O Legado Secular (2/3)

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Parte 2

Antes que os últimos raios de sol se extinguissem, os conselheiros começaram a chegar e a reunião logo começou, com portas fechadas e muitos sussurros de todos que auxiliavam o Pastor na Casa Central.

Rose Teodor, a secretária particular do Pastor, é a única que possui a autonomia para transitar entre a sala de reunião e os aposentos comuns da Casa Central, já que foi a ela que foi incumbida a tarefa de esperar o Alakazam retornar, um pedido feito pelo Pastor e que ainda não havia sido completado, um acontecimento raro, já que o Pokémon sempre cumpria com seu itinerário antes do previsto por todos. O nervosismo de Rose estava aumentando, uma vez que ela sabia que o momento de usar o objeto solicitado estava se aproximando.

As portas dos fundos da Casa Central abriram-se repentinamente, levando Rose a criar esperanças em seus olhos, mas ao ver quem havia chegado, ela se decepcionou, acenou e voltou seus olhos para a porta de entrada. Yann e seu Charmeleon se aproximaram dela, ele afônico e o Charmileon chando a atenção para o garoto suado.

– Não posso agora Charmeleon. – Falou tentando evitar que o Pokémon a tirasse do foco da porta. Mas ao escutar as respirações profundas de Yann, ela se virou e falou:

– Garoto, se acalme, por que você está tão apressado, o que está acontecendo, alguma coisa grave? – Ela perguntou se virando agora para o garoto, que agora tentava se desvencilhar dela e subir as escadas para chegar na sala de seu pai.

– Senhora Teodor (puff), não tenho tempo para conversa, ... (puff) meu pai, preciso falar ... (puff) urgente. Tenho que perguntar sobre ... (puff) sonho estranho ... (puff) venho tendo. – As palavras voavam rapidamente da boca de Yann e sua respiração o fazia perder por um momento o pique, que não deixavam forças para o ar entrar em seus pulmões e novas palavras serem lançadas.

– Yann, não podemos atrapalhar a reunião do conselho, você sabe que isso é impossível. – Percebendo que ele não iria desistir, ela logo fala:

– Olha, eu estou esperando o Alakazam de seu pai chegar para entregar a ele alguma coisa importante. Nesse momento eu vejo se ele pode te atender, tudo bem? Vá descansar na sala dele. – E sem esperar por uma resposta dele, ela o conduz até o andar superior, solicitando a um dos funcionários que lhe traga um pouco de água com açúcar para acalmar o garoto.

– Olhe, fique aqui, acalme-se um pouco e o Pastor já virá para recebê-lo. – E ele sinaliza positivamente com a cabeça, pegando o copo e bebendo um pouco d’água, respirando mais calmamente, sua dor de cabeça passando um pouco mais, deixando o restante da água para compartilhar com seu companheiro.

Rose era uma senhora de quarenta e poucos anos, muito eficiente e que já possuía uma certa intimidade com a família Fauster, uma boa quantidade de anos trabalhando em parceria e o filho dela era muito amigo do filho dos Fausters, isso fazia com que o laço se estreitasse mais.

Ela se dirigiu até a porta, mas antes de passar, se virou novamente para ele.

– Yann, gostaria de te pedir um favor. Depois que você falar com seu pai, por favor, vá até a minha casa e converse com o Markus, ele não está muito bem depois que acabou com a Ilana, gostaria que os amigos dele o dessem uma força, será que você poderia?

– Tudo bem Senhora Teodor, eu irei sim, assim que tiver a conversa com meu pai, passarei lá. – Com um pouco mais de fôlego Yann respondeu, levantando da cadeira e apreciando a vila pela janela de vidro da sala do Pastor, com olhos atentos para as imagens que eram formadas nos céus pelo evento que agora começava a se dissipar dando espaço à iluminada noite que começava a chegar à vila.

 – Com um pouco mais de fôlego Yann respondeu, levantando da cadeira e apreciando a vila pela janela de vidro da sala do Pastor, com olhos atentos para as imagens que eram formadas nos céus pelo evento que agora começava a se dissipar dando espaço...

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Alguns minutos se passaram e Yann começou a voltar a inquietação, Charmeleon o apoiava na angustia e os dois deram um salto quando um barulho ecoou do lado de fora da sala do Pastor, um grito vindo do andar inferior. Eles rapidamente correram para observar, e só conseguiram enxergar o Alakazam do pai de Yann correndo para a sala de reuniões com alguma coisa verde no colo, que deixava pingar um líquido amarelo por todo o carpete e Rose, a sua frente, abrindo espaço apressadamente na sala.

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