A Garota Mortal

Capítulo X

Os passos apressados de Ryan eram o único barulho daquela rua vazia. Ele sabia que estava sendo seguido por alguém, e estava tremendo de medo. O suor frio escorria pela suas costas, fazendo com que poças se formassem em sua camisa. Ele então se deu de cara com um beco sem saída.
- O que você quer? - Ele tentava soltar as palavras em meio ao choro. - Me deixe em paz... Por favor!
As mãos enluvadas taparam a boca do menino, qu relutava em gritar.
Ele sentiu o tubo gélido da arma encostar em seu rosto.
Ele fechou seus olhos, esperando que a morte lhe abraçasse. O som do tiro ecoou pelo paredão do beco.

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- Eu tenho uma filha. - Will disse, após uma pergunta simples de Zoey. "Me conte mais sobre você" ela pediu. Mas não era bem esse tipo de resposta que esperava. Quase engasgou com a comida, deixando visível para Willian a surpresa dela. - Isso lhe incomoda? - Zoey apenas fez que não com a cabeça.
- Apenas me surpreendeu. Você tem aparência juvenil, nada que denunciasse esse fato. Mil perdões, não quis ser indelicada. - Zoey, desde pequena, quando passava por situações embaraçosas, reagia sendo extremamente fria e formal.
Novamente, Will percebeu o desconforto de Zoey em relação a sua filha. Mas ele sabia que, se ela não aceitasse a criança em sua vida, eles não poderiam ficar juntos. Melanie, sua doce filha, era sua única família, e não a deixaria por nada.
- Bom, espero realmente que isso não lhe incomode. - Ele deu uma breve pausa, para observar a mulher a sua frente. Seu rosto estava sério, como ele nunca tinha visto. Seus olhos não denunciavam nenhum sentimento. Ele suspirou, e continuou:- Ainda sim, adoraria que a conhecesse. Acho que se dariam muito bem. Pois é isso que desejo. - Um suspiro longo e demorado, o preparou para o momento. - Você aceitaria namorar comigo, Zoey? - Sua expressão se destravou totalmente. Ela sentiu como se seu coração tivesse se transformado em uma bomba, pois fazia com que ela se sentisse explodindo por dentro.
- Claro que aceito! - Ela respondeu animada. Inesperadamente, Will selou seus lábios com os dela. A princípio não soube reagir, mas logo se deixou soltar em seus braços.

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- Vou abortar, Fred. Não posso ter essa criança! O que darei a ela? Amor? - Ela riu. - Amor não sustenta! Preciso de dinheiro!
- Você não pode abortar! Está louca? É meu filho! Eu o amo! - Ele colocou as mãos leves sobre a barriga da mulher. Tinha um pouco de volume, denunciando que a criança que ali vivia não tinha mais de cinco meses.
- Você nunca amará ela! - Ela rudemente tirou as mãos dele de cima de sua barriga. - Você não foi capaz nem de me amar... - Segurou as lágrimas, ela prosseguiu: - Já marquei a cirurgia, será no fim de semana. Não espero te ver lá.

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Zoey novamente não dormiu naquela noite. Ela estava tão feliz... Seu coração batia rápido em seu peito, além de muitas borboletas no estômago. Era uma sensação nova, digamos assim. Não estava acostumada com tamanho carinho vindo de um homem. Seus olhos fechados lembravam do beijo. Sentia o calor dos lábios de Will sobre os dela. Tinha sido um pedido de namoro tão excepcional, maravilhoso, doce, entre outros adjetivos que Zoey não conseguia pensar.

Ele me ama... - Zoey pensou, enquanto encarava o teto e sorria como uma boba.

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Era o aniversário de um ano de namoro dela e de Fred. Mesmo sabendo que ele estava bravo, ela foi o ver. Se despediria dele naquela tarde.
A casa parecia vazia. Adentrando a sala, percebeu que moscas rodeavam a casa toda.
- Fred, precisa lavar esse lugar, que imun...- Ela dizia, até que o viu. Seu corpo estava dependurado por uma corda, e sua pele antes rosada de sol, agora estava pálida. Ele estava morto. E ela sabia que era por causa do aborto. - O que você fez? - ela chorava, sentada no chão sujo do quarto.
- Eu não ia mais abortar... - Ela sussurrava, olhando para o rosto contorcido de dor de Fred. - Ela chutou minha barriga ontem... Ela me fez repensar sobre tirar a vida de um ser tão inocente... -Você devia ter ficado, Fred... Podíamos cuidar dela juntos - Chorava com remorso. Ela sabia que tinha culpa naquilo.

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- Essa é a Zoey, Mel - Will dizia, enquanto carregava a menina em seu colo.
- Prazer, Mel - Zoey a cumprimentou, sem fazer qualquer contato físico com ela.
- Mamãe... - Mel pronunciou, em tom baixo, e apenas Zoey ouviu aquelas palavras proferidas da boca da garota. Sua respiração travou por um minuto.
Ela parecia com alguém que Já conheceu... Ela a lembrava Fred.

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- Deus receberá essa alma, mesmo que tenha cometido o pior dos piores pecados. Se arrependeu, e então irá para o céu. Que o céu lhe tenha. - O padre rezava, mas Zoey Não prestava atenção no que ele dizia. Sua mente vagava sobre a terrível sensação de arrependimento. Ela acariciava sua barriga, pensando na pobre alma que vivia ali.
- Eu não vou lhe matar. Mas não posso te manter. Desculpe. - Ela sussurrou, de tal modo que nem ela mesmo ouviu. - Desculpe, Mel. - O nome saiu quase automático de seus lábios. Mel. Era um lindo nome, ela admitiu.

~•~•~

O som da campainha fez com que Madame Silver se assustasse. Quando se recompôs, fora abrir a vasta e antiga porta de seu orfanato. Não era de se esperar: outro nenê abandonado ali. Com cuidado, ela o retirou da pequena cesta, aconchegando-lhe em seu colo. Sua manta tinha um bordado rosado que dizia: Mel.

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Hey honeys!
Finalmente cap novo hein?
Mas fala q nn vlw a pena, hã? Q inesperado *-*
Bom, sem mais enrolacoes, bjs melosos da Titia Allen. ❣