Capítulo 20.

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Pov Harry

Já se passaram seis meses desde que Angeline foi embora, nenhuma noticia dela, nada, nada e nada. Ter visto ela entrar no táxi despedaçou meu coração, eu encontrei alguém totalmente diferente, ela era simples, dona de olhos fascinantes, sorriso doce, eu me apaixonei pelo meu anjo da guarda, quem cuidava de mim, quem zelava pelo meu bem, quem me protegia, eu acabei me apaixonando pelo meu anjo, o meu anjo da guarda. Angeline entrou na minha vida e no meu coração, como nenhuma outra fez.

Ao longo desses meses me peguei pensando nela muitas vezes, praticamente todos os dias, pensando em seu jeito tímido, como sorria toda envergonhada quando conversávamos despreocupados perto da piscina, com ela eu era só o Harry, alguém simples, que veio de um lugar simples, alguém que lutou por seu sonho, que enfrentou o medo do palco e que hoje tem milhares de fãs espalhados pelo mundo, Angeline sabia quem eu era, mas mesmo assim, quando estávamos só ela e eu, eu era eu mesmo, alguém comum, até esquecia da fama.

Eu gostava disso, de ser apenas uma pessoa comum. Quando a beijei pela primeira vez não tinha consciência do que estava fazendo, quer dizer, eu queria beijá-la e quando tive essa chance, fui com muita sede ao pote, na verdade, com muita sede na boca dela, nos aproximamos e nos apaixonamos e mal sabia eu que ela era o meu anjo da guarda.

Quando ela se revelou para mim em seu quarto, apesar de estar um pouco escuro, eu vi as asas, ela era um anjo, o meu anjo, eu tinha me apaixonado pelo meu anjo da guarda e ela, o meu anjo, se apaixonou por mim, seu protegido. Quando ficamos  afastados me senti muito sozinho, eu a via todos os dias, ela passava por mim mas não era o mesmo de antes, eu a tinha perdido, pelo menos achei que tinha, ela também gostava de mim e por isso perdeu suas asas.

Vê-la sangrar e chorar me deixou muito mal, ela não merecia, que culpa tinha? Ela se apaixonou, não se pode controlar essas coisas, nem eu pude controlar o que eu sentia por ela, foram alguns dias difíceis, pouco, até ela me revelar que não era mais um anjo e que tinha perdido as asas, ela acabou sendo jogada na terra como uma humana e nessa mesma noite, quando ela revelou ser humana, nós ficamos juntos, descobri o verdadeiro significado do amor, aquele verdadeiro, puro, sem interesse, aquele ao qual você se entrega por inteiro, sem querer receber algo em troca, sem esperar por nada, sem pedir, sem cobrar, Angeline me amou, com todo o seu coração e eu fiz o mesmo, a amei como nunca havia acontecido, eu fecho os meus olhos e sou capaz de reviver todo o momento, o nosso pequeno segredo.

Conforme os dias foram se passando, mais eu achava que Angeline não voltaria, se passaram dias, semanas e meses, muitas coisas aconteceram, com a pausa da banda, cada um está com seus projetos, inclusive eu. Cortei o meu cabelo e doei para uma instituição de caridade que faz perucas para crianças com câncer, algo que deixou as fãs enlouquecidas, acompanhei algumas coisas no Twitter e foi divertido ver a reação delas, até porque fazia anos que eu não cortava o cabelo e agora com as gravações do filme - outra coisa que está deixando as fãs maluquinhas, elas achavam que com a pausa ficariam sem notícias e eu também achei que não teria nada - eu estou indo de um lado para o outro, as gravações são intensas, atendo as fãs que encontram comigo pelas ruas e nunca deixo de pensar em Angeline. Pendurei no pescoço o cordão que ela me deu e todos os dias aperto o cristal e peço para ela voltar, mas ela ainda não voltou.

- Harry meu filho, você não vai comer nada? - mamãe pergunta.

As gravações do filme deram uma parada, uma semana de folga, então arrumei as minhas coisas e vim para casa, estou deitado na cama faz meia hora.

- Estou sem fome mãe - digo e levanto.

- Você não está bem - ela se aproxima - é saudade? - balanço a cabeça - meu amor - ela chega mais perto de mim e pega minha mão.

Hey AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora