Capítulo 12

4 1 1
                                    

Peguei o bebê e o levei pra minha casa. Também levei o saco onde ele se encontrava. Quando cheguei em casa todos os meus amigos já tinham chegado, e ficaram surpresos pelo fato de eu ter chegado com um bebê. Minha mãe tratou logo de cuidar dela. Era uma menina. Enquanto Cláudia ligava pra polícia, fui ver o que tinha no saco preto. Encontrei uma mamadeira, um paninho e um bilhete. Chamei todo mundo e o li em voz alta:

É uma menina. Maria Clara é seu nome. Ela nasceu faz poucos dias. Eu a amo, mas meu namorado não quis saber dela, e até ameaçou matá-la. E também não tenho condições de criá-la.Não posso ficar com ela. Quem estiver lendo este bilhete, por favor, cuide dela e fale que a mamãe a ama. Se Deus quiser ela será encontrada por uma pessoa capaz de criá-la com o maior amor.

Silêncio total. Todos nós estávamos perplexos e sem reação. O silêncio foi quebrado com o choro de Maria Clara. Tomei a bebê em meus braços e incrivelmente ela se acalmou. Estava limpa e alimentada. Fiquei a observar aquela bebê linda dormindo... Parecia um anjinho. Um amor tão grande invadiu meu ser que decidi ficar com ela. Lutaria com todas as minhas forças para conseguir a guarda de Maria Clara. Falei isso com minha mãe primeiro. Ela aprovou minha decisão e até brincou dizendo “Agora vai almoçar porque você e teus amigos devem estar famintos e deixa que eu cuido da minha netinha ”. Sorri e fui almoçar. Comentei sobre isso aos meus amigos, e eles adoraram a ideia. Falaram que eu poderia contar com eles pra qualquer coisa que eu precisasse, afinal, eu sentia que eles gostaram de Maria Clara. Um pouco depois, os polícias chegaram, e pediram o depoimento de todos que estavam na minha casa. Enquanto isso, Maria Clara foi encaminhada a um hospital pra fazer exames pra saber se ela estava saudável. Comentei com Sérgio, o policial, que queria a guarda da bebê. Ele disse que poderia conseguir a guarda provisória, mas iria demorar um pouco. Agradeci e dei a ele o número de meu celular, caso ele precise falar alguma coisa comigo. Ele me deu o seu cartão pra caso eu precisasse falar com ele. Antes de sair, nos esbarramos e olhamos fixamente um para o outro. Foram segundos que pareciam não ter fim. O celular dele tocou e quebrou esse clima que estava. Sérgio se despediu e foi embora. Estava indo pro quarto quando minha mãe chegou e me olhou tipo: “Hum😋. Até que o rapaz parece ser gente boa. Não custa nada tentar”. É, minha mãe  percebeu o clima. Será que ele gostou realmente de mim? Não poderia me distrair com isso, meu foco agora era conseguir ficar com a bebê.

Histórias de uma JovemOnde histórias criam vida. Descubra agora