Fire 2 || Z.M

14 Capitulo II

CAPITULO 14 PARTE II

"Agora?" ele refaz a minha pergunta para si próprio e subo a cabeça para olhar melhor para ele

Os olhos castanhos avelã encaram um ponto invisível na minha sala e observo o seu perfil com atenção.

O seu rosto definido por linhas carregadas cheias de expressão, carregadas com problemas e responsabilidades a mais para alguém da sua idade.

Eu vou sempre continuar a vê-lo como o rapaz de 22 anos que deixei à 4 anos. Não o homem de 26 que ele é agora. O pensamento faz-me querer fechar os olhos por segundos.

"Eu não sei Emma" a sua voz acorda-me e volto a abrir os olhos para encarar os seus e sentir a minha barriga borbulhar como sinto sempre

Pestanejo várias vezes seguidas para focar a minha visão mas os meus olhos ardem-me.

"Eu não sei o que é suposto fazer" ele vagueia o olhar como se conseguisse ver o passado e o futuro antes de voltar a olhar para mim

"Eu nunca fui bom a fazer o que era suposto" ele deixa um riso sínico sair da sua garganta e sinto um chuto no estomago

Ele têm alguém.

Eu quero tanto poder perguntar-lhe, mas eu consigo adivinhar que ele têm.

Ele é o ideal de qualquer mulher, e ele consegue ter qualquer mulher que ele queira. É ridículo por sequer a ideia de que ele não teve ninguém , nem têm.

Mas o que isso interessa?

Quando ele se for embora isto acaba.

"Podemos não discutir hoje?" a minha voz quebra o silêncio e sei que o apanho de surpresa

Eu só quero poder fingir que nós estamos aqui os dois livres de problemas, como antes.

Eu só preciso de este "a fingir".

Os seus olhos percorrem o meu rosto e quase consigo ver uma sombra de um sorriso nos seus lábios. Talvez a minha imaginação a falar mais alto. E os meus olhos demasiado inchados a alucinar.

"Podemos" ele é tão breve quanto o som da sua voz.

Subo as minhas pernas para cima do sofá e encosto a minha cabeça para trás, e ficamos ambos apenas a encarar-nos.

Sinto a água nas minhas bochechas ainda acabar o seu percurso e a secar quando chegam ao meu queixo.

Respiro fundo sentindo todo o ar fresco regressar aos meus pulmões e afasto tudo o que tenho na minha cabeça.

"Queres que te vá fazer alguma coisa?" ele pergunta levantando-se

"Aposto que não deves ter jantado" persigo o caminho que ele faz e vejo-o pegar numa manta perto da televisão

"Ia encomendar alguma coisa antes de bateres à porta" olho para cima quando ele para mesmo a minha frente

Os seus braços parecem ainda mais trabalhos desde ultima vez, e ainda com mais tinta, dava tudo para poder voltar a perguntar-lhe todas as histórias que elas contam. Vejo-o desdobrar a manta e o meu raciocínio para quando ele a coloca em cima de mim.

Sinto o meu coração encher-se de uma maneira quase impossível e tenho vontade de sorrir.

É o Zayn. Ele está aqui, eu não consigo acreditar que ele está aqui.

"Não tenho fome" sinto-me uma criança

"Eu vou fazer-te-"

"Não eu não quero Zayn" enrolo-me mais em mim propria