Capítulo 11

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*Dalila POV*

Saí de casa ao lado de Marcos em direção ao elevador, ele saiu no piso 0 e despediu-se com 2 beijos no rosto. Continuei até ao piso -1 onde eu tinha o carro, um jeep Rubicon preto de 2014, os meus pais compraram-me quando fiz 22. Dirigi-me para o hipermercado, liguei o rádio tocava Cold Water do Justin Bieber. Cantarolei com a música até chegar ao meu destino. Comprei só o essencial, mais uns doces e gomas porque não sou obrigada a nada. Paguei e levei os sacos para o carro que estava no estacionamento.  Saí do recinto e era cedo ainda, andei um pouco, estacionei o carro e fui andar num parque da cidade. Olhei o céu, estava lindo sem nenhuma nuvem, estava frio, pus um rebuçado de café na boca e as mãos nos bolsos. Vi as horas no telemóvel,  um cão pequeno correu até mim, era branco, tinha o pêlo encaracolado e juntou-se as minhas pernas.
- Olá. - Disse abaixando-me, dando festinhas na cabeça dele. - Como te chamas?-Um homem apareceu.
- Ahh Jianggu estás aqui! Não fujas assim!
- Desculpe! - Parecia asiático. Tinha o cabelo pintado de loiro, usava uns óculos de aros redondos e pretos. Usava também um blusão cor de rosa bebé com umas calças de ganga rasgadas nos joelhos, calçava umas all star pretas de cano alto.
- Tudo bem. O que interessa é que o encontrei.
- Sim! Ele é muito fofo!
- Muito obrigado. O meu nome é Min, prazer! - Ele apertou a minha mão.
- Dalila...
- Ele é o Jianggu, tem 7 anos.
- Que lindinho! - Continuei a afagar o pêlo do cão. - Ele sorria, levantei-me.
- Sabe onde fica a estação dos comboios?
- Sim! - Dei as instruções.
- Ainda tenho 2 horas para apanhar o comboio. - Ele olhou para o relógio de pulso,  parecia um Fóssil. Sabia disso porque o meu pai tinha um igual.
- Não é português,  pois não?
- Eu sou coreano, a minha mãe é portuguesa . Estou aqui à 6 anos.
- Ah sim, curiosamente,  nunca tinha visto um coreano,  só-
- Chineses?
- Sim!
- Pois chineses tem muitos. - Ele tirou os óculos e limpou as lentes no tecido da t-shirt por dentro do blusão. Voltei a dar festinhas na cabeça do cão. Min tira uma câmara instantânea cor de rosa da mala e tira uma foto minha e de Jianggu.
- Quem deixou?
- Vocês são tão fofos juntos,  tive que tirar foto. - Ele tirou o pedaço de papel e sacudiu, mostrando-me a seguir. - Está linda,  olhe.
- Que foto fofa.  Posso ter uma cópia?
- Posso tirar outra. - Ele tirou outra foto. Sacudiu novamente. -  Ficou fofa também, toma. - Peguei na foto e guardei na minha mochila.
- Olha Min, eu gostei deste momento,  mas tenho de ir. - Trocamos contactos.
- Até depois então! - Ele acenou um adeus. Voltei para o carro e fui pagar as contas ao banco. Almocei sozinha pela cidade e fui ao cinema, ver qualquer coisa para passar o tempo. Voltei para casa e tomei um banho, sentei-me de robe preto no sofá. Estava feliz,  já não sentia falta do Dinis,  esse raramente passava pela minha cabeça. Peguei a foto da minha mochila,  eu tinha uma expressão feliz, parecia que realmente estava viva, completamente alegre. Diferente das fotos vazias e desprovidas de um sorriso sincero. Não podia estar mais agradecida. Sinto o telemóvel a vibrar.
Min: "olá"
Dalila: " Oi tudo bem? "
Min: "Sim, e tu? Chegaste bem?"
Dalila: " Sim às duas perguntas, o mais difícil foi trazer as compras, o que era a minha vida sem elevador! "
Min: "ahahahha. Amanhã fazes alguma coisa?"
Dalila: " Nem por isso"
Min: " Tenho um ensaio fotográfico no mesmo parque de hoje, ficas a tomar conta do Jianggu? "
Dalila: " Sim, pode ser. "
Min: " Gostei dos nossos momentos de hoje :3"
Dalila: " obrigada, eu também gostei! Vou fazer o jantar e ver um filme, até amanhã "
Min: " amanhã às 2 no parque. Fica bem,  beijos"
Dalila: " ok"

Pousei o telemóvel e fui fazer o jantar.  Comi uma lasanha instantânea. Vi um filme e adormeci de robe no sofá.

As Flores De DalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora