Auckland - jogo do amor

Capítulo 15

Alguns capítulos são proibidos para menores de 18 anos.

Boa noite pessoal!!! Quem é vivo sempre aparece né...kkkkk

Mais um pouquinho de Nanda e Gregor para alegrar nossa semana. E amanhã tem o penúltimo capítulo de Nascidos para Amar(Destino Suécia). bjs e até mais. 

Caminho para sala e aguardo seu retorno do quarto, aqueles poucos minutos a sós, levam-me de volta ao inicio dessa história sórdida. O que leva uma mulher adulta, a bater e torturar psicologicamente uma criança? Como uma pessoa assim dorme a noite? São perguntas que não terei respostas, mas que martelam minha cabeça a todo instante. E penso que infelizmente, o mundo está cheio de gente dessa espécie, criaturas egoístas, sem sentimentos e incapazes de sentir misericórdia pelo próximo. E minha divagação continua até que sinto a presença marcante e masculina do meu namorado, que senta-se em silêncio ao meu lado.

Seu semblante está cansado e triste, não é preciso ser um gênio, para perceber que precisa conversar e botar para fora o que lhe afligi.

- Desabafe!! Não segure, ninguém vai te julgar. Minha função aqui é oferecer um ombro para chorar – e faz isso literalmente. Ajoelha-se a minha frente, abraça-me pela cintura como se eu fosse fugir a qualquer instante e libera as lágrimas de maneira torrencial, sinto que o choro estava preso á muito tempo e por vários motivos. Como se lamentasse por todas as burradas que fez pela vida, e só tivesse coragem de demonstrar fraqueza naquele momento.

Deixo que se derrame, fico ali lhe fazendo um carinho nos cabelos, tornando minha companhia o mais confortável possível. Não digo uma palavra, quero somente lhe confortar, lhe trazer alento e não o contrário. Preciso ser forte por nós três e demonstrar que tudo irá dar certo, que hoje foi uma fase ruim, mas amanhã uma nova história começará.

Seus olhos levemente inchados me fitam com carinho e sorrio mediante tanta carência.

- Melhor? Indago gentilmente.

- Sim – ele continua a me encarar e brinco para descontrair a situação – O que foi? Estou com o dente sujo? – digo isso e mostro os dentes da frente. Ele gargalha e demonstra estar mais aliviado.

- Obrigada por se preocupar em livrá-la daquela cretina, você tentou me mostrar e fui tão cego....- ele respira fundo e vejo que esta desestabilizado emocionalmente – tenho uma divida eterna, prometo que tentarei ser o melhor namorado do mundo.

Sorrio e falo algo do coração. Não para fazer média ou ganhar pontos. É apenas o que sinto no fundo da alma.

- Não me deve nada Gregor. Não fiz por você, Sam não merecia padecer na mão daquela mulher odiosa, aliás, nenhuma criança merece. Mas só olhe quem esta colocando dentro da sua casa. Perceba os sinais e vigie seu maior tesouro. Sei que não sou mãe e é fácil apontar o dedo. Mas a partir de hoje, faça diferente, mude seus conceitos.

Ele fica quieto e analisa o que disse.

- Não quero colocar outra pessoa para cuidar de Samantha, até porque a simples menção da palavra babá já me causa arrepios – diz ele maneira séria e preocupada – Sam estuda no período da manhã, mas não tenho onde deixá-la á tarde e preciso trabalhar. E fora que de vez em quando o time jogará em outros países.

- Mas isso é simples de resolver. Coloque-a em tempo integral na escola e quando precisar viajar. Eu, sua mãe e ex-sogra, cuidaremos dela – ele sorri como se tivesse descoberto a América e me dá um selinho.