Capítulo 30

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Capítulo 30:

Abri a janela e me deparei com ele segurando um... pote de sorvete¿

- Acho que dessa vez eu vou ter que entrar.- falou sorrindo.

Sorri em resposta.

- Pera, vou descer e abrir a porta pra você.

Minha tia estava na sala.

- Tia, o Jay tá aqui, posso abrir a porta pra ele¿

- Nossa, mas é claro! Finalmente vou conhecer ele!

Abri a porta e pedi para James entrar.

- Oi!- falei e dei um beijinho em seu rosto.

- Oi, James, é um prazer conhece-lo.- falou minha tia atrás de mim.

- Ah, oi!- falou James dando um sorrisinho tímido.

- Bom, pode entrar, fique à vontade. Vou deixar vocês.- falou minha tia e subiu as escadas, provavelmente indo atrás do Bruno, que estranhamente passou o dia todo no computador. Quer dizer, eu sabia porque, né.

- Desculpe não ligar.- falou- Eu queria vir pessoalmente... pra... te contar uma coisa.

- Ah, tudo bem.- falei confusa. O que ele queria me contar¿

- E eu trouxe sorvete.- falou me mostrando o pote de sorvete de Sonho de Valsa.

- Oba! Vamos para o quintal.

Fomos até o quintal da minha casa e sentamos no banco que tinha lá.

- Ah, vou pegar colheres, um minuto.

- Tá.

Voltei para a cozinha e peguei duas colheres grandes e voltei lá para fora, me sentando do lado de James no banco.

- Então, o que queria me contar¿- perguntei, enquanto pegava uma colherada de sorvete no pote e James também.

- Ah... é que...- ele não completou a frase, ou melhor, nem formou nenhuma frase, em vez disso, bagunçou o cabelo com a mão livre.

- É que...¿- o encorajei.

- Bom, primeiro quero saber como você está.

- Ah, eu tô ótima, para ser sincera, por incrível que pareça, não estou ligando muito.

Ele me olhou sério e confuso.

- Sério¿

- Pois é. Seríssimo.

- Mas... pensei que você gostasse bastante dele.

- Eu também pensei. Mas a verdade, é que eu não gosto tanto assim do Richard. Acho que foi só uma quedinha. Sei lá, minha cabeça deve ter relacionado todo esse caso com o Richard com destino, já que logo no primeiro dia de aula ele já veio falar comigo. Eu achei que era pra ser. Achei que ele fosse... Bom, você sabe. Meu garoto perfeito. Já é a segunda vez que me engano. No ano passado aconteceu a mesma coisa.- falei e bufei.

- Posso fazer uma pergunta¿

- Claro.- falei pegando mais uma colherada de sorvete.

- Por que você tem... esse negócio de encontrar um garoto... perfeito.- falou James, pronunciando a palavra "perfeito" com um pouco de repulsa, e logo depois pegou o pote de sorvete e colocou do seu lado, fechado. Achei isso estranho, mas não comentei nada.

E agora¿ O que eu iria responder¿ Não podia contar sobre o meu blog para ele, apesar de confiar nele, não gostava de revelar sobre meu blog.

Então respondi a verdade, e omiti o blog.

- Eu sempre gostei de contos de fadas e histórias de amor. Desde pequena cresci aprendendo que o amor é uma das coisas mais importantes do mundo. E sempre interliguei com as histórias bonitas de amor. Então, sempre sonhei em encontrar um garoto perfeito para mim.

- E eu sou imperfeito para você¿- perguntou quase em um sussurro.

- Desculpe, o que disse¿- perguntei não acreditando em meus ouvidos.

- Foi isso mesmo que você escutou.- falou e com apenas um movimento rápido, me puxou para si, colando nossos lábios.

Era um beijo calmo, sem pressa. E eu correspondi da mesma maneira, aproveitando o momento o máximo.

Eu não iria empurrar o James, não depois do que eu senti com o beijo: todos os sintomas de se estar apaixonada. Os tais sintomas clichês de amor, como, borboletas no estômago, pés saindo do chão, coração acelerado, nada mais existia no mundo, apenas nós dois, e etc.

Puxei James mais para mim, colocando minhas mãos em seu rosto, pois apesar do beijo dele ser maravilhoso, eu sentia que ele ainda estava um pouco inseguro e não sabia totalmente o que fazer.

Acho que consegui lhe enviar alguma segurança, já que ele colocou uma mão em minha nuca, e permaneceu com a mão direita em meu pulso, que era como ele havia me puxado para o beijo.

Quando finalmente nos separamos do beijo, ficamos apenas nos encarando, sem saber o que dizer.

Parabéns, Cupida, muito bem! Só que não.

- Err...- tentei começar- Bom...- tentei de novo.

James bagunçou o cabelo e deu um meio sorriso.

- Bem, foi isso que eu vim te contar.- falou, colocando uma mão em meu rosto- Eu estou apaixonado por você.

Eu suspirei e abri um sorriso enorme.

- Era você o tempo todo.

E o puxei novamente para um beijo.

Era ele o tempo todo.

Ele era o garoto perfeito.

Era o imperfeito mais perfeito de todos!


Notas da autora:

Finalmente o momento mais esperado!

Deixem seus comentários e votos! Espero que tenham gostado!

Obrigada por estarem acompanhando a história e torcendo por"Jayrissa"!

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