Cap 7

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Ela começou a andar e os tenentes não, então eu imaginei que eles estavam me esperando. Comecei a andar e eles vieram atrás me escoltando.

Chegamos a uma porta e a sargento a abriu. Ela indicou para que eu entrasse e o fiz. Na sala tinha uma cadeira e uma grande mesa se não fosse pelo grande espelho que ocupava quase uma parede inteira eu diria que era um consultório normal.

_ Sente-se aqui Ringer.

Eu sentei e esperei que ela falasse. Ela apagou as luzes e de repente o espelho não refletia mais nossos reflexos e sim parecia que tinha outra sala do outro lado, com um menino que tinha vários fios ligados a sua cabeça. ''O que era aquilo?''

_ Coloque esses óculos e olhe diretamente para o cérebro dele.

''Meu deus, o que era aquilo, era um verme ou um bicho?  Eu não sei. Ele estava preso, enganchado no cérebro dele.''

_ o que é isso?

_ Isso, são eles ou melhor ''os outros''. Nós descobrimos como eles se manifestam, e é assim. Não sabemos como, nem quando eles começaram a se instalar em nós. Mais sabemos que não podemos confiar em ninguém, eles são idênticos a um ser humano qualquer. Tem o mesmo DNA que nós. Nada internamente ou exteriormente é diferente,  a não ser  esse verme sugando o cérebro do menino. Somente isso pode diferenciar ele de mim. Isso não é o pior. Essas coisas tem o poder de controlar os atos e a mente das pessoas. Ou seja a ordem expressa que eles tem é nos matar, custe o que custar.

_ Isso tem uma cura, talvez um modo de, de arrancar...

_ Infelizmente não, já tentamos tudo. Radiação, laser, até tentamos cirurgia. No momento em que retiramos o verme o hospedeiro morre. Não tem cura. Quem for infectado tem que morrer.

_ você esta dizendo que nós vamos matar pessoas, quero dizer, homens e mulheres.

_ Não, vocês vão matar esses malditos. Eles não são mais como nós. Eles não pensam só obedecem. Presta atenção, você provavelmente perdeu pessoas que amava com as ondas. Eu sei que você quer se vingar tanto quanto eu.
Nós implantamos uma carga na cabeça do menino para acabar com o seu sofrimento, você só precisa apertar esse botão. E ele será livre.

'' A vida de uma pessoa estava na minha mão e eu quero dizer literalmente, um botão e tudo acabava. Tudo estava embaralhado na minha mente, mas de repente algumas coisas começaram a fazer sentido, como o exército ter matado aquele casal na cabana. Eles assassinaram meu pai porque eram controlados por esses vermes e em sequência os soldados os mataram justamente por serem vermes. Mas mesmo assim a ideia de matar um ser vivo ainda me incomodava, mas ele não era mais um humano e na primeira chance de me matar ele me mataria sem pensar duas vezes.''

Reznik começou a falar, provavelmente reclamando da minha demora,  mas logo se calou quando eu apertei o botão.

Não senti culpa nem arrependimento pelo meu ato. Ele estava se libertando daquela prisão. Senti tristeza dessa ser a única solução para o futuro.

Depois disso ela me parabenizou pela coragem e colocou um localizador na minha nuca,  era praticamente um chip que ela aplicava com um uma pistola. Os tenentes que tinham me escoltado me levaram para os dormitórios. Estamos andando por um longo corredor fazia alguns minutos e a cada porta um número aumentava. Paramos na 19º e eles abriram a porta e me deram passagem para entrar. Quando eles entraram os três adolescentes, todos deveriam ter a minha idade, menos um dos meninos que parecia ter uns 15 anos. Levantaram e bateram continência para os tenentes.

_ Descansar.

'' Um deles falou e todos relaxaram a postura. O outro tenente me chamou, com isso dei atenção a ele.''

5° onda (Ben e Ringer)Onde histórias criam vida. Descubra agora