Cap-3

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POV-Ringer

Quando acordei já estava dia claro e o sol estava brilhando no céu, levantei e resolvi comer um pouco sinceramente estava sem fome, mas precisava me manter em pé, depois do desjejum escovei meus dentes, afinal com ou sem fim do mundo eu não ia parar de escovar os dentes. Levantei  acampamento e sai do celeiro que me abrigou por uma noite. De novo eu estava na estrada em direção a Sharon.

A paisagem pelo caminho não se alterou muito, a natureza e o verde prevaleciam em maior quantidade, de vez em quando se via alguns carros na estrada, mas a maioria do percurso era só a estrada e o mato. Já devia ter passado umas quatro horas desde que eu saí do celeiro, quando eu vi uma placa. Estava quase que tomada pelo mato da estrada mais chegando mais perto identifiquei o que estava escrito

'' Sharon-10km''. Uma espécie de alívio fez meu estômago formigar. Eu sabia por que estava sentindo isso, era como se eu sentisse que o dever estava comprido um dos meu maiores medos era não conseguir sem meu pai, mais aquela pequena placa me deu esperança e isso foi um sentimento que eu jurei para mim mesma que  nunca mais sentiria.

Porém incontrolavelmente meu coração palpitou. Sem mais delongas deixei a placa para trás e fui em direção à Sharon.

Meus pés estavam me matando, e não era só a dor, eu estava com bolhas e machucados se eu não tivesse olhado para o horizonte e reconhecido a silhueta de uma cidade acho que desistiria de andar.

Aquela imagem me animou e em poucos minutos eu estava vendo de perto os primeiros prédios de Sharon. Chegando mais perto ainda se via um arco enorme, devia ter uns dez metros de altura com uma grande placa escrito

'' Bem-vindo a Sharon- Pensilvânia''.

Passando pelo arco vejo outra placa verso a anterior com o seguinte dizer ''Agradecemos sua visita e volte sempre a Sharon-Pensilvânia''. Adentrei na pequena cidade e não tive tempo para vasculha-la  para saber se tinha algo de útil pois a noite já estava chegando decidi que iria achar um lugar para dormir e descansar, minhas pernas não estavam mais aguentando.

Ao longe, vi um prédio, era pequeno deveria ter uns 3 andares, era na esquina e com isso dependendo do apartamento que eu iria escolher ficar, eu teria uma visão da rua tanto do lado esquerdo quanto do direito.

Subi o primeiro lance de escada e tinha 3 portas, achei melhor ficar no segundo. Entrei em todos os apartamentos para ver qual seria o com melhor vista e tive que arrombar todas as portas. Por algum motivo as pessoas largaram as suas casas e apartamentos e os trancaram e bom, eu não tinha outro modo para entrar a não ser chutar até a porta abrir, mas na primeira tentativa eu consegui,  tinha prática, e não eu não assaltava ou roubava coisas.

Mas digamos que eu e meus amigos gostávamos de invadir lugares onde nós definitivamente não éramos convidados, e bom, conforme o tempo passou começamos a ganhar prática. Em lugares que tinham alarmes nós usávamos um kit com várias chavinhas de fenda para não chamar atenção, mas quando não tinha alarme era na marra ou seja a base de chutes como dizia o Gonzáles um amigo meu, que eu não via desde que tinha saído de Nova York. As vezes eu fico pensando será que ele está vivo e se estiver, onde está? O que está fazendo? Eu pensava também no Baker, Thomas, Jones e Mitchell. Nós éramos inseparáveis e sim eu era a única mulher num grupo de 5 homens, mas por incrível que pareça eu sempre me dei melhor com pessoas práticas sem muito rodeios e na minha vida essas pessoas sempre eram homens, talvez por que minha mãe morreu muito cedo e companhias femininas praticamente ficaram extintas na minha vida e digamos que eu não era menininha que gosta de rosa e se ilude achando que contos de fadas existem.

As meninas da escola eram o oposto de mim então fazer amizades com os meninos foi a melhor coisa que aconteceu. Eles também não curtiam contos de fadas o que já era perfeito e bom eles eram confiáveis e na maioria dais vezes eles eram super protetores, eles sentiam que eram meus irmãos e queriam me proteger de tudo e de todos, naquela época eu achava aquilo um porre, eles podiam ficar com quem quisesse, mas eu não.

Hoje daria tudo para ouvir eles me dando um sermão ou me obrigando a sair cedo das festas ou da balada, eu simplesmente estava morta de saudade de todos eles e no momento eu nem sabia se eles estavam vivos.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e com isso acordei de um mar de lembranças tristes e felizes. Logo limpei a lágrima do meu rosto e chutei a última porta com mais força do que necessário. Fui direto para a janela e percebi que essa era a vista perfeita da rua.

Já tinha retirado a mochila do meu ombro, agora eu iria verificar o apartamento. Estava tão distraída lembrando da minha vida antes de tudo isso que nem percebi os móveis  e a decoração do apartamento que tinha um quarto, uma sala, cozinha e o banheiro.

Era tudo com o designer meio clássico, meio moderno, uma parede estava com papel que imitava jornais antigos que ia do chão ao teto era muito bonito e quando eu cheguei mais perto vi que todas as reportagens eram diferentes uma da outra, tudo no apartamento era muito detalhado e feito provavelmente  sob medida, acho que tudo foi feito de acordo com a personalidade da dona ou do dono e por algum motivo eu pensei que eu me daria bem com a pessoa que morava aqui, pelo menos nosso estilo é parecido.

Não tinha nenhuma foto para tirar minha duvida acho que ela\ele preferiam fotos de banda de rock do que de perfil.

Sentei no pequeno sofá azul escuro e descansei. Comi um pouco, coloquei o fuzil na mesinha e a pistola na minha mão.

Já era noite fechada quando eu acordei e não consegui mais dormi, levantei e fui para perto da janela e esperei passar as horas, devia faltar só algumas horas para o sol nascer por que o céu já estava mais claro. Quando já deviam ser umas oito da manhã eu comi e me aprontei para seguir.


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Pessoal, eu estou muito animada mesmo com tudo isso.

Espero que estejam gostando.

5° onda (Ben e Ringer)Onde histórias criam vida. Descubra agora