Capítulo 11 - Confiança

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— Vamos jogar um pouco, Justin. Que tal do meu jogo favorito: Mate um e salve o outro.

Luzes nos corredores laterais começaram a ser ligadas, cada uma dando um barulho alto e dando-me a visão das pessoas da minha equipe.

Maya, Bellamy e Jack estavam a minha direita, Park e Jane Smith estavam a minha esquerda. Uma terceira luz foi ligada na esquerda, onde o corpo de Simon estava, o que fez Park gritar alto o seu nome, mas Simon já estava se decompondo e era inútil, mas sabia que aquilo seria doloroso para ele.

— Pelo visto, Park gostou do presente que enviei a ele.

— Por que está fazendo isso, Dawson? Matar a minha mãe não foi o suficiente pra você? — Alterei o tom de voz, um grito de angústia por todos que estavam ali, não só por mim.

— Nunca será o suficiente. Seu pai sabe como a cede por morte nunca é suficiente para aqueles que brincam de ser Lúcifer em meio aos humanos.

— Se está tentando dizer que você é um Deus em terra, como o Diabo é no inferno, saiba que sua coroa está para cair.

— Tem certeza das suas palavras, projeto de Bieber? Porque você não é nada, e seu pai não vai ter tempo para te ensinar como as coisas funcionam.

— Tenho a certeza absoluta do que eu estou falando.

— Mande lembranças a meu amigo John Smith, e a Brian... ou melhor, vamos ao nosso jogo, não é mesmo?

Um dos seguranças puxou a mesa e afastou um vidro, a única coisa que impedia minha equipe de me ver. O celular foi tomado da minha mão e a única coisa que me restou foi aquela arma.

— Darei a você duas opções: Matar seu pai, e dar a chance da sua namoradinha viver por mais alguns anos. Ou matar sua namoradinha, e deixar seu pai apodrecer de dentro para fora por conta das drogas que ele usa, até que realmente morra.

A voz de Dawson soou pelo galpão, fazendo todos olharem para cima, a procura de onde o som vinha, mas quando Dawson se calou todos me olharam.

— Eu não vou matar ninguém, Dawson! — Gritei mais uma vez, mas ele apenas ria, sabendo que estava me atingindo.

— Se prefere optar por não atirar, saiba que cada uma das pessoas no andar superior, tem em seu peito uma bomba, que é apenas um clique e o detonador ativa. Te dou dez minutos para tomar sua decisão, Bieber.

Todos me olhavam confusos, menos meu pai, que olhava para o chão. O único som no lugar eram os soluços de Park, mas aos poucos ele ficou em silêncio.

— Me mate. — A voz grossa do meu pai ecoou pelo lugar e eu olhei em seus olhos, balançando a cabeça, negando que faria aquilo com ele. —Agora, Justin!

— Não! Eu não vou te matar! — Gritei andando na direção dele, mas os seguranças atrás de mim destravaram suas armas e as apontaram em minha direção, fazendo-me parar.

Eu não podia me mover, eu não tinha saída a não ser matar alguém. Não podia decidir entre os dois, por mais que Grace não fosse nada para mim, ela não merece morrer por conta das coisas que Dawson acha melhor.

Em um impulso destravei a arma e a apontei em direção a Grace, que fechou os olhos com força antes que eu apertasse o gatilho, causando os gritos altos de Jane.

Mas por sorte, a arma travou e Grace continuava viva. A risada de Dawson soou alto mais uma vez pelo galpão, mas ele não disse nada até que Jane parasse de gritar o nome da filha.

— Impulsivo, Justin? Faça melhor sua escolha, em cinco minutos. Uma escolha definitiva.

— Faça logo o que eu estou dizendo. Me mate, Justin!

A Filha Dos SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora