Capítulo 30 - Nascer

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°•°•Nascer•°•°  

Nota da autora:

Numa das mídias, está a música linda da Isadora Canto - Nascer: 💙💙

"É a hora esperada, vamos nos conhecer
Vou olhar em sua alma e amar-te ainda mais
Agora quero ver você nascer
Agora somos eu e você
Vamos nos preparar
O momento vai chegar
O momento vai chegar
O momento vai chegar
Nascer..."

Deu pra entender o que vai acontecer, né? Vamos ao capítulo! 

**********

Por Peeta

Levanto-me às sete da manhã. O dia está lindo e quente, de modo que a claridade do sol ilumina toda a casa. Annie já se encontra na cozinha, comendo algumas frutas.

— Já está acordada? Está tudo bem? – pergunto após encontrá-la.

— Despertei cedo. Estava sentindo cólicas leves e não consegui mais dormir.

— Será que é hoje, Annie? – Fico logo alerta.

— Talvez o Finnick nasça hoje mesmo – diz ela com tranquilidade. — Estou pressentindo que o trabalho de parto em breve vai começar.

Lanço para ela um olhar tenso, porém logo me recomponho. A última coisa que posso fazer é demonstrar nervosismo.

— Você quer cancelar o passeio? – indago, pois havíamos combinado com o Max, a Johanna e a Dra. Ceres de irmos à praia.

Johanna decidiu que é hora de enfrentar os traumas que adquiriu durante o período em que estávamos em poder da Capital.

— Não é necessário. Pode continuar com os preparativos. Acho que ainda há tempo de ir até o mar uma última vez antes de o bebê nascer.

— Na verdade, já aprontei tudo para o piquenique. Vou apenas deixar uma massa de biscoitos pronta para assar na hora do lanche da tarde.

— Que ótimo! Vamos esperar os outros chegarem, então. – Annie termina de comer e se dirige até a pia com a louça.

— Eu lavo, Ann. Pode terminar de se arrumar. – Assumo as tarefas na pia da cozinha antes que Annie o faça.

Logo depois, tomo meu café da manhã, separo os ingredientes para preparar os biscoitos e começo a misturá-los.

— Mas que belo espetáculo, padeiro! Nem queira saber o que estou pensando só de ver você com as mãos nessa massa. – Johanna entra na cozinha e se posiciona ao meu lado, apoiando os cotovelos no balcão para me encarar. — Vai me dizer que a desmiolada nunca agarrou você numa situação dessas?

— Não. Até hoje, só fiz biscoitos puros e castos – brinco, sentindo minha face começar a enrubescer.

— Ah, mas é claro que Katniss não facilitaria as coisas pra você! – Johanna ergue o tronco, decidida. — Vou ter uma bela conversa com ela.

— Você vai assustá-la, isso sim. E vai ser sua a culpa por eu morrer virgem – lamento e ela cai na risada.

— Meu querido padeiro, virgem e inocente... Você vai é me agradecer! – Johanna pisca pra mim.

Não satisfeita, ela pega um pouco da massa que está no balcão e começa a manuseá-la, imitando meus movimentos.

— Aposto que você está aí amassando isso e pensando nela. – Ela joga a cabeça para um lado e para o outro, balbuciando as palavras de um modo provocante, enquanto enrola a massa desajeitadamente. — Oooh, garota em chamas, você é tão macia... Oooh, eu quero apertar você assim, Katniss.

Jogos Vorazes: A Redenção do Tordo (Após a Rebelião)Onde histórias criam vida. Descubra agora