David acorda. Pensando ser tudo um pesadelo, tem uma enorme desanimação ao ver que continuava naquele corredor maldito, de chãos gradeados e monstros por todo lado.
Gemeu, colocando a mão no pescoço. Ainda doía. Ainda podia sentir aquela mão quente e áspera segurando-o.- Droga! Quando isso vai acabar? - Apesar de querer muito continuar deitado, dormindo ali, ele sabia que não podia, e teria que continuar a andar naquele corredor tenebroso. Só se perguntava, o porque aqueles monstros de desfazerem daquela forma, quando estavam prestes a matar David? Mas o importante era que continuava vivo, e não iria desistir de sair daquela cidade.
Ao olhar para seus pés, viu a lanterna e a arma. Apenas pegou a lanterna, já que a Pistola estava totalmente sem munição, e com grande hesitação, começou a caminhar para frente. Novamente, sem saber o que lhe aguardava naquela escuridão assustadora. Para o espanto de David, finalmente tinha chegado ao fim do corredor, lá estava, diante dele, uma enorme parede de metal, fechando todo o corredor, e na parede, uma grande porta também de metal toda enferrujada, com um vão aberto. A escuridão mergulhada dentro do local que a porta guardava, era a mais escura que David já havia visto. Não estava disposto a entrar lá, mas, infelizmente, não tinha outro lugar para ir.- É isso aí. - Foram suas ultimas palavras antes de mergulhar lá dentro. Ao abrir a porta e iluminar com a lanterna, David não conseguia acreditar: Era a cozinha, da casa de sua mãe! O mesmo lugar onde ela havia morrido! David ficou completamente furioso ao ver aquilo.
- Não...não pode ser!! - Se houvesse um espelho ali, veria o quanto estava vermelho de raiva. Agora, avançando para o meio da cozinha, parou na frente da grande mesa quadrada, que ficava entre um pequeno armário que se guardava mantimentos. Era o ponto... Era o local onde sua mãe deveria estar. Mas para a sorte de David, não havia nada lá.
- O que essa cidade quer fazer comigo? Porque tá fazendo isso comigo!?
Lagrimas escorreram os olhos de David, as lembranças de sua mãe morta lhe invadiram a cabeça. A imagem do corpo dela ali, jogado no meio da cozinha não saia da mente de David, por maior esforço que fizesse.
- Porra! Saia! - Aquilo começou a doer na cabeça e no coração de David. Ele se ajoelhou, e levou as duas mãos na cabeça. Até que uma voz conseguiu tirar aquela cena da cabeça dele.
- Olá de novo, David! - A voz masculina, um tom rouco. Ele reconhecia a voz.
- Nicholas! Achei que você estivesse morto, cara! - Espantou-se e virou para trás.
Espantou-se mais ainda, ao ver Nicholas sentado em uma cadeira.
- Nick?
- Sim. Porque está tão assustado?
- Você parece... Diferente... - Nick deu uma alta gargalhada. O riso ecoou por toda a cozinha. Deu calafrios em David.
- Acha mesmo? Hahahaha! Diferente? - Parando de rir de repente, olhou para David com um olhar furioso, ou duvidoso. Não sabia distinguir. Foi quando David percebeu.
- Quem é você? De verdade? É uma pessoa mesmo? Ou mais um desses monstros, que veio para se vingar de mim? EU JÁ -Nesse momento, ele começou gritar, de nervoso.- DISSE, EU NÃO MATEI NINGUÉM DE PROPÓSITO! PORRA! EU ESTAVA EM TRANSE!
- VOCÊ não estava em Transe porra nenhuma! Você matou todo mundo por que quis, seu desgraçado, assassino!
- Não! Você esta mentindo! - Nicholas olhou para baixo, e fez um gesto de não com a cabeça, levando-a de um lado para o outro.
-Vai ser mais difícil que pensei. David. Você precisa aceitar sua realidade. - Nicholas se levantou, e caminhou para frente de David. Este, com medo, recuou.- Essa história de Transe, ou Hipnose, é tudo mentira! Você simplesmente adorava e ainda adora matar! Nem sequer existe essa merda de ataque psicótico. Esta merda foi você quem criou, para ninguém culpá-lo. E, não é que deu certo? Conseguiu escapar de um sanatório, e da prisão com esta mentira idiota! - Nicholas Riu de novo.
-Cala essa Boca! Isso tudo é mentira! Eu nunca senti o gosto de matar, sendo que quando eu matei, não era eu de verdade!
Quer dizer... Era eu mas, você sabe o que quero dizer! Como posso adorar matar, se nunca matei? Não consciente!- David estava confuso. Não sabia o que falar.
- Tsc, Tsc. David, eu, sou simplesmente uma criação dessa cidade, para forçá-lo a aceitar a realidade, que escondeu tantos anos! Eu sou você David. Não reparou? Você com Vinte e tantos anos devia ser assim. É claro, você não podia ter esse belo cabelo comprido, por conta do seu patrão não permitir. Eu sou uma ilusão, David. Feita para te ajudar! Como todos os monstros que te seguem! Somos tudo ilusões criada pela própria Silent Hill, para te ajudar a aceitar sua realidade. Mas você é teimoso. E não quer minha ajuda. Então, dane-se. E Descubra da pior forma possível. Enfrentando eles.
- Idiota! Já enfrentei todos eles! - Nicholas mais uma vez riu.
- Haha... Nem todos! - David apenas ficou com uma cara de que não entendeu nada. A lanterna se apagou. Xingando, David conseguiu ligá-la novamente, e para sua surpresa, Nicholas não estava mais lá. Em cima da mesa, havia um pente de munição e um bilhete.
David o leu: " Vai precisar disto, David."
E agora, David faria o que? Iria para onde? A cozinha simplesmente não tinha mais saída. Teria que voltar por onde veio. E aproveitou para pegar a arma que estava no chão, e recarregá-la com o pente que ganhara de Nicholas. De repente, assustando David, a porta um pouco a frente fez um auto estalo, parecido com alguém destrancando-a."Desgraçado! Está brincando comigo! Não vou fazer parte de suas brincadeiras". Mas infelizmente, David teria que entrar lá. Já que não havia outro lugar para ir. Então, com grande receio, segurou a maçaneta, e criando coragem, abriu finalmente a porta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Silent hill - Memórias do passado
FanfictionDavid Blacksmith que com seu amigo Vicent vão para Silent hill na esperança de encontrar respostas para os pesadêlos de David que só estão piorando com o passar do tempo.