Garçom? Mais uma, por favor.

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Uma dose de você, foi o que pedi.
E desceu queimando.
E não me importei.
Pedi outra, batendo firme o copo contra a madeira. Queimou-me novamente.
E eu repeti o ritual.
Até ter certeza da embriaguez. E quando tive, não parei. Queime-me repetidas vezes. Bati copos com tanta força, que não consegui contar os quebrados.
Machuquei-me com os cacos. E, enquanto sangrava, eu continuei a beber de ti.

Na manhã seguinte,
uma puta ressaca me fazia companhia.
Você não.
E eu chorei.
Poderia me afogar em você, e exigir que me tomasse também, quem sabe assim me machucaria menos?

Mas até o final seria assim:
Eu iria sempre querer a ti
E tu jamais me faria bem.

Entre a noite e o diaOnde histórias criam vida. Descubra agora