8º Capitulo

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Releio a mensagem vezes e vezes sem conta.

Ola Emma, pedi o seu numero na empresa espero que não se importe. Se mudar de ideias diga-me alguma coisa, sinta-se há vontade para demorar o tempo que precisa. Com os melhores cumprimentos Robson Malik.

À quatro dias que não faço outra coisa. Desde que o tio dele me mandou esta menagem no dia em que falamos que não consigo apagar o numero e tentar esquecer o que aconteceu de vez.

Estes quatro dias parecem ter sido como anos e a forma como sinto que a minha vida voltou ao "normal" faz-me pensar se não terá sido um sonho.

O brilho da lua é a única coisa que ilumina o meu quarto e fecho os olhos acabando com isso.

Ambas perolas castanhas estão á minha frente a milímetros de mim. Ele sorri, os seus olhos fecham, as suas bochechas crescem e o sorriso perfeitamente alinhado surge.

Ele está feliz e naquele momento o seu sorriso consegue encher o mundo inteiro. O seu olhar vaguei-a pelo sitio onde está e ele continua a sorrir, um sorriso tão genuíno e puro. Os seus olhos voltam a mim, a cor avelã brilha e eu toco-lhe na face.

Mas assim que os meus dedos tocam na sua pele quente a sua expressão desfaz-se. A sua braba cresce milímetros, o seu cabelo ganha uma cor loira e os seus traços tornam-se mais maduros.

O antigo Zayn desaparece e eu vejo o novo.

A sua expressão erigisse, o preto dos seus olhos engole o castanho e o seu maxilar está contraído.

Ele aperta o meu pulso afastando-o da sua cara e a sua estatura aumenta. Sinto-me pequena e insignificante ao pé dele e quero chorar.

Tento soltar-me dele mas ele não deixa. Ele agarra-me firmemente e eu paro ao som da sua voz.

"Experimenta, e podes ter a certeza que desta vez tu dás mas eu também dou" a voz dele é como um tiro no meu peito e eu não sou capaz de suporta-lo

Eu recolho a mão porque tenho medo de lhe tocar mas quanto mais tento afastar a minha mão da sua cara mais ela se aproxima.

A rua raiva cresce e eu quero dizer-lhe que não consigo afastar-me mas ele não ouve e quado estou a milímetros dele, o meu braço é empurrado brutalmente para baixo e sinto a sua mão na minha cara. O toque quente alastra-se pela minha bochecha numa dor aguda e eu não tenho coragem de olha-lo nos olhos naquele momento.

O meu corpo sobressalta e abro os olhos. Viro o pescoço para o meu relógio e só passaram dois minutos desde que os fechei.

Sinto que dormi durante horas, e estive a sonhar durante horas.

Levanto as costas do colchão e junto os joelhos ao peito.

Não consigo dormir e sempre que tento ele está aqui comigo.

Destapo-me e coloco os meus pés descalços pelo chão. Pego no telemóvel colocando no pequeno bolso dos meus calções de pijama e amarro o cabelo enquanto saio do quarto.

O frio ataca-me mas tento ignora-lo.

Vou até a cozinho e estico-me para abrir o armário de cima. Pego numa chávena trazendo-a para a mesa e vou até ao frigorifico tirando o leite.

Penso duas vezes em aquece-lo ou bebe-lo frio, mas aposto na segunda opção. Busco mel num dos armários de baixo e coloco duas colheres mexendo.

Vou até à sala e deixo o meu rabo cair no sofá. Puxo uma manta e cruzo as pernas à chinês antes de ligar a televisão.

Estou farta de pensar no mesmo.

Depois do dia em que conversamos apenas o vi três vezes no dia seguinte e depois é como se ele tivesse simplesmente sumido.

Fire 2 || Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora