mais velho responder:
— É um código, no caminho eu explico.
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Agent Hooper
Fanfic- Esta é uma história sobre Molly Hooper - As pessoas costumam não levar Molly Hooper a sério, assim como desprezam seu valor como mulher e pessoa. Ela mesma sente-se mal consigo. É claro, todos nós temos os momentos que repensamos nossa vida inteir...