Capítulo VI - Adhara

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As criadas estão andando de um lado para outro arrumando, limpando, costurando, conversando... elas não param por um só minuto.

— PAREM — grito chamando a atenção de todas. — Saiam agora. — elas se entre olham e deixando tudo que estavam fazendo para ir a caminho da porta que as levam para a cozinha — Menos você, Regina — ela olha para todas e faz um sinal para que saiam.

Regina olha para mim e começa a juntar tudo que as outras deixaram espalhado. Me pergunto como elas vieram parar aqui se o trabalho que é imposto para todas são feitos de mal jeito, são todas inúteis.

— Quando você ver elas novamente, quero que lembre bem a todas que não posso ter contato com poeira e principalmente que é meu aniversario, um dia de celebração para todo o reino então se eu acabar espirrando, pelo menos um espirro, mando todas irem embora sem nenhuma moeda na mão. Não sei quem escolhe elas, mas dá próxima vez a seleção para criadas será bem rígida. Quero pessoas com competência.

— Como a senhorita quiser, princesa — ela deixa tudo em seus lugares e fica ao meu lado.

— Traga meu almoço, hoje quero suco de laranja sem açúcar e, por favor, não me traga peixe.

— Espere apenas cinco minutos — ela avisa e sai sem muita pressa.

Hoje o dia começou como nunca, acordei e tomei café da manhã na cama. Sem perca de tempo algum, as massagistas chegaram e meu corpo relaxou totalmente, logo as criadas chegaram e começaram seus serviços.

Só falei como minha mãe hoje, assim que acordei, ela já estava me observando. Conversamos por um curto tempo e estabelecemos tudo sobre a festa, confirmamos o que pedimos e colocamos algumas outras coisas de última hora.

Regina chega sem fazer muito barulho e deixa minha comida em cima da cama. O almoço não é muito reforçado e não tem nada em especial, todos estão focados no evento de hoje e não se importam com mais nada.

Depois do acontecido, dias atrás, Regina começou a me olhar de um jeito diferente, por mais que já tenha acontecido antes parece que dessa vez a surpreendi. Eu não me importo com o que ela pensa ou qual imaginação ela tinha da Adhara que é passada para todos em volta do reino.

Como fui a primeira filha da princesa Maia, minha mãe, todos acompanharam meu crescimento, mas depois de um ano veio Deneb e isso significou que o posto de rainha não seria mais meu. Em todos os outros reinos, a linhagem de sucessor ao trono se da sempre ao filho primogênito do atual rei ou rainha, seja ele homem ou mulher, mas aqui em Starshine as regras são diferentes, o herdeiro ao trono sempre será do primeiro homem com sangue legitimamente real que nascer, ou seja, depois do meu avô, esse alguém é o Deneb. Em Starshine, uma mulher só pode assumir o trono se não houver nenhum homem com sangue legitimamente real, ou se este renunciar ao trono sem haver um herdeiro, se Deneb não existisse, eu seria a rainha já que minha mãe renúncia o trono por mim.

Estamos sempre passando uma boa imagem para os súditos, e vejo pelos criados que eles não gostam muito de mim. Sou exigente e não admito muitos erros, ao contrário de Deneb, que às vezes recusa os serviços de todos.

Em meio aos anos eu e Deneb passamos a estudar sobre o reino e como deveríamos governá-lo, aprendemos diversos idiomas, como devemos organizar uma boa festa e muitas outras coisas. Já viajamos a trabalho com o nosso avô para sabemos como é a relação do reino com os outros.

Só que algumas coisas são impossíveis de se aprender se não conseguimos sentir.

— Posso te fazer uma pergunta, Regina? — ela me olha rapidamente mostrando curiosidade.

— Claro.

— Já se apaixonou alguma vez?

Ela pisca algumas vezes e encara o chão.

Kingdom Of Starshine - A Princesa PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora