if i am the pain, you are the aspirin

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Era difícil raciocinar com a boca de Harry no meu pênis. 

Eu sabia no momento em que ele atacou meu pescoço, que não foi uma boa ideia aceitar que tomássemos banho juntos. Tentei escapar dos predatórios olhos verdes mas antes que pudesse pensar em sair do box enevoado, eu já havia me tornado uma bagunça sem ar, segurando seus cachos grossos com uma mão e a outra mantendo meus gemidos abafados, enquanto eu a mordia. 

Um sorriso de minha mãe foi o suficiente para Harry ficar para o jantar na noite anterior, e quando dei por mim, ele dormia profundamente em meus lençóis. Não tive coragem de acordá-lo, mesmo com as milhares mensagens de seus pais brilhando no celular, que me obrigou a responder como se fosse ele. Que tipo de pessoas deixam o celular sem senha de bloqueio? Pessoas como Harry Potter. Graças a Deus ele não se zangou, pelo contrário, achou que eu merecia um prêmio, por ter sido tão esperto em convencer seus pais que era mesmo ele nas mensagens. 

Meu namorado engoliu o liquido quente que saiu de mim quando cheguei ao meu limite, seus braços seguraram minha cintura para impedir que eu escorregasse pela parede suada. Seus lábios me beijaram embaixo da água quente. Não sentir o ar dentro dos pulmões nunca foi tão bom. 

Finalmente consegui manter suas mãos longe de mim para que pudesse terminar o banho apropriadamente. Dei-lhe um pouco de privacidade para terminar de se trocar e desci para a cozinha para preparar um chá. Foi quando me lembrei que não via meu celular em lugar nenhum, até cogitei a ideia de tê-lo perdido, mas, ele não parou de tocar a tarde inteira, me lembrei, com certeza estava sem bateria por ai. 

Vasculhei os vãos do sofá e senti o material gelado do aparelho em minha mão. Nenhuma bateria como havia imaginado. Meu carregador estava na cozinha, pluguei o aparelho ao fio enquanto esquentava a água no fogão. Desci duas canecas do armário, incluindo a de unicórnio favorita de Harry nos últimos dias. Meu celular saiu do coma e meu papel de parede, que era uma foto minha e de Pansy - da última vez que ela veio para LW, passar meu aniversário comigo, esse ano. - apareceu, assim como algumas mensagens e muitas chamadas não atendidas. 

Todas de Theo. 

- Dray, eu usei um dos seus-- 

O susto das mensagens e de Harry chegando tão de repente, barulhento como ele só consegue ser, piorou meu pânico. Eu esbarrei no balcão derrubando uma das canecas. Me ajoelhei rapidamente, meu corpo não parava de tremer um minuto. O ar também não fazia parte do meu corpo. 

- Me desculpa, me desculpa, me desculpa. - Sussurrava seguidamente, tentando catar os pedacinhos da porcelana quebrada no chão. A essa altura eu já chorava de soluçar. 

- Não, está tudo bem. Eu que te assustei, Draco. Vem aqui. Está tudo bem. - A sua voz estava longe, tudo o que eu conseguia escutar eram zumbidos no meu ouvido e meu coração apostando uma maratona com meu corpo. 

- Harry, me desculpa, eu quebrei a caneca, e-eu. - E tremia quando ele me tirou dos pedaços de caneca quebrada para que eu não me machucasse, me abraçando, sua mão fazendo círculos em minhas costas, a boca encostada em minha têmpora. 

- Está tudo bem, Dray. Me desculpa, eu te assustei. Está tudo bem. Você está bem. - Repetia, fazendo minha respiração voltar ao ritmo normal. 

Os braços de Harry me embalavam devagar, de um lado para o outro enquanto ele beijava minha têmpora e sussurrava repetidamente que estava tudo bem, que eu podia me acalmar. Quando me afastei para olhá-lo, seu polegar secou as lágrimas restantes e sorriu, me incentivando a tentar o mesmo. Eu me esforcei para sorrir de volta, porque era impossível não sorrir para alguém que cuidava de você da forma que Harry estava cuidando de mim.

to save and to hold »  AU drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora