DEGUSTAÇÃO Um anjo em meu destino

Mentir ou fugir? Mentir e fugir!

Capítulo seis

Gustavo

Chegamos ao ap depois da academia, comemos alguma coisa e cada um foi para o seu quarto. Peguei-me pensando na confusão que eu arrumei, mas no fim das contas acho que isso será divertido. Estou doido para ver as caras dos caras à hora que eu contar que eu e Lívia estamos namorando.

Já passava das onze da noite e estávamos no carro indo em direção a Angels e de canto de olho, olhei para a minha prima mais uma vez. Ela é linda! Hoje ela está usando um vestido preto e justo que marca bem o corpo. Pensei que graças a Deus ela era gata, já que era para ser minha namorada de mentira que seja uma mulher bonita. Conversamos sobre amenidades no carro e resolvemos alguns pontos sobre o namoro e a mentira que iriamos contar. Decidimos que diríamos a todos que estávamos de rolo desde o natal e que só ontem à noite depois que vi que não ia partir o coração da Bruna, quando a vi com outro, resolvemos enfim assumir nosso relacionamento.

Entramos na Angels, deixei a Lili no bar por um instante e fui até o escritório resolver uns pepinos que estavam pendentes. Ela ficou sentada em um ponto estratégico onde eu pudesse vê-la lá de cima. Não fiquei confortável em deixa-la sozinha, ainda mais que prometi para o meu tio que iria cuidar dela, mas se ela subisse, eu não ia conseguir dar baixa em todos os documentos que precisava.

Deus... Quando meu tio descobrir (se descobrisse) o rolo em que meti a mim e a ela, ele iria me matar, mas com o meu tio eu me entenderia depois.

Eu estava no telefone com fornecedores, que já estavam acostumados a me atender fora do horário de expediente, quando olhei para o bar e vi que a Lili conversava com o João. Ela estava sentada em um banco alto e ele estava de pé com o cotovelo apoiado no balcão. Não sei o porquê, mas senti meu rosto quente de raiva e ciúme, (Não, não era ciúme era só cuidado, não queria que a Lili virasse casinho dos meus amigos) Deliguei rapidamente o telefone e nem me importei se o fornecedor tinha algo a mais a falar. Desci correndo até onde eles estavam. Cheguei perto o bastante e ouvi um pedaço da conversa onde ele dizia que eles poderiam ir até o lounge onde era mais sossegado e eles poderiam conversar melhor. Posicionei-me por trás da Lili e coloquei minhas mãos na cintura dela com um gesto de posse, João olhou para as minhas mãos e depois olhou para mim franzindo a testa como se não estivesse entendendo nada. E que comecem os jogos!

— Oi gata — Eu disse dando um beijo no rosto dela

Ela ficou meio travada percebendo que a mentira ia começar e não respondeu, só me deu um sorriso meio sem graça.

— E aí João. — O cumprimentei.

— E aí. Éééé... Vocês estão... — Ele limpou a garganta — Juntos?

— Sim, sabe já nos gostávamos desde criança, mas ontem quando vi que a Bruna estava de boa quanto a mim, decidimos assumir. — Ele ficou sério, meio desconfiado e olhava da Lívia para mim, de mim para ela. Eu sorria e Lívia fazia cara de paisagem.

— Se é assim, então porque você saiu tão transtornado ontem, deixando a Lívia para trás?

— É que eu estava passando mal

— Entendi. — Ele disse parecendo não entender nada e continuou — Legal! Parabéns para vocês então. — Pegou a bebida que estava bebendo e se afastou.

— Isso foi estranho. — Finalmente a Lívia falou.

— Ah eles vão se acostumar, dou cinco minutos para aparecer os outros patetas para confirmar a história dele, vai vendo. Na verdade, acho melhor nós não esperarmos, vamos dançar. Enquanto estivermos dançando eles não vão vim contestar nossa história.