Nossa Doce Menina

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-Droga, chega Henrique, precisamos agir.

Meu irmão é o símbolo da impaciência, está mais para uma criança implorando pelo doce do que para um homem feito; mas eu o entendo, pois no fundo quero o mesmo que ele.

-Merda, eu já disse que ela não está pronta.

Romeu fecha o rosto e suspira resignado, antes de começar com o questionamento:

-Como você pode ter tanta certeza?

Respiro fundo tentando reunir toda minha paciência, Romeu tem a capacidade de extrair toda ela.

-Eu não tenho certeza, não é como se ela contasse suas fantasias sexuais aos quatro ventos.

Me sento irritado e continuo mostrando meu ponto de vista:

-Olha eu a quero também, talvez até mais do que você; queremos um anel em seu dedo, mas se a assustarmos, ela sairá da nossa vida mais rápido do que entrou e não queremos que isso aconteça, estou apenas sendo cauteloso.

Estamos atrasados para o trabalho, mas eu realmente não em importo, pelo menos não por hoje.

-Precisamos ter pelo menos um plano, nem estamos saindo do lugar. Não quero assustá-la, mas com certeza não quero vê-la na cama de outro cara, então, só arrume um plano.

-Somos amigos, jantamos pelo menos uma vez por semana, mudei ela para minha sala, que é quase sua também, já que você mal usa a sua, estamos avançando, aos poucos, mais estamos.

-Eu sei, desculpa, mas as vezes dá a impressão que ela começará a namorar e eu não quero perde-la, Nina é perfeita.

Minha vida, meus desejos e meus sonhos mudaram de rumo quando Valentina Lopez foi aceita como minha assistente, no momento em que a vi, eu soube que era ela.

Romeu ainda não tinha se decidido se viria para nossa sede ou não. E por mais que eu odeie admitir, eu sei que nosso relacionamento patrão e funcionária, só mudou de fato depois da chegada dele.

Nina foi um ar fresco em minha vida, depois do fracasso que foi com Joana, eu comecei a duvidar de qualquer sentimento que fosse; mas ela conseguiu mudar todas as minhas dúvidas, as transformando em certeza; eu me mantive firme na ideia de tê-la para mim, mas meu irmão entrou em cena e apesar do receio que ainda sentíamos, resolvemos embarcar juntos na conquista pela nossa garota.

Valentina Lopez. Uma menina mulher decidida, linda e sexy. Seus olhos de um profundo castanho me deixam hipnotizado, seu sorriso é o mais lindo que eu já vi em uma mulher, seus cabelos cor de mel completam o pacote; Nina tem curvas exuberantes, elas me causam sonhos proibidos e uma ereção dolorida.

Eu caí de quatro por ela, Romeu também.

E isso não é nenhuma novidade para mim, apesar da diferença de idade, que nem é tanta assim, crescemos unidos e aprendemos desde cedo a dividir nossos brinquedos e nossas brigas; e futuramente o sexo, onde depois de tantas brigas, e encanações de nossas namoradas, percebemos que namorar não era muito a nossa praia, principalmente por elas viverem no nosso pé.

Participamos de um swing com um casal de amigos, a experiência foi maravilhosa, mas eu não queria transar em um quarto cheio de pessoas, e descobri que ele também não, então conhecemos uma mulher quente, e fizemos nossa introdução ao mundo do ménage, então desde desse dia fazemos o que gostamos. Temos transas aleatórias, não é por que gostamos de ménage que só transamos juntos, quer dizer cada um tem a sua conquista. Mas, agora as coisas estão diferentes, eu não quero mais sexo por uma noite, quero um relacionamento, e por incrível que pareça Romeu teve o mesmo desejo, estávamos prontos para encontrar cada um a sua própria garota, mas aí Nina apareceu em nossas vidas, nos mostrando que o que víamos em nossos amigos poderia ser para gente.

Temos dois casais de referência - Sofia, André e Pedro - Caio, Ricardo e Carly - Eles conseguem fazer o relacionamento funcionar, e toda vez que eu os via feliz, uma vontade de ter alguém assim por mim me tomou, acho que foi por isso que Joana entrou em nossas vidas, mas se eu soubesse o estrago que ela faria, eu não teria me encantando com seu olhar selvagem.

-Vamos convidar ela para ir com a gente no jantar da mãe.

Volto dos meus pensamentos com a ideia de Romeu.

-Não sei não cara, ela iria com nós dois, e os comentários?

Ele solta uma risada irônica e balança a cabeça:

-Desde quando ligamos para as opiniões alheias?

-Eu e nem você ligamos, mas isso é novo pra Nina, eu não quero machucá-la.

-Muito menos eu.

Ficamos nesse impasse, até Romeu se levantar decidido:

-Olha, chega, eu vou arriscar, qual é, não pode ser tão ruim assim, precisamos parar de confundi-la com a Joana, aquela vaca não ama sem a si mesma, o que sentíamos por ela não é nada comparado com que temos com a Nina, e você, levanta daí, precisamos conquistar nossa garota.

Penso rapidamente os prós e contras dessa ideia de Romeu, mas no momento estou pouco me importando; não aguento mais ficar nas sombras com o que sinto, preciso falar e se por algum motivo ela não corresponder, podemos enfim, tentar seguir em frente sem essa dúvida.

-Ok, então. Mas, por ora vamos para empresa, estamos atrasados e o dia promete.

Meu Doce Pecado | NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora