Palavras Amargas

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Ao contrário do que imaginei meu dia de trabalho na empresa começou como qualquer outro normal; quando cheguei Henrique e Romeu já estavam a todo vapor, entrei na sala e os cumprimentei com um bom dia.

Eles me olharam de cima em baixo, hoje optei por um vestido preto, deixei meu cabelo solto e até mesmo os pequenos cachos estavam e ordem, como se soubessem que eu estava feliz, cooperando com meu espírito animado. Enfim, parece que meu visual agradou, já que os dois pararam de digitar e me acompanharam com os olhos até eu me sentar na minha cadeira.

E assim foi, não conversamos ou trocamos olhares, eu os ignorei e foquei em meu trabalho, eu não sabia como ia ser, então achei melhor tentar ser o mais normal possível, até agora.

-Chega, que merda é essa Valentina? - Romeu me questiona nervoso, ele nunca me chama de Valentina.

O olho surpresa e vejo Henrique esperando minha resposta, enquanto eu não faço a miníma ideia do que falar.

-Olha, o relatório de ontem não tinha erros, só tem uma reunião no fim do dia, e eu já sei que Becca já tinha informado; ela atende os telefonemas agora, e pelo jeito nada demais aconteceu, eu estou revisando as mudanças do contrato para a reunião de hoje e estou colhendo as perguntas do site para fazer para os arquitetos, então do que você está falando Romeu Adler?

Ele me olha surpreso com a minha súbita irritação.

-Você mal nos olhou nos olhos, só deu um bom dia estranho, que não é o seu habitual, depois sentou aí e começou a trabalhar, não disse nada.

-Dizer o que? Que estou confusa, que isso tudo parece um enredo de filme pornô? Ou até um filme muito picante? Quer saber por que eu não falei nada? É por que eu não sei como agir, eu nunca namorei um chefe, ainda mais os dois, ou seja lá o que é isso; eu passo todo o tempo aqui perto de vocês, então achei melhor apenas trabalhar, não misturar as coisas e tal.

Os dois apenas me olham por um tempo e depois Henrique sai da sua mesa e vem até a minha:

-Que história é essa de "seja lá o que está acontecendo?", Nina eu sei que é complicado pra você, mas eu e o Romeu estamos por completo nisso, só estamos indo com calma, por que não queremos te assustar.

Os olho exatalando irritabilidade, será que eles não entendem?

-Eu não estou confusa sobre isso, eu os quero e ponto. Estou confusa por que não sei como agir perto de vocês, e parem de tentar me guardar em um potinho, não vão com calma, não a menos que eu peça.

Então eu sinto, a temperatura aumentar do nada, o ar da sala parece carregado de energia sexual, enquanto sinto a aproximação de Henrique, ele para em minha frente, me estende a mão, eu a pego sem pensar duas vezes, sou levada para seus braços em questão de segundos, bato em seu peitoral duro sentindo um arrepio percorrer meu corpo:

-Você não tem noção do que acabou de pedir - Sua voz soa rouca e dura, como se tentasse se controlar.

-Não se prenda por minha causa - Sussurro não me importando em parecer necessitada.

Henrique beija suavemente minha testa, descendo a cabeça até chegar aos meus lábios, sua boca toma a minha, duro e forte, sinto uma onda de desejo assolar meu corpo, estou entrando em combustão. Henrique me ergue fazendo-me sentar na mesa, sinto alguns papeis embaixo de mim, mas não me importo, o quero agora, ele fica entre minhas pernas, mas quando vai descer o zíper do meu vestido, Romeu aparece:

-Eu abro o vestido - Romeu parece ainda mais excitado com toda a situação.

Porém quando o zíper começa a descer, o telefone toca, fazendo a quebra do clima recém conquistado. Suspiro alto em sinal de impaciência.

Meu Doce Pecado | NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora