Capítulo III

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- Finalmente, Sr. Walker, achei que chegaria antes. - A voz de Stephen ecoava pelo galpão vazio.
- Cale-se. - Joseph colocara uma maleta sobre a mesa de madeira podre, que levantou poeira, fazendo-o comprimir os olhos involuntariamente, e sua garganta queimava. O local era, de fato, muito antigo e abandonado. Não seria uma surpresa a nenhum deles encontrar o local naquele estado. - Está aqui o que pedira. Agora deixe-me em paz, e minha filha também. - abrira a maleta, que continha cinco barras de ouro.
- Acho que está faltando algo... - Whittemore disse, tocando levemente as impressões gravadas no centro das barras. - Tenho agora um total de um milhão de dólares. Isto é pouco, comparado a o que seria o valor total da fortuna da Walker Corporation, suponho eu. E além do mais, você matou um de meus funcionários... Acho que só aumenta sua dívida. - Joseph suspira, pois além de sua falta de paciência, o ar estava dificultando sua respiração. - Mas tudo é justo, não é mesmo? - Soltara um sorriso maligno - Por exemplo, você me deve dois milhões de dólares, e pagou apenas metade. - Caminhava lentamente até o homem, que estava com dificuldade ao respirar. - Aceita um copo de água? O ar está meio... Empoeirado! - Seu sorriso maléfico ia de orelha a orelha.
- Sim, por favor. - Joseph aceitou sem pensar o pior. O homem se dirigiu a uma porta, que até então ele não havia notado que existia.
Whittemore retornou com um copo de água gelada, e Walker a bebeu em questão de segundos. Seu peito então começara a queimar, a ponto de que ele sentisse que realmente estava em chamas.
- Você não sabe negociar - tossia de tal maneira que começara a escorrer sangue negro de seus lábios - o resto, como prometido, entregaria amanhã -  começara a escorrer sangue pelo seu nariz, fazendo Whittemore rir com gosto - Você será vingado, Stephen. Zoey me vingará, ela saberá o que fazer - E o outro homem riu com mais gosto ainda. Joseph retirara uma arma do bolso, atirando em Stephen. Acertara em cheio em sua barriga, e o mesmo se curvou e urrou de dor - Se eu morrer, que você venha comigo, maldito Whittemore!
- Esperamos que ela seja mais inteligente que você, doce inocente Walker. - Whittemore pegara a maleta e mesmo curvado, se encaminhou até o portão do galpão, saindo daquele local e deixando Walker para morrer sozinho na escuridão.
                        ⚜⚜⚜
- Do que... Você está falando, Zoey? - Mary assustou ao ouvir aquelas rudes palavras saindo da boca de uma garota de 10 anos.
- Apenas a verdade, Mary. - Levantou-se arrumando seu vestido cor de rosa. - Por favor, me deixe um pouco sozinha em meu quarto. Preciso de um tempo sozinha. - subia as escadas apressadamente, limpando as lágrimas com os dedos.
Eu vou descobrir quem causa temor em minha família,  pensara Zoey, se dirigindo ao escritório de papai. Assim que abriu a primeira gaveta, achou uma pequena caixa, onde havia seu nome estampado nela. Curiosa que era, a retirou com cuidado e abriu-a.
Havia inúmeras cartas, e o remetente era sua mãe. Seu coração gelou. Ela rasga o envelope e então se depara com letras garrafais:
"NÃO CONFIE EM STEPHEN! "
Ela desconfiou daquilo. Quem era Stephen? Ela não o conhecia... Ou pelo menos, acha que não. Assim que virou a folha, havia algumas coisas escritas.
"Zoemary, minha filha, meu amor.
Sei que aparenta estranho, mas preciso que acredite em mim. Stephen Whittemore, meu pai, não é confiável. Ele é um homem mal, meu amor. Por favor, não confie nele... "
Zoey começou a ligar os fatos. Vovó, esposa de Whittemore, morreu a oito anos. Mamãe, filha, morreu à quatro. Papai, genro, morreu este ano. Daqui a quatro anos, será ela.
O pânico subiu a sua mente. Por quê? Por quê vovô? Ela pensava enquanto tapava a boca para não chorar.
Quando se recompôs, tomou a caixa e deixou o escritório, indo em direção a seu quarto. Quando chegara, começou a retirar todas as cartas da caixa. Cada uma, tinha um escrito no envelope, informando quando ela deveria ler-las. Estranhamente, havia alguns rabiscos no canto dos envelopes, e Zoey percebera que aquilo era uma espécie de quebra cabeça.
Ela foi organizando, até que quando colocou a última carta, uma frase era escrita: FUJA.
Revirando a caixa, achou a última carta.
Zoemary,
Tenho certeza que, como a garota esperta que és, já conseguiu desvendar os riscos nos envelopes.
Preciso que você fuja. Agora. Assim que terminar de ler, vá em meus aposentos e pegue a mochila que mamãe arrumou antes de te deixar.
Confie em mim.
Eu preciso que você confie apenas em mim.
Zoey jogou as cartas para debaixo de sua cama, por intuito, quando Mary batera a sua porta. Ela se levantou rapidamente, e tentou aparentar triste.
- Zoey, você precisa tomar seu banho... Já está tarde meu bem, preciso que você se arrume, você têm que ir para a escola amanhã... - ela estava mais gentil que o normal, já que não queria deixar a garota mais aflita.
Zoey concordara com a cabeça, saindo na frente da mulher. Mas ela sentira a vontade de a perguntar sobre seu avô, sobre a morte de vovó, de mamãe, e talvez (a provável) de papai...
Mas permaneceu calada, não queria encher Mary com suas teorias tolas e ideias tolas.
Pena que eram todas verdadeiras...
⚜⚜⚜
Miiil perdões pela demora, amores!
Eu estava com dó da Zoey, de verdade! Não queria matar o pai dela, mas se eu não fizesse isso, tiraria a história de seu rumo original.
É isso, me perdoem, beijux e até o capítulo IV! •3•

A Garota MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora