Capítulo 13

8.3K 514 504
                                    


P.O.V Mark

É hoje.

É hoje o baile e eu, sinceramente, estou super nervoso. Fico tremendo o tempo todo e vou a cada 5 minutos no meu quarto ver se estava tudo arrumado. Impecável.

Queria que Jason viesse qui hoje, pelo menos pra que eu ficasse menos nervoso mas ele disse que ainda tinha algumas coisas pra resolver.

O dia passou terrivelmente lendo, mas graças que já estava anoitecendo. Não vejo a hora de vê-lo. Vou pro banheiro e tento passar o máximo de tempo lá. Desculpa planeta, mas eu preciso desse banho. Quando eu saí do boxe passei a mão no espelho embaçado, vendo meu reflexo. Eu estava extremamente nervoso e cansado. Dava pra ver meus olhos caídos de sono pela noite não dormida. Não, não passei ela com Jason, mas sim pensando em como seria hoje. Pensando nas hipóteses de dar errado, do que poderia acontecer, de ruim. Sou extremamente pessimista com tudo e super inseguro.

Saí do banho e fechei a cortina, não queria que Jason me visse me arrumando. Comecei a me vestir, faltava meia hora pra Jason chegar aqui, e por essa coisa realmente demorava.

Já estava pondo a gravata, mas eu não conseguia de jeito nenhum. Estava ficando irritado quando escuto batidas na porta.

-Mark, filho você está lindo!- Disse, minha mãe, vindo até mim e me dando um abraço.- Mas que cara é essa? Parece que não dorme a um milhão de anos!

-Ah, obrigado mãe. Sempre me colocando pra cima.- Disse ironicamente.

-Desculpa, e essa gravata? Deixe-me arruma-la.- Disse já pegando-a e dando um nó que nem Deus consegue entender.-Pronto, muito melhor!

-Obrigado, mãe. Eu não iria saber dar esse nó nem se minha vida dependesse disso, ou seja, eu estaria morto.

-Não fale bobagens!- Disse me dando um tapa fraco no braço.- Agora esse rosto ai... fique aqui já venho.

Disse e e saiu do quarto me deixando plantado lá alguns segundos até chegar com uma pequena bolsa.

-Senta ai, por favor.

Me sentei e ela abriu a bolsa. Pegando umas coisas que pareciam materiais de tortura.

-Mãe, você não vai passar maquiagem em mim!!- Exclamei quando percebi o que era.

-Calado, não é maquiagem! Só vou tirar umas imperfeições...

-Então me mata pra nascer de novo, porque não da!- Disse e tomei outro tapa, mas dessa vez na cabeça.

-Já falei pra não falar besteira.

-Bobagem.- A corrigi e deixei que fizesse o que queria.

Parecia uma eternidade, era um vidro depois do outro, umas paradas que ela passava no meu rosto que eu achava que demoraria um ano pra tirar aquela camada de asfalto branco do meu rosto.

-Prontinho!- Disse toda feliz.- Pode se olhar.

Saiu da minha frente para que eu pudesse ir até o espelho mais próximo.

Deuses.... eu estava menos pior! Ela tinha tirado minhas olheiras e feitos umas magias. Eu não conseguia parar de olhar. Embora ela tenha passado algumas coisas não parecia que eu estava de maquiagem.

-Mãe..... você fez magia?- Perguntei.

-Me pergunto isso sempre que termino de me maquiar.....

Nosso pequeno diálogo foi interrompido pela campainha. Ela me olhou com um sorriso sugestivo e eu fiquei todo vermelho. Ela já sabia que eu estava com Jason. Na verdade ficou sabendo quando eu ainda estava hospitalizado. ela perguntou a ele o porque dele estar ali sempre segurando minha mãe. E ele disse que me amava e perguntou a ela se ele poderia ficar comigo. Pelo que eu sei ela começou a chorar e dar graças a Deus que eu não iria morrer sozinho e que tinha alguém muito dedicado ao meu lado. Fiquei chocado em saber que ela me achava um caso perdido. Mas enfim.

Meu Vizinho (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora