EMMA!

371 25 54
                                    

Pov's Emma

Eu não posso estar apaixonada por uma pessoa que conheci faz 24 horas, é impossível, especialmente porque eu nunca me senti atraída por mulheres. Não, aposto que isto é só carência. Mas a verdade é que não consigo parar de pensar nela. Não consigo parar de pensar no que aconteceu hoje, na suavidade do seu toque, naqueles olhos castanhos que brilham. 

Pov's Regina

Chego a casa com um sorriso estampado no rosto, a mãe da Emma é realmente simpática. Entro em casa vou ao meu quarto colocar as minhas coisas e volto à cozinha onde encontro a minha mãe a chorar e o meu pai a reconfortá-la. 

- Mãe! O que se passa? - digo dirigindo-me a ela, colocando a minha mão no seu rosto limpando-lhe as lágrimas que teimavam em cair dos seus olhos.

- Filha, nós temos de conversar.- o meu pai diz com um ar sério e eu começo a assustar-me.

- O que é que está a acontecer? - digo num tom confuso e preocupado sem nunca largar a minha mãe.

- Como sabes... A mãe hoje teve uma consulta no médico onde foi saber o resultado as análises e dos exames que fez... - eu aceno com a cabeça para que o meu pai continue e eu começo a sentir os meus olhos a encherem-se de lágrimas, algo bom não está para vir. - E...

- E??? Pai não vacila, continua por favor, diz tudo de uma vez! Só estás a fazer com que doa mais... - digo já chorando com a minha mãe, agarrada a ela com a cabeça encostada no seu peito. 

- E diagnosticaram-lhe cancro da mama... - Neste momento a minha mãe soluça e eu caio no chão a chorar como nunca tinha chorado na vida. 

Sinto um aperto enorme no peito, o meu coração a acelerar e as lágrimas a cair como gotas de chuva num dia de Inverno. Eu não acredito. Tanta gente no mundo e tinha logo de ser a minha mãe, logo a minha mãe que sempre foi forte, que é raro apanhar um resfriado, apanha cancro? Não pode ser. Eu não quero acreditar nisso.

- NÃO, ISSO É MENTIRA, SÓ PODE SER!- Digo levantando-me do chão pegando numa das cadeiras que se encontrava na cozinha atirando-a contra a parede mais próxima.

- Regina, tem calma... - diz o meu pai aproximando-se de mim.

- NÃO ME TOQUES E MUITO MENOS ME PEÇAS PARA TER CALMA. 

- Filha... - a minha mãe prenuncia-se pela primeira vez desde que eu cheguei a casa. - Tem calma, a raiva não vai resolver nada. 

- Nem a calma, como vocês me estão a pedir para ter... - digo tentando acalmar-me. As lágrimas caíam, caíam sem parar dos meus olhos. 

- Eu já tomei uma decisão. - a minha mãe diz aproximando-se de mim agarrando na minha mão direita, limpando-me as lágrimas com a mão esquerda. 

- Que decisão? - digo olhando nos seus olhos que brilhavam devido às lágrimas que derramavam no seu rosto.

- Eu não vou fazer o tratamento, filha.

Neste momento caiu-me tudo, o meu peito começa a doer de tão nervosa que eu estou, assim como a minha cabeça de tanto chorar. Perdi todas as minhas forças e bato com os joelhos no chão e começo a soluçar, a minha mãe coloca-se de joelhos também para ficar à minha altura e pega no meu queixo suavemente, na tentativa de me fazer olhar para ela. 

Love at first touchOnde histórias criam vida. Descubra agora