O amargo não estava na boca
O peito era quem te guardava
E é essa a parte que fica oca
E não os lábios que a ti beijavaA mão confusa balança sozinha
Teus dedos não servem de nada
Era uma sensação mínima
E agora foi, então, findadaA cama não está vazia
É onde eu me deito
Um ser completo, dizia
E o choro me embala no leitoO amargo é de dor
De quem um dia fui
A felicidade é do livre
Que no peito flui
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Entre a noite e o dia
PoetryEsse livro tem um bocado de palavras que juntas, muitas vezes, assemelham-se a poemas. Talvez sejam. A maioria, senão todos, têm algo em comum: o momento de criação. Aquela hora que é muito tarde para ainda ser considerada noite, e, no entanto, muit...