"Acho que já chegamos" a voz do homem no banco da frente acorda-me do meu transeEspreito pela janela e tremo quando encaro a casa onde morei durante anos.
"Desculpe, eu- eu estava distraída" fungo do nariz e limpo o resto de água dos meus olhos o que lhe parece chamar a atenção
Maldita a hora em que o meu carro avariou. Já está à semanas na oficina.
"Esta tudo bem?" a sua cabeça deixa de me olhar pelo espelho e ele roda-a
"Sim sim, obrigada" pestanejo freneticamente para conseguir voltar a focar a minha visão
"Demoro cerca de meia hora, prometo que lhe pago cada minuto aqui" ele dá-me um sorriso mais relaxado do que eu estava à espera antes de eu fechar a porta e tento retribuir-lhe
De todas as minhas viagens de táxis acho que nunca encontrei alguém tão simpático quanto ele.
Subo finalmente o olhar e sinto o meu corpo congelado. Fico especada a olhar para a porta da minha antiga casa.
Oiço o som do carro atrás de mim ir se embora e à algo que parece não me querer deixar avançar.
À meses que não entro cá. Quem me têm visitado sempre é o meu pai. Eu quase nunca venho cá.
Fecho os olhos e respiro fundo sentindo tudo o que vivi aqui passar pelos meus olhos.
Eu era tão feliz quando era pequena. Eu nunca devia ter desejado crescer.
O meu pai não tinha o direito de destruir a nossa familia. Ele não tinha direito de nos arrastar com ele. E como se não bastasse depois de tudo, ele não tinha o direito de destruir a minha vida.
Sinto o sangue pulsar-me nas veias e a minha raiva cresce. O buraco que tenho no coração parece engolir-me e não penso duas vezes quando estou a tocar à campainha freneticamente.
Não oiço rigorosamente nada do outro lado mas consigo imaginar-me a correr do outro lado.
A abrir a porta e a receber o Zayn com o abraço mais apertado que eu lhe pudesse oferecer.
"Emma! Hà quanto tempo menina com -" passo pela Marihana assim que vejo o meu pai sentado no sofá
Ele têm uma manta no colo e parece fraco. Tem um penso colado no braço. Pouco cabelo e o olhar desgastado.
Não consigo ver nele o homem de fato que me pegava ao colo sempre que me via.
Ele sorri quando me vê e tenho que fechar os olhos para não me desfazer.
"Emma filha" a voz dele magoa-me
"Como é que foi capaz?!" grito e imediatamente toda a sua expressão muda
Fecho novamente os olhos e tento ganhar forças para discutir com ele, estando ele neste estado.
"Filha-"
"Como é que foi capaz pai?!" grito novamente e os meus olhos ardem
"Eu não estou a perceber-" ele olha para trás de mim para poder encarar a Marihana como se ela o pudesse ajudar de alguma maneira a perceber o que eu estou a dizer
"Não está a perceber?!" sinto-me louca pela maneira como gargalho
"Como é que foi capaz de me dizer que tinha sido o Zayn a matar a mãe?!" a minha voz sai fraca e sinto um pedaço de mim morrer
A sua expressão congela, e a sua pele torna-se pálida. Os seus olhos aumentam de tamanho e sinto que ele vai desmaiar a qualquer segundo.
"E como é que foi capaz de dizer ao Zayn que eu ia abrir uma queixa por maus tratos sobre ele?!" a minha voz cospe nojo e repugnância e consigo ouvir a Marihana deixar cair algo no chão atrás de mim
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Fire 2 || Z.M
Fanfiction"Cada atitude têm uma recompensa, mas nem todos os riscos podem garantir boas consequências" Zayn Malik. © Inês | Love1DBCD