Auckland - jogo do amor

Capítulo 20

Alguns capítulos são proibidos para menores de 18 anos.

Boa noite people!!!

Mais um capítulo de Nanda e Gregor. E assim que minha rotina voltar ao normal, volto a responder os comentários. Bjs e um ótimo final de semana. 

Fito seu semblante calmo, sereno, que transparece nada mais que pura confiança e docilidade. E perco-me numa recordação um tanto inusitada para aquele momento, lembro-me da minha mãe e seus vários conselhos. O quanto sempre me dizia que a sabedoria de escutar era melhor do que falar. E a saudade me acomete como uma avalanche descendo de uma encosta e levando tudo no caminho, a vontade de lhe dar um abraço e sentir seu cheiro maternal é tão forte, que perco-me em pensamentos e fico alguns segundos calada na expectativa de me recompor.

- Esta tudo bem Nanda? Parece sentir dor.

Me questiona com um olhar preocupado e tenso.

- Foi só uma lembrança – digo tomando uma lufada de ar – perdi minha mãe há alguns anos e seu jeito me lembra o dela – sorrio triste.

- Sinto muito querida, perder pai e mãe nunca é fácil e digo-lhe por experiência própria. A dor nunca passa, ela só suaviza com o tempo.

Vejo a verdade estampada em seu rosto e percebo que talvez, tenhamos mais coisas em comum do que posso imaginar.

- Eu imagino – respondo num sussurro e dou continuidade – mas enfim, é melhor conversarmos antes que Samantha volte.

Ela comprime os lábios, como se procurasse a melhor forma de começar o assunto.

- Gregor alguma vez contou que perdeu o pai muito jovem?

Respondo que não, porque realmente nunca tivemos uma conversa direcionada para nossas famílias. Ela abaixa os olhos e parece triste.

- Antes de conhecer o Sebastian, o pai do Gregor, fui apaixonada por um amigo de infância, erámos inseparáveis e crescemos juntos morando na mesma vizinhança. Namoramos da adolescência até os 19 anos, porém na mesma medida que nos amávamos, nós brigávamos. Parecíamos cão e gato a todo momento, até que o pai de Kurt recebeu uma proposta para trabalhar na Austrália e nós tivemos que dar fim ao nosso relacionamento. Sou muito orgulhosa e não quis manter mais contato. E da noite para o dia, tentei varrê-lo da minha vida completamente. Ele chegou a me mandar algumas cartas, telefonou diversas vezes, mas o orgulho não me deixará voltar a trás.

Empalideço com sua história e presto total atenção ao que é narrado a minha frente.

- Foram tempos difíceis. Enfim, toquei minha vida e fingi que o havia esquecido completamente. Na faculdade conheci Sebastian e começamos a namorar. Mas com o passar do tempo, percebi que não era a mesmo entrosamento, nem os mesmos objetivos. Erámos pessoas totalmente opostas, tentando fazer um relacionamento dar certo.

- Quando finalmente decidi terminar, descobri que estava grávida de Gregor e todos os planos e sonhos ruíram.

Ela respira pesado e conclui sua história.

- Naquela época não era bonito ficar grávida antes do casamente e com 20 anos fui obrigada a largar meus estudos, casar com alguém que não amava e brincar de casinha para agradar minha família.

Seus olhos estão marejados e vejo o quanto é doloroso desabafar.

- Sebastian tentou ser um bom marido, tivemos dois filhos, mas nunca houve uma história de amor entre nós. Ali estávamos cumprindo nossos papéis. Quando Gregor fez 10 anos, fiquei viúva. Sebastian morreu de enfarto, mesmo sendo jovem. E após dois anos, voltei a encontrar Kurt na cidade. Ele acabará de voltar a morar em Auckland.