Nicholas Jhonson

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David estava correndo, para o infinito, naquela densa névoa, quando uma criatura o surpreendeu. Era uma criatura feminina, usando um chapéu parecido com o véu que freiras usam, grudados na cabeça. Ela estava avançando, e, David não conseguir se mover. Não sabia porque, mas não conseguia recuar, avançar, nada. A criatura se aproximando, mais e mais, e finalmente, ela o agarra, e arranca com a enorme boca, um pedaço do rosto de David. Ele grita de Dor.


David dá um forte berro de medo. Com a respiração ofegante, ele percebe que era apenas um sonho. Mas algo estava diferente. O hospital.

- Merda! - estava com aquele cenário bizarro novamente: os chãos gradeados, a parede de metal, corpos mutilados jogados no chão.

- Merda, de novo não! Preciso sair desse lugar. Tenho que sair desta cidade. Chega de enrolar, nem que se for para nadar o Toluca inteiro.


Levantando-se, ligando a lanterna, e arrumando a pistola na cintura, David parte para a porta que dá acesso ao estacionamento, mas leva um grande susto quando vê ela se abrindo sozinha. Como a porta aberta, era a que se virava para o seu lado, David não pode ver se era apenas mais uma cilada da cidade, ou era alguma criatura mesmo. Rapidamente sacou a arma, e apontou para a porta, mas, surpreendeu- se demais, quando de trás dela, um homem apareceu.


Ao ver o homem, de aparência jovem, David se lembrou que gostava muito do estilo de roupas usado por ele: o homem vestia uma calça jeans, com os joelhos rasgados, uma bela blusa de couro preta, e por baixo, uma camiseta também preta com um logo de alguma banda. Que David conhecia muito bem: Judas Priest. David quando pequeno, gostava muito daquele estilo, e, alguns anos depois de sair do orfanato, começou a seguir esse tipo de musica. Parou alguns meses antes de entrar no Worn's. O rapaz também tinha um longo cabelo preso, que chegava quase aos seus cotovelos. Por sorte, também carregava uma grande lanterna. David ainda apontava a arma para ele.

- Hey, hey! Calma lá cowboy! - Disse o homem assustado.

- O que é você? - Perguntou David. Não podia acreditar que existia mais de uma pessoa naquela cidade.

- O que sou eu? - O homem riu.

- Devo dizer que sou uma pessoa? - Disse num tom de ironia.

- Desculpe. É que essa cidade está me deixando louco.

- Também estou surpreso por ver alguém além de mim por aqui... E então, qual seu nome, amigo?

- David Blacksmith. E você?

- Bom, meu nome é Nicholas, Nicholas Jhonson. Alguns me chamam de Nick.

- Certo. Escute, numa cidade perigosa dessa, como anda sem uma arma? Quer dizer, não vejo você com nenhuma. - Nicholas riu.

- Do que está falando, cara?

- Dos monstros, droga! - Agora Nicholas olhava para David como se ele fosse um louco.

- Monstros?

- É, aqueles cães, e os demônios mulheres, e.. esse chão todo gradeado, e as paredes, os corpos...

- Chega! Vélho, estou tendo minhas alucinações, mas você é realmente louco! A única coisa chata por aqui é essa maldita névoa, e os buracos, ou sei lá o que, que me impedem de ir embora. Você é louco. Adeus parceiro!

- Não! Espere! Eu não sou louco, você realmente não vê essa grade? - David bateu o pé três vezes no chão, para mostrar como ele estava. Novamente Nicholas olhou olhou para David com vontade de rir da sua cara.

Silent hill - Memórias do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora