Histórias de uma Jovem

Capítulo 11

Depois daquela conversa da Cristina, o tempo passou muito rápido. Estávamos no 8° ano e agora... É, agora estamos na FACULDADE. Bem que dizem que quando se chega no 9° ano, pro 3° ano do Ensino Médio é um pulo. Graças a Deus eu continuo sendo amiga de Cris, Fabiane, Cláudia, Simone e Felipe. Todos na mesma faculdade, só que em cursos diferentes. Simone escolheu cursar História. Ela sempre dizia “É preciso conhecer o passado pra compreendermos o futuro”. Esta frase foi formulada por um filósofo que não me recordo o nome. Cláudia preferiu estudar Letras. Ela amava português e sentiu interesse em aprofundar seus conhecimentos nessa área. Fabiane escolheu estudar Artes Plásticas. Ela tinha um dom muito bom em fazer desenhos, sombreados, e o capricho dela era inacreditável. Ela sempre brincava dizendo “Eu vou viver vendendo arte na praia”. Bom, jeito pra isso ela tinha. Felipe decidiu cursar Sociologia. Cristal conseguiu pontos pra cursar a faculdade de seus sonhos: Medicina, voltada para a área neurológica. E eu... Assim como Cristal, consegui pontos pra cursar Medicina, porém, voltada pra área do Sistema Endócrino. O nosso primeiro dia foi até que legal. Claro que estávamos nervorsos, era nosso primeiro dia em uma faculdade, e sabíamos que não iria ser fácil. Na minha sala, a maioria das pessoas já se conheciam, então eu fiquei meio que “excluída”. Mas observava que tinha um jovem também sozinho... Como queria conhecer alguém, fui conversar com ele. Fiz perguntas básicas como “Qual teu nome? Quantos anos você tem? De que escola você veio? Por que você decidiu estudar Biológicas? ”. Seu nome era Henrique, mas ele tinha a mesma idade que eu tinha, 19 anos. Ele falou um pouco sobre ele, eu falei um pouco sobre mim, e parecia que eu já o conhecia a muito tempo. Algo nele éra-me familiar... Mas deveria ser algo da minha cabeça.  Logo após o término das aulas, combinei com os meus amigos de almoçármos juntos logo depois da faculdade. E o almoço seria na minha casa. Faltava faltando poucas quadras pra eu chegar em meu lar, quando escutei um choro de bebê. Parei e me concentrei pra saber de onde vinha este choro. Para meu espanto, esse som vinha de um saco preto ao lado de uma lixeira. Este saco estava meio aberto, e quando o abri por completo, me surpreendi: Havia ali realmente um bebê.