Capítulo 1

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Se completam 5 anos da morte de minha esposa, aquele dia ficara gravado em minha memoria para o resto de minha vida, me lembro como se fosse hoje, os policias amigos em minha porta dando aquela noticia devastadora, '' Sua esposa foi atropelada.'', sai correndo para o hospital mas ela já estava sem vida. E mesmo depois desses anos jamais consegui esquecer e deixar para atrás, tenho o inquérito inteiro do acidente, revisei todos os dias por 5 anos e nunca consegui pegar o desgraçado que a matou, isso me coroe. Se hoje estou de pé, vivendo é pelo meu filho, Pedro é meu alicerce, com 8 anos é uma criança alegre, mas sempre vejo aquele olhar de tristeza por não ter a mãe, meu trabalho ajuda eu dar toda a atenção a ele, tenho uma marcenaria na cidade, modesta a parte faço muito bem meu trabalho, de esculturas a móveis e também trabalho como voluntario no bombeiro, foi como consegui as cópias do inquérito da morte de Lara, tenho muito amigos policiais. Como moramos em uma cidade pequena todos se conhecem. Olho para o relógio, seis e meia, hora de acordar o tratorzinho, apelidei ele carinhosamente assim por ele não parar, mesmo sendo tímido e não conseguir se socia tão bem com as pessoas ele com os amigos brinca sem parar. Entro para acorda-lo, olho ele dormir tão sereno e calmo, nunca tive problemas com ele na escola, mas ontem a professora nova que estava substituindo a senhora Robles que esta de licença a maternidade mandou um bilhete marcando uma reunião hoje depois da aula, chego perto da cama para chama-lo.

— Ei campeão vamos acordar, esta na hora. – Mexo nos cabelos dele, ele se vira para mim com aquela carinha de sono esfregando os olhos azuis herdado da mãe.

— Papai quero dormir mais. – Resmunga, dou um sorriso.

— Esta vendo o que da dormir tarde, vamos Pedro estou te esperando com o café na mesa.

Saio do quarto direto para a cozinha, depois de uns 15 min Pedro aparece com as mochilas nas costas, uniforme, senta na mesa e começa a tomar o café em silencio, sei que ele esta preocupado com a minha reunião com a prof, tento puxar algo dele.

— Filho, você sabe o que sua professora quer comigo? Ele me olhou confuso, nem ele mesmo sabia.

— Não sei papai, mas juro que não fiz nada de mal.

Sento do lado dele. – Tem certeza que não tem nada para me contar?

— Não pai, juro não fiz nada. – os olhos dele me mostram sinceridade, nem ele mesmo sabia o porque dessa reunião. Tento puxar mais alguma coisa agora sobre a nova professora.

— E a nova professora, como chama, é legal, gostou dela? – Ele me olha e levanta os ombros.

— O nome dela é Maria, sim ela é bem legal, a turma toda gosta dela. – Ele sorri pra mim, eu bagunço os cabelos dele.

— Termina o café.

Depois que deixei ele na escola fui direto para o trabalho, a oficina de marcenaria, tenho apenas dois empregados, o Carlos e o Gustavo, são meus amigo, e ótimos funcionários, quando chego encontro João, ele é chefe dos bombeiros, vou até ele.

— João, bom dia. – Damos a mãos.

— Bom dia Estevão, como esta?

— Bem, vem vamos ao meu escritório. – Entramos e ele senta na cadeira a minha frente. – Esta tudo bem? A que devo a honra da sua visita. – Eu brinco, é difícil ele sair do quartel.

— Na verdade quero te pedir um favor.

— Claro o que quiser. – João além de ser meu melhor amigo, é como se fosse meu pai, devo muito a ele e a sua esposa Carmem, me ajudaram muito nesses 5 anos, e faria tudo por eles.

— Meu aniversario de casamento esta chegando, e minha veia quer uma mesa nova para fora, a parte da churrasqueira, e quero que você faça. Não é para agora, só daqui um mês, o que me diz?

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