As criadas estão andando de um lado para outro arrumando, limpando, costurando, conversando... elas não param por um só minuto.
— PAREM — grito chamando a atenção de todas. — Saiam agora. — elas se entre olham e deixando tudo que estavam fazendo para ir a caminho da porta que as levam para a cozinha — Menos você, Regina — ela olha para todas e faz um sinal para que saiam.
Regina olha para mim e começa a juntar tudo que as outras deixaram espalhado. Me pergunto como elas vieram parar aqui se o trabalho que é imposto para todas são feitos de mal jeito, são todas inúteis.
— Quando você ver elas novamente, quero que lembre bem a todas que não posso ter contato com poeira e principalmente que é meu aniversario, um dia de celebração para todo o reino então se eu acabar espirrando, pelo menos um espirro, mando todas irem embora sem nenhuma moeda na mão. Não sei quem escolhe elas, mas dá próxima vez a seleção para criadas será bem rígida. Quero pessoas com competência.
— Como a senhorita quiser, princesa — ela deixa tudo em seus lugares e fica ao meu lado.
— Traga meu almoço, hoje quero suco de laranja sem açúcar e, por favor, não me traga peixe.
— Espere apenas cinco minutos — ela avisa e sai sem muita pressa.
Hoje o dia começou como nunca, acordei e tomei café da manhã na cama. Sem perca de tempo algum, as massagistas chegaram e meu corpo relaxou totalmente, logo as criadas chegaram e começaram seus serviços.
Só falei como minha mãe hoje, assim que acordei, ela já estava me observando. Conversamos por um curto tempo e estabelecemos tudo sobre a festa, confirmamos o que pedimos e colocamos algumas outras coisas de última hora.
Regina chega sem fazer muito barulho e deixa minha comida em cima da cama. O almoço não é muito reforçado e não tem nada em especial, todos estão focados no evento de hoje e não se importam com mais nada.
Depois do acontecido, dias atrás, Regina começou a me olhar de um jeito diferente, por mais que já tenha acontecido antes parece que dessa vez a surpreendi. Eu não me importo com o que ela pensa ou qual imaginação ela tinha da Adhara que é passada para todos em volta do reino.
Como fui a primeira filha da princesa Maia, minha mãe, todos acompanharam meu crescimento, mas depois de um ano veio Deneb e isso significou que o posto de rainha não seria mais meu. Em todos os outros reinos, a linhagem de sucessor ao trono se da sempre ao filho primogênito do atual rei ou rainha, seja ele homem ou mulher, mas aqui em Starshine as regras são diferentes, o herdeiro ao trono sempre será do primeiro homem com sangue legitimamente real que nascer, ou seja, depois do meu avô, esse alguém é o Deneb. Em Starshine, uma mulher só pode assumir o trono se não houver nenhum homem com sangue legitimamente real, ou se este renunciar ao trono sem haver um herdeiro, se Deneb não existisse, eu seria a rainha já que minha mãe renúncia o trono por mim.
Estamos sempre passando uma boa imagem para os súditos, e vejo pelos criados que eles não gostam muito de mim. Sou exigente e não admito muitos erros, ao contrário de Deneb, que às vezes recusa os serviços de todos.
Em meio aos anos eu e Deneb passamos a estudar sobre o reino e como deveríamos governá-lo, aprendemos diversos idiomas, como devemos organizar uma boa festa e muitas outras coisas. Já viajamos a trabalho com o nosso avô para sabemos como é a relação do reino com os outros.
Só que algumas coisas são impossíveis de se aprender se não conseguimos sentir.
— Posso te fazer uma pergunta, Regina? — ela me olha rapidamente mostrando curiosidade.
— Claro.
— Já se apaixonou alguma vez?
Ela pisca algumas vezes e encara o chão.
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Kingdom Of Starshine - A Princesa Perdida
General FictionEra uma vez, em um reino um pouco distante... Um príncipe que não aceita seu destino. Uma princesa certinha... até demais. Uma plebéia que gosta de peixes. Uma plebéia que sonha em ser livre. E uma princesa perdida. Vivendo em um reino...