Capítulo 13

28 3 0
                                    

Entramos num bar que eu nunca tinha ido. Era escuro, tinha uma atmosfera séria, escolhemos uma mesa e olhei em volta. Vi uma cara familiar acompanhada de um homem.
- Dalila!  Por aqui?- Era a Amanda.
- Sim, vim tomar café com um amigo. 
- Amigo?  Só amigo? Hm hm este é o Ricardo,  o meu namorado. - Ela apontou para o homem.
- Poxa, que bom, tens um namorado.
- Ele não é teu namorado?
- Não,  somos só amigos.
- Hm hm... É bonito. Mas sabes o que dizem dos asiáticos. - Ela fez um gesto com a mão. Ri.
- Que grosseria!
- Já viste um?
- Claro que não.
- Em breve confirmas comigo. Vou voltar pró Ricardo. Boa sorte!
- Tá bom. Boa sorte. - Voltei para a mesa.

- Quem era?
- Uma amiga minha. - Pus a mão sobre o tampo da mesa.
- Ah sim. - Ele deu-me a mão, por cima da mesa. Os cafés chegaram.
- É só? - Perguntou um empregado.
- Sim. - Disse. Ele foi embora. Min olhou para mim e sorriu. - O que foi? Tenho alguma coisa nos dentes?
- Não. Mas acho que...
- Que?
- Que vai chover amanhã.
- Ah bom.
- Pensavas que ia dizer outra coisa?
- Não. - Tomamos café e fomos para o exterior. Ele aproximou-se de mim.
-Queria o Jianggu. - Ele riu-se. Entreguei o cão que estava na minha mala. - Vemos-nos amanhã?
- Tudo bem.  À mesma hora no parque?
- Estava a pensar num cinema à noite.
- Por mim pode ser.
- As 21h passo por tua casa?
- Okay, a minha morada. - Escrevi no seu telemóvel.
- Até amanhã então. - Ele beijou as minhas bochechas.
- Até amanhã então.  - Fui para o carro, dirigi para casa. Quando cheguei pus comida nas tacinhas do Freud e do Nietzsche e água. Vesti um pijama e deitei-me na cama, senti uns chuviscos a bater na janela ao meu lado. Adoro dormir com o som da chuva lá fora. Deixei a melodia embalar-me até dormir.

Acordei às 11h, fiquei na cama a ler e-mails. Tinha sido aceite na biblioteca, só aguardavam que fosse lá. Fui me vestir, vesti uma saia preta com uma sweater beige tricotada, usei um colar com pingente e vesti um casaco verde tropa. Calcei as adidas clássicas com umas meias pretas com umas riscas no topo. Fui fazer o almoço. Aqueci uma pizza congelada, de atum. Comi com um sumo de maçã. Lavei os dentes e passei perfume. Saí de casa já eram 2h. Fui até à biblioteca, falei com a gerente e vi o Marcos, que estava a empilhar livros. Não me viu passar. Falei com o gerente,  combinamos o ordenado e o horário. Ia trabalhar na administração, como gestora de compras. Entrava as 9h e saía às 17h típico horário. Tinha os fins de semana livres e tinha direito a uma folga por mês, tinha de ir engravatada e bem vestida. Começava segunda feira, (é sexta). Toquei no rabo do Marcos,  que estava distraído de costas.
- Hey!  Oh, és tu Dalila. - Ele desceu a pequena escada. - O que fazes por aqui?
- Vou trabalhar aqui. Vou fazer parte da administração.
- Que bom! - Ele abraçou-me. 
- Também fiquei feliz. Tenho de ir. - Olhei para o relógio do telemóvel. - Já tá tarde
- Até depois então. - Ele acenou um adeus. Saí pela porta.
Estava em casa,  limpei o pó e fiz a cama. Sentei-me no sofá e suspirei, ainda tinha duas horas até às 21h.

Tomei um banho e vesti um vestido curto cinza de manga curta e um casaco em verde bandeira e preto. Calcei uns botins e penteei o cabelo,  pus perfume e passei um batom Teddy Bear. Sentei-me no sofá e esperei uma chamada do Min, que me ligou 10 minutos depois. Entrei no carro,  era um Land Rover preto.
- Estás linda - Ele deu-me 2 beijos na cara. Olhei para ele, tinha uma camisa branca trilhada nas calças pretas. Tinha um casaco oversize de ganga por cima.
- Tu também. - O cheiro dele a perfume caro invadiu o ar. Ele começou a andar em direção ao centro. Chegando lá saiu do carro e abriu-me a porta. Saí também,  ele deu-me a mão, entrelaçou os nossos dedos, caminhamos até o cinema.
- Que filme queres ver?
- O "Nem Respires", parece bom.
- É de terror?
- Sim, adoro filmes de terror.
- Tudo bem. Vemos esse. - Ele comprou 2 bilhetes e um balde de pipocas grande.- Que bebida queres?
- Fanta laranja. - Ele comprou uma fanta grande e deu-me as pipocas para aos mãos.
- Vamos lá então. - Entramos na sala e procurámos o nosso lugar,  era nas filas do canto superior.

O filme já ia a meio. Estávamos de mão dada, os meus dedos começaram a doer, livrei-me da sua mão e massageei os dedos. Chegou o intervalo e encostei a cabeça à mão, do lado da cadeira dele.
- Estás cansada?
- Um pouco. Arranjei trabalho hoje... Na biblioteca,  na administração.
- Muito bom,  estou orgulhoso pequena. - Ele beijou a minha cabeça.
- Obrigada. Ainda sabes falar coreano?
- Sei. Eu só falo coreano com os meus avós.
- Ah sim... Há alguma maneira que eu te devia chamar? Se estivéssemos na Coreia.
- Nós somos da mesma idade? Tenho 24.- Acenei que sim.- Então.... Íamos ser automaticamente amigos, chingu.
- Ah sim.
-Mas não seria necessário chamar-me Chingu. O meu nome é suficiente.
- Entendo. Ensina-me coreano.
- Tipo o que?
- Uma coisa que eu deva dizer, uma coisa para fazer parte do meu dicionário.
- Hm.. Saranghaeyo.
- Sarang-hae-yo?
- Sim!
- O que significa?
- Eu amo-te.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 11, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

As Flores De DalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora