Capítulo 10 - Meu jogo favorito

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Grace Smith P.O.V

Cortes e hematomas, que estariam mais evidentes se não fosse pelo sangue que cobria o rosto daquele homem e sua morte prevista. Bieber entrou na sala arrastando Calleb, o homem que ajudou Maya a me torturar naquele porão a alguns dias atrás, e então o empurrou com um pontapé para que caísse com o rosto em cima dos meus pés.

Meus pais estavam parados atrás de mim, atordoados e sem entender porque ele ainda estava vivo e agora sendo jogado em minha frente. Maya que estava sentada no sofá digitando algo no celular, olhou atentamente para nós e se levantou para se retirar, entretanto, Justin caminhou até ela e empurrou seu ombro com força para que voltasse a se sentar onde estava.

— Ninguém mandou você sair, Dufour. Acho que você precisa aprender uma lição, pena que não seja tão rígida quanto a que seu "amiguinho" vai receber.

— Você é um idiota, Justin. — Ela reclamou, mas ele não parecia se importar.

Aos poucos todos apareceram na sala, me olhando como se eu precisasse dar um primeiro passo, todos estavam esperando eu fazer logo algo contra Calleb; Até mesmo meus pais me olhavam de tal maneira, mas eu estava mantendo o controle para não acabar matando Maya que era a que mais me irritava.

Calleb colocou as mãos no chão e tentou se levantar, mas estava fraco demais, conseguiu se levantar um pouco apenas para cuspir seu sangue em meus pés. A vontade de chutar seu rosto depois daquilo era algo que eu queria fazer, mas apenas o segurei pelos seus cabelos que se encontravam úmidos e o fiz ficar de joelhos.

Com os punhos cerrados, caminhei em sua volta enquanto Justin e os outros murmuravam questionamentos sobre eu estar "mantendo a calma"; não, eu não estava calma, estava a ponto de explodir de tanta raiva, porém, se eu me descontrolasse, atacaria Maya e pelo que deu para perceber, ela ainda era útil a equipe Bieber.

Caminhei até Justin e passei minha mão pela sua cintura, deslizando meus dedos por baixo da sua regata e o encarei, vendo-o passar a língua pelos lábios e rir nasalado, como se meu ato tivesse segundas intenções, o que não era verdade. Puxei a arma que ele tinha na cintura e me virei, batendo com o cabo da arma na cabeça daquele homem de joelhos, o golpe foi forte, fazendo seu corpo cair para o lado e bater o corpo contra a mesinha de centro que se despedaçou em seguida.

— Eu não queria estar tão irritada. — Murmurei e o puxei para ficar de joelhos mais uma vez.

O rosto de Calleb agora tinha mais um corte, mas eu não conseguia sentir dó dele depois do que ele fez comigo, mesmo sendo só um mandado da Maya. Ergui um pouco do seu rosto, fazendo com que ele me olhasse.

— Mande sua namoradinha me matar logo, Bieber, se é que ela tem capacidade para isso. — Calleb pediu a Justin e sorriu debochado para mim, como se eu estivesse preocupada com as suas provocações.

Guardei a arma em minha cintura e fechei os punhos e acertei seu rosto, várias vezes seguidas, fazendo com que minhas mãos doessem a cada golpe. Era impossível não pensar no rosto de Maya enquanto batia nele, a raiva que não queria, me consumiu e eu já estava nervosa por conta do jantar com Dawson a noite.

— Eu não recebo ordens de ninguém. — Disse por fim, puxando seu cabelo para trás, fazendo-o me olhar mais uma vez.

Abri sua boca com a outra mão com certa facilidade já que havia o ferido, tirando a arma da minha cintura e colocando em sua boca, fazendo com que ela fosse por sua garganta e o vendo engasgar, mas seu sofrimento não durou muito tempo depois que destravei a arma e apertei o gatilho.

O corpo dele caiu para o lado e eu joguei a arma em direção aos pés de Justin, limpando os respingos de sangue que voaram para minha mão na regata branca que eu estava usando e sai daquele local ainda sobre olhares; caminhei em direção a piscina da casa e fiquei parada olhando meu reflexo na água. De todo o tempo que estou nesse lugar, não vi em nenhum momento, algum deles parar para ter um tempo de descanso. Justin e Brian saiam a maior parte da tarde para ver sobre cargas, em algumas dessas tardes meus pais acompanharam os dois, mas eu ainda não tive permissão para me envolver com esse tipo de coisa.

A Filha Dos SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora