"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo." Apocalipse 3:20.
Retiro (parte 2)
Acordei com alguém me sacudindo.
— Acorda, vamos aproveitar o dia... Meu Deus, você parece uma pedra! — Lara me empurrava, e pelo seu tom de voz, faltava pouco para ela me bater com o travesseiro. — Yasmin, vamos jogar água nela? — Sugeriu.
— Não! Já acordei. — Falei pulando da cama, não tinha certeza se ela realmente iria fazer o que havia dito, mas eu não arriscaria.
— Assim ela acorda. — Yasmin falou rindo.
— Vai se arrumar para nós irmos tomar café. — Lara ordenou, minha mãe com certeza iria amar ela, elas eram muito parecida.
— Que horas são? — Perguntei, me sentando na cama.
— 06h55min. — Yasmin disse, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.
— Vocês caíram da cama foi? — Falei esfregando os olhos, provavelmente eu estava com uma péssima aparência. Mas, o irmão Daniel havia dito para aproveitarmos o dia de hoje, e havia jeito melhor de aproveitar a não ser dormindo?
— Se você se esqueceu, estamos em uma fazenda, aqui a gente acorda junto com o galo praticamente. — Lara se defendeu, porém eu discordava.
— Pelo menos as pessoas normais são assim. — Completou a Yasmin.
— Então acho que sou ET. — Falei emburrada e me jogando de volta na cama.
— Deixa de ser chata e vai se arrumar. — Lara ordenou novamente. — Só falta você se levantar.
— Tá! — Falei me dando por vencida. Me levantei, contra minha vontade, e fui até o banheiro, fiz minhas higienes e tomei um banho não muito demorado. Depois de pronta fui para o salão onde os jovens já estavam. Peguei três fatias de bolo, dois pães e cinco torradas com Nutella. Peguei também uma maçã e duas garrafinhas de suco.
Fui para a mesa onde estavam sentado o Matheus, o Felipe, o Henrique, a Yasmin e a Lara, eles conversavam e riam juntos, eram pessoas muito legais, e em apenas um dia, já haviam me feito mudar muito das manias, e isso era bom, de certa forma. Me sentei na única cadeira vazia ali, e olhei para eles, que me encaravam com espanto.
— O que foi. —Perguntei com a boca cheia, me esquecendo totalmente dos bons modos.
— Você trouxe comida para todo mundo? — Henrique perguntou em tom de ironia.
— Você vai comer isso tudo? — Lara perguntou ainda espantada.
— Vou, o que que tem? — Perguntei.
— Gula é pecado irmã. — Henrique falou e começou a rir.
— Não é gula, é fome, eu não comi direito ontem. — Me defendi, mas o Henrique rebateu ai começarmos uma breve discussão, e o pessoal só nos olhava e ria, como se aquele fosse um espetáculo particular.
— Mas é muita comida mesmo. — Matheus tentou argumentar, mas eu apenas dei de ombros.
— Duvido que consiga comer tudo isso. — Felipe desafiou-me.
— Não duvide de mim. — Falei dando uma mordida em meu pão.— Gente que tal andarmos a cavalo? — Sugeriu o Felipe.
— Eu apoio a ideia. — Falou o Henrique sem pensar duas vezes, logo Lara, Yasmin e eu também concordamos, e assim fomos para o estábulo, quando cheguei dei de cara com um cavalo branco com algumas manchas na pata dianteira, posso dizer que foi amor a primeira vista. Fui até ele e fiz carinho no mesmo e assim que coloquei minhas mãos em sua cabeça ele retribuiu aos meus. Sorri com a cena.
— Acho que ele gostou de você. — Falou um garoto entrando no estabulo junto comigo. Observei sua roupa estilo cowboy e presumi que fosse um dos trabalhadores da fazenda. Sua pele tinha um tom bronzeado, que ficava em perfeita sintonia com seus cabelos negros e relativamente longos e caídos sobre sua testa, tinha que assumi que ele era muito bonito.
— É eu também gostei dele. — Falei voltando minha atenção para o cavalo.
— Prazer eu sou o Luan, filho do dono da fazenda. E ele é o Hércules, tá na família a muito tempo. — Falou o rapaz.
— Hércules?- Questionei-o.
— É, escolhi quando era criança. — Falou e sorriu. — Seus amigos estão lá fora lhe esperando. Se quiser pode ir nele. — Percebi que eu estava sozinha no estábulo com o tal Luan.
— Com certeza eu quero. — Falei referindo-me ao cavalo.
— Quer ajuda para montar?- se prontificou ele, e eu assenti.
— Ranna, você vem?— Henrique apareceu na entrada do estábulo, já montado em um seu cavalo. Luan se aproximou e me ajudou a montar, agradeci e fui encontrar o Henrique. — Já conquistando corações? — Henrique apontou para o Luan com a cabeça.
— Nada a ver, ele só estava sendo educado. — Falei, mas o Henrique apenas riu da minha cara e saiu na minha frente.
— Até que fim estava começando a achar que você estava com medo do cavalo. — Disse a Yasmin, a mesma já estava montada no cavalo de cor parda.
Eu ri da forma como ela falou.
— A gente vai pra onde agora?- Indaguei.
— Vamos cavalgar por aquele campo aberto ali. — Apontou para um campo enorme. — Sugeriu o Matheus.
— Que tal apostarmos corrida, três voltas, meninos contra meninas. — Foi a vez de o Felipe ter uma ideia genial!
— Eu topo, se ganharmos vocês vão pagar nos Nutella durante dois meses na escola. — Retiro o que eu disse, foi a Lara quem teve a ideia genial.
— Mas se nós ganharmos vocês terão que fazer nossos trabalhos por dois meses. — Henrique apostou.
— E por que você mesmo não fazem os trabalhos de vocês? — Questionou a Yasmin.
— Porque dá muita preguiça! — Falou ele dando de ombros.
— Preguiça é pecado - Imitei a voz dele e ele fez careta.
— Certo, vamos então? — Perguntou o Felipe.
— Vamos! — Lara e eu falamos juntas.
Fomos para o campo, marcamos os pontos de saída e chegada. Nos organizarmos em nossas posições. E o Felipe começou a contagem
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Geração Que Não Se Prostra
EspiritualJovens que decidiram ser diferente mas como todo ser humano vão passar por provas, cabe a eles decidir o caminho a seguir . Caminhos diferentes com propósitos iguais, vidas incomuns que servem ao mesmo Deus. Será que esses jovem conseguiram se mant...