Uma dose de você, foi o que pedi.
E desceu queimando.
E não me importei.
Pedi outra, batendo firme o copo contra a madeira. Queimou-me novamente.
E eu repeti o ritual.
Até ter certeza da embriaguez. E quando tive, não parei. Queime-me repetidas vezes. Bati copos com tanta força, que não consegui contar os quebrados.
Machuquei-me com os cacos. E, enquanto sangrava, eu continuei a beber de ti.Na manhã seguinte,
uma puta ressaca me fazia companhia.
Você não.
E eu chorei.
Poderia me afogar em você, e exigir que me tomasse também, quem sabe assim me machucaria menos?Mas até o final seria assim:
Eu iria sempre querer a ti
E tu jamais me faria bem.
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Entre a noite e o dia
PoetryEsse livro tem um bocado de palavras que juntas, muitas vezes, assemelham-se a poemas. Talvez sejam. A maioria, senão todos, têm algo em comum: o momento de criação. Aquela hora que é muito tarde para ainda ser considerada noite, e, no entanto, muit...