Capítulo 1O

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*Marcos POV*
Pousei a guitarra no lugar. Olhei para ela, dormia como um anjo enroscada numa almofada. Peguei nela e levei para o quarto. Senti a respiração, lenta e serena, dela no meu pescoço. Deitei-a na sua cama, tirando as suas pantufas e cobrindo o seu corpo. Beijei a sua testa e saí do quarto indo para a sala, olhei em volta, deitei-me no sofá descalço. Cobri-me com o cobertor que estava lá. Tinha o cheiro dela, senti um calor dentro de mim, como se fosse Verão no meu coração. Adormeci pouco tempo depois.
Acordei com barulho na cozinha, levantei-me e fui lá, reparo na imagem de Dalila, de leggings e uma camisa longa por cima. Ela estava a cozinhar o pequeno almoço, olhei para o relógio, marcava as 10:35am.
- Bom dia meu cheiro.
- Olá Marcos... Estou a tentar fazer o pequeno almoço...
- Está a correr bem?
- Sim... Estou a fazer crepes...
- Queres ajuda?
- Pode ser. - Ela tinha um mistura de farinha, açúcar e ovos numa taça. Ela cedeu-me passagem. - faltam estes ingredientes. - Ela passou um papel com uma receita para as minhas mãos. Continuei o seu trabalho.
- Dormiste bem?
- Sim. Obrigada por me teres levado pra cama. E tu?
- Tenho algumas dores de costas, mas dormi tranquilo. - Eu pus a massa na sertã previamente untada com manteiga.
- Entendo, o meu sofá não é muito confortável.
- Não te preocupes.
Comemos a refeição, acompanhada de doce e Nutella e bebemos sumo de laranja. Estávamos mais uma vez no sofá a ver televisão, ela estava encostada a mim, o meu braço direito envolvia os seus ombros. Estava a dar um documentário sobre Pinguins, para ser honesto, não estava muito interessado, mas ela parecia gostar e não queria estragar o momento. Estava super confortável, até que :
-Eu tenho de ir às compras para casa. E pagar as contas e assim. - Disse ela, levantando-se do sofá, caminhando para o seu quarto. Passados uns minutos, ela voltou, com umas roupas diferentes. Vestia uma saia por cima dos joelhos cinzenta, uma camisola rosa claro, do que parecia lã, com um casaco cinza claro com um de ganga maior por cima. Calçava umas DM pretas de cano baixo e umas meias pretas opacas. Tinha o cabelo solto e uma maquilhagem leve. Estava linda demais...
- Estás linda!
- Hm? Obrigada. Está na altura de ires para casa, tenho de sair.
- Estava mesmo de saída.
- Eu acompanho-te até ao exterior. - Levantei-me do sofá e fui em direção da porta. Ela transferiu a carteira, os fones de ouvido e outras coisas para uma mochila transparente, pondo-a as costas e abrindo a porta.

As Flores De DalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora