Capítulo 6

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Quando a casa veio abaixo graças a Deus eu já tinha conseguido sair pelos fundo com a menina, estava um pouco machucado, com escoriações mais nada serio, peguei a adolescente no colo e fui para frente da casa, com certeza estavam todos desesperados achando que estava lá dentro. Quando me viram com a menina no colo vieram correndo, avisei que estava bem, eles pegaram ela do meu colo e levaram até a ambulância, avistei João que quando me olhou vi alivio em seus olhos, tinha muita gente, todos amontoados para ver o que tinha acontecido, foi quando meu olhos se encontraram com os dela, tive que piscar para saber se era verdade, ela me olhou, os olhos cheios de lagrimas que caiam sem vergonha, ela se livrou da multidão e veio correndo em minha direção, quando chegou perto de mim se lançou e me abraçou, soluçava, eu retribui a apertando forte, quando estava lá dentro a imagem de Pedro e dela não saiam da minha mente, ela se afastou me olhando.

- Meu Deus que susto, tive tanto medo de te perder. – Passou a mão pelo meu rosto, peguei as mãos dela, beijei.

- Eu estou bem, sai antes... – ela não me deixou terminar me abraçou novamente, forte como se pedindo para não deixa-la, vi João se aproximando.

- Você enlouqueceu, poderia ter morrido. – A senti tremer nos meus braços, de medo, a apertei mais.

- Eu estou bem, calma João. – Ele entendeu, balançou a cabeça, sabia que depois não ia me safar de uma dura dele. Maria se afastou, limpou as lagrimas do rosto.

- Tem uma ambulância para você também, vamos. – Olhei para João, estava bem, um pouco dolorido e com alguns machucados, não era necessário ir para o hospital.

- Não é necessário, estou bem, apenas com alguns machucados, nada que um banho não melhore. – Ele e Maria iam contestar então falei de novo. – Se doer alguma coisa amanha vou fazer um raio-X, mas hoje só quero ir tomar um banho e descansar.

- Certo, mas amanha se estiver sentindo qualquer dor promete que vai para o hospital, sei que você é um pé no saco, mas consigo ser pior que você quando quero. – Disso não tinha duvidas.

- Prometo João. – Ele balançou a cabeça pra mim e pra Maria, e saiu, olhei para ela, estava mais calma, me olhou sabia que ouvir dela também.

- Você foi um inconsequente, não pensou no seu filho...em mim. - Vi ela respirar fundo. – Vamos, você precisa tomar um banho, Pedro não pode te ver assim vai se assustar e querendo ou não precisa cuidar desses fermentos pode infeccionar.

- Pedro esta em casa dormindo, a minha vizinha fica com ele quando tenho que ir para os bombeiros, ele vai me ver assim de qualquer jeito. – Ela olhou pra mim e levantou uma das sobrancelhas.

- Eu sei esperto, por isso vamos pra minha casa, você se recompõe e depois va para casa. – Nós saímos a multidão já tinha ido embora, quase todos, fomos ate meu carro, ela pegou minhas chaves, sem tempo para contestar e subiu no lugar do motorista, senti ao lado e fomos para casa dela.

- Entre, vou pegar uma toalha pra você tomar um banho.

Ela ia saindo, eu a puxei com delicadeza, precisávamos conversar, precisava saber o que ela estava sentindo, necessitava de tê-la junto a mim.

- Precisamos conversar. – Falei próximo a boca dela, queria beija-la, não só a boca e sim ela por inteira.

- Sim, nós vamos, mas primeiro toma um banho e vamos cuidar desses machucados ai falamos. – Ela se afastou, pegou minha mão e subimos a escada, entramos no banheiro, vi que ela saiu por alguns minutos e voltou com uma toalha e um roupão.

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